De repente, um estrondo ensurdecedor!Um dos policiais foi atingido na cabeça por um tiro e caiu no chão, imóvel.Alguém estava mirando neles.Luiza e Priscila ficaram em choque.O maior medo de Luiza era que aquele grupo tivesse sido enviado por Theo. Se fosse ele o responsável, os emboscadores certamente estariam lá para tirar a vida de Miguel!Ela cobriu a boca com a mão, sentindo o coração apertado de tanta ansiedade.Mas as gravações das câmeras de segurança eram limitadas. Depois que as pessoas se dispersaram e se esconderam nas salas de aula, ninguém mais aparecia nos vídeos.A cena parecia um jogo de videogame: as pessoas estavam fora de vista, mas os sons dos disparos ecoavam incessantemente pelos corredores.Os dois grupos estavam envolvidos em um confronto feroz.Luiza estava apavorada, até que o telefone de Priscila tocou, trazendo ela de volta à realidade.— O que aconteceu? — Perguntou Priscila, segurando o celular e chorando.Do outro lado da linha, Francisco, com Maria
— Aqui! — Francisco gritou para elas, não muito longe dali.Ao ouvir sua voz, Priscila, cuja mente estava confusa, recobrou um pouco da clareza. Seus olhos encontraram os de Francisco no meio da multidão, e ela também viu Maria, intacta, deitada na cama do hospital. A menina, que acabava de chegar, estava tomando leite com achocolatado.— Maria! — Priscila correu apressadamente até ela.— Mamãe! — Maria abriu os braços, seus olhos vermelhos. A criança também tinha se assustado, e, ao ver a mãe, começou a chorar.Priscila a abraçou com força. Seu coração, antes tão inquieto, finalmente encontrou paz.Francisco observou Priscila chorar. Uma mulher que quase nunca chorava, naquele momento estava completamente tomada pelas lágrimas. Ele ficou um pouco comovido.De longe, Luiza observava a cena, e as lágrimas brotaram de repente em seus olhos.Ela estava apavorada.Mas precisava manter a calma. Com esforço, controlou suas pernas e caminhou passo a passo até Francisco, perguntando:— Já enco
Luiza suspeitava que Miguel estivesse ferido. Ela o observava atentamente, vestido com uma camisa preta, mas não conseguia identificar se ele estava machucado.Entretanto, seu rosto estava extremamente pálido.Luiza hesitou por um momento e perguntou:— Miguel, você está ferido?Ele sorriu levemente e balançou a cabeça:— Estou bem.Nesse instante, o médico chegou acompanhado de enfermeiros.Um grupo de pessoas rapidamente se organizou para colocar Felipinho na ambulância. O médico perguntou:— Quem é o responsável pela criança?— Eu sou a mãe dele. — Luiza respondeu, se aproximando do médico.O médico olhou para ela e disse:— Vamos levar a criança para a sala de tratamento agora. Sendo a mãe, você deve nos acompanhar.— Está bem. — Luiza assentiu com a cabeça, mas lançou mais um olhar a Miguel.Ele ainda estava parado ali, acenando levemente para ela, com um olhar cheio de ternura:— Pode ir.Luiza não disse mais nada. Seguiu o médico, empurrando a maca em direção à sala de tratament
Miguel estava deitado na cama do hospital, com o rosto pálido.A manga da camisa havia sido cortada pelo médico, o ferimento estava parcialmente enfaixado, e ele recebia soro por via intravenosa.Ele permanecia em silêncio, o rosto bonito manchado por vestígios de sangue seco.Luiza deu dois passos à frente, olhou para o braço enfaixado dele e se virou para perguntar ao Eduardo:— O médico já cuidou dele?— Sim, o médico fez um atendimento rápido no senhor. Houve uma explosão na escola, muitas pessoas ficaram feridas, e os médicos estão tratando os casos mais graves.Luiza ficou ligeiramente surpresa.— Então houve mesmo uma explosão?— Sim. — Eduardo assentiu, o rosto cansado. — Aqueles bandidos, incapazes de capturar o Felipinho, acabaram detonando os explosivos que estavam usando.— Como ele se feriu? — O olhar de Luiza recaiu sobre Miguel enquanto ela questionava Eduardo.Eduardo respondeu:— Naquele momento, estávamos em um grupo com a polícia no segundo andar. Conseguimos encontr
Nesse momento, o médico entrou e anunciou que Miguel havia passado pela cirurgia. Miguel foi levado para fora. Luiza o seguiu, mas foi barrada na porta da sala de cirurgia pela enfermeira. Ela ficou do lado de fora, olhando enquanto Miguel era levado para dentro da sala, os olhos cheios de preocupação... Ninguém sabia quanto tempo havia se passado, até que Eduardo a alertou: — Senhora, seu celular está tocando. Luiza então voltou à realidade e olhou para o telefone. Era sua avó quem ligava, perguntando onde ela estava. Luiza respondeu: — Vó, o Miguel se machucou, ele está passando por uma cirurgia agora. Estou esperando aqui. — Ele se feriu para salvar o Felipinho? — Perguntou a avó, com a voz preocupada. — Sim. Melissa ficou em silêncio por um momento antes de dizer: — Então fique aí cuidando disso. Nós estamos aqui com o Felipinho. Quando ele acordar, eu te ligo. — Certo. — Luiza concordou. Ao desligar, ela olhou para Eduardo, que estava ao seu lado com um
Luiza não compreendeu muito bem as palavras do médico e, após um momento de hesitação, perguntou: — A cirurgia foi bem-sucedida? — Sim, foi um sucesso. O paciente já está fora de perigo. — Respondeu o médico. Luiza quase perdeu o equilíbrio, estendendo a mão para se apoiar na parede. Felizmente, a cirurgia tinha sido bem-sucedida. A tensão avassaladora que a consumia começou a se dissipar, e seu coração, que parecia ter sido esvaziado, lentamente voltou a bater... Ela sempre acreditou que havia perdido a fé no casamento, que não queria mais estar com ele. Mas hoje, ao vê-lo gravemente ferido na sala de cirurgia, percebeu que, na verdade, ainda tinha sentimentos por ele. Ela estava aterrorizada. Temia que ele morresse, que nunca mais pudesse vê-lo novamente. Por isso, quando ouviu o médico dizer que ele estava bem, sentiu como se tivesse renascido. No fundo, ela ainda se importava muito com ele... Com a mente um tanto confusa, Luiza involuntariamente se lembrou do
— Por que você acordou? — Luiza ficou um pouco chocada. — Você não estava sob efeito de anestesia? — Foi anestesia local no braço. Luiza arregalou os olhos, surpresa. — Então, quer dizer que você estava acordado o tempo todo? — Sim. Ele sabia que ela tinha chorado e segurado a mão dele? A mente de Luiza ficou confusa. — E por que você não disse nada? — Quando saí da sala de cirurgia, eu estava exausto, então fechei os olhos, mas, de alguma forma, percebia que alguém estava segurando minha mão. Era você, né... — Miguel abriu os olhos e, ao ver que era ela, ficou visivelmente feliz. Isso mostrava que ela se importava com ele. Luiza, no entanto, parecia desconfortável. Respondeu, um pouco emburrada: — Você deveria ter dito alguma coisa. — Eu já disse, eu não tinha forças. — Ao salvar Felipinho, ele havia usado toda a energia que tinha e agora estava completamente esgotado. Luiza percebeu a exaustão dele e decidiu não insistir. Com os olhos vermelhos, disse suavemente
Ao voltar para o quarto, Melissa perguntou a ela: — Luiza, o que o médico disse? — O médico disse que amanhã vai chamar um psicólogo para uma consulta. — Luiza respondeu enquanto ajudava Melissa a se acomodar. Melissa assentiu com a cabeça. — E o Miguel? — A cirurgia já terminou. O médico disse que foi um sucesso. Provavelmente, quando ele acordar, estará bem. — Você precisa ir até lá para ficar de olho nele? Luiza pensou por um momento antes de responder: — Sim, preciso. O Eduardo foi descansar e não tem ninguém com ele agora. Vovó, vou deixar o Felipinho aos seus cuidados. — Eu sou a bisavó dele. É minha obrigação cuidar dele. — Depois de levar Melissa de volta ao quarto, Luiza chamou Francisco para o corredor e perguntou. — Foi o Theo que fez isso dessa vez? Francisco assentiu. — Estragamos o projeto de aquisição do ponto turístico dele. Agora ele está como um cachorro acuado. Já começou a se vingar. Agora, Theo nem sequer se importava mais com a segurança do