No jardim, realmente havia alguém podando os galhos e varrendo as folhas secas; o Jardins da Serra inteiro parecia ter se livrado da solidão, vibrando com vida.O coração de Luiza não pôde evitar de acelerar.Lívia disse:- O senhor também falou que, assim que a senhora acordasse, ele providenciaria um lugar para eu ficar. O Jardins da Serra é a casa da senhora, e nós, os serviçais, moramos onde a senhora determinar.- Você realmente quer morar aqui, Lívia? - Perguntou Luiza.O Jardins da Serra possuía três pequenas mansões; na verdade, a menor delas era anteriormente habitada pelos empregados.Se Lívia quisesse ficar, Luiza daria a ela aquela pequena mansão.- Sim, Lívia quer ficar com a senhora. - Ela gostava genuinamente dessa moça gentil e encantadora.Luiza ficou muito contente, girou em um círculo completo e decidiu que Lívia ficaria naquela pequena mansão, entregando a ela a gestão de todos os assuntos da casa, grandes e pequenos, fazendo ela a gerente do Jardins da Serra.Pouco
- Não esperava que esse canalha fosse tão bom assim. - Marina não pôde evitar elogiar Miguel.- Na verdade, ele não é um canalha. - Luiza explicou. - Eu só soube há alguns dias que o filho que Clara espera não é dele. Mas, Mari, é melhor mantermos isso só entre nós. Se você mencionar isso na internet, Clara realmente vai te enviar uma notificação judicial.Marina ficou chocada além do esperado, mas também era inteligente.A família Freitas estava em seu auge, e Marina definitivamente não queria provocá-los.Contudo, a verdade veio à tona, limpando o nome de Luiza de qualquer mácula, o que foi bom....Enquanto isso.Na América.Theo viu o anúncio postado por Bruna e seus olhos se estreitaram.Ele estava esperando este momento, em que Luiza assumisse uma dívida de cinquenta milhões e, então, viesse negociar com o Grupo NAS.Nesse momento, ele poderia propor a aquisição da Luminar Joias, fazendo com que Luiza viesse trabalhar no Grupo NAS. Assim, por lógica e emoção, Luiza seria dele.S
- Por que você não foi dormir lá em cima? - Ele perguntou, olhando para o rosto vermelho e sonolento dela.Luiza esfregou os olhos, percebendo então que estava em seus braços, o calor corporal de Miguel aconchegando ela.- Estava te esperando para jantarmos juntos. - Disse ela suavemente.Miguel pausou por um momento, seus olhos se suavizando.- Acabou dormindo enquanto esperava?- Você não disse que horas voltaria. - Disse ela, um pouco envergonhada. - Pode me colocar no chão agora?Miguel, no entanto, não a soltou, mas a carregou direto para a cozinha, onde os pés pequenos e pálidos dela balançavam, descalços.- Onde estão seus sapatos? - Perguntou Miguel, colocando ela numa cadeira da cozinha.- Estão lá perto do sofá.Miguel se virou para pegar os pequenos sapatos de algodão dela, se agachou e os colocou nela.- Está frio, se lembre de usar meias.Ela respondeu suavemente, se sentindo inexplicavelmente aquecida pela situação.Miguel era realmente gentil.Se a vida fosse vivida com
- Está bem.Depois de lamber a espuma de leite dos seus lábios, ele a soltou, satisfeito. Luiza ficou com as bochechas coradas e, se virando, correu como um coelhinho. Miguel sorriu. Tão tímida assim? Quando ele terminou de comer e foi a procurar lá em cima, não a encontrou no quarto e chamou: - Luiza.- Estou aqui. Luiza apareceu no sótão, com uma linda cabecinha, segurando um livro. - O que você está fazendo aí em cima?- Este é o meu cantinho secreto, você quer subir? - Luiza o convidou com os olhos brilhando de expectativa. Embora Miguel não tivesse interesse no sótão a princípio, ao ver sua animação, não resistiu e subiu pela escada. Luiza sorriu e disse: - Veja, meu cantinho não mudou nada.Quando a casa foi esvaziada, o sótão foi esquecido pelo tribunal, então tudo ali estava intocado. Miguel deu uma olhada e viu uma penteadeira, estantes, centenas de bonecas e muitos álbuns de fotos. Era evidente que ela havia crescido em um ambiente amoroso. Era por isso que ela e
- Por quê? O que é que você tem de tão secreto aqui que não pode contar? - Miguel virou a cabeça para perguntar a ela. Luiza não queria dizer, ficou vermelha e o empurrou para baixo. - De qualquer forma, este é meu espaço privado, você não pode vir à vontade, vá escorregar pelo escorregador, rápido!- Eu não quero, isso é coisa de criança. - Miguel recusou, ele não queria brincar de escorregar.- É tão legal, você nem imagina como meu quarto é interessante. Da janela do meu sótão, dá para ir para fora e cair direto na piscina.Miguel não entendia muito bem o design do seu quarto e perguntou:- Seu pai não tem medo de você se machucar?Sair pela janela do quarto para uma árvore de ameixa e do sótão para a piscina, será que ninguém se preocupava com a segurança dela ao projetar o quarto?- Isso é diversão para crianças, o que você, um velho, entenderia? Luiza insistiu em empurrar ele para o escorregador. Miguel se recusou a descer. Por fim, de alguma forma, os dois acabaram escorrega
Luiza ficou momentaneamente perplexa, com as mãos ainda ao redor do pescoço dele. - A sogra acordou? - Sim. - Miguel afastou suavemente suas mãos. - Eu tenho que ir para o hospital.Luiza não sabia bem como se sentir. Se a sogra acordasse, será que ela iria forçar Miguel a se divorciar dela de novo? Agora que Miguel havia prometido salvar o pai, ela não queria se divorciar dele.Se sentindo um pouco desconfortável, ela desceu dele. Miguel olhou para ela e perguntou:- Você está chateada?- Não.Ela balançou a cabeça e se levantou para o ajudar a pegar o casaco. Miguel vestiu a roupa e olhou fixamente para ela, de repente perguntando: - A Bruna veio se desculpar hoje?- Não. - Luiza balançou a cabeça. - Já decidiu o que quer como compensação? - Miguel olhou para ela. Ela parecia distraída. - Que compensação?- Ela mandou alguém roubar seu trabalho, fazendo todo o seu esforço ir por água abaixo. Já pensou em quanto quer ser compensada?Luiza realmente não tinha pensado nisso. E
Clara mordeu o lábio inferior e perguntou:- Vocês não iam se divorciar? Por que estão morando juntos de novo?- Não vamos mais nos divorciar. - Respondeu Miguel com voz calma. Os olhos de Clara escureceram. Ela cuidou de Helena no hospital com tanto esforço, e agora ele queria ficar com a Luiza, como isso poderia ser possível... Ela precisava fazer Miguel se casar com ela antes de Helena se recuperar, senão, quando o filho dela nascesse, ela não teria mais carta na manga. Quanto mais tempo passasse, menos chances ela teria. Chegando ao número 10 de Jardins da Serra, Clara apertou os dedos levemente e, ao descer do carro, fingiu torcer o pé.- Ah! - Ela gritou de pânico. Miguel ficou tenso e a segurou a tempo, com uma expressão sombria. - Você está bem?Clara desmaiou. Miguel apertou os lábios e a carregou para dentro do número 10 de Jardins da Serra. Dora abriu a porta para ele. Miguel subiu as escadas e a colocou na cama, ligando para o médico da família no celular. - Clar
Quando Miguel voltou, Luiza estava concentrada no celular.Ao ouvir ruídos vindo da porta, ela rapidamente escondeu o celular debaixo do travesseiro.Miguel abriu a porta e a flagrou escondendo o celular, fingindo estar dormindo. Ele franziu o cenho, tirou o casaco e perguntou: - Por que ainda não está dormindo?Luiza não ousou responder, permanecendo deitada de lado, fingindo estar dormindo.Miguel, resignado, tirou a camisa e as calças, vestiu um roupão e então notou que o nariz dela estava vermelho.- Por que está chorando?Ele aumentou a luminosidade da luminária e olhou para o rosto dela sob a luz.O nariz de Luiza estava avermelhado, ela fungou e disse:- Não aconteceu nada.- Se não aconteceu nada, por que está chorando? - Ele pensou no que tinha acabado de acontecer. - O que estava olhando no celular?- Não estava olhando nada.- Tire para eu ver.- Não. Ela recusou, mas o celular já estava nas mãos de Miguel.Luiza tentou pegar de volta, mas ele a pegou, desbloqueando o celu