A dor no coração era a culpa que sentia por Felipinho. Ela e Miguel, ambos se sentiam culpados em relação a Felipinho há muitos anos.— Se sentindo culpada? — Miguel, sentado ao lado dela, de repente se aproximou.A intensa presença masculina invadiu o espaço entre eles, e Luiza, com o rosto quente, voltou à realidade, olhando para ele.Nesse momento, o espetáculo começou, e o local mergulhou na escuridão.Uma névoa cobriu sua visão, e então fogos de artifício explodiram, com luzes multicoloridas iluminando seus rostos, tão próximos que podiam ouvir a respiração um do outro.Luiza ficou paralisada, e logo ouviu o grito animado de todas as garotas na plateia:— Elsa!Ao som das palmas, a rainha de cabelos brancos usando um longo vestido azul, pisando em gelo, subiu ao palco cantando.Ela cantava enquanto flocos de neve artificiais caíam sobre toda a plateia.O salão inteiro estava "nevando"; claro, tudo era artificial, mas isso não impedia as meninas de gritarem freneticamente, chaman
— Agora você viu por si mesma, eu não vou tirá-lo de você. — Miguel olhou para ela com uma expressão sombria. — Fico ao lado dele porque não quero que ele cresça sem a presença do pai, como aconteceu comigo quando era criança. Ele poderia ter tido um ambiente de crescimento melhor...Luiza mordeu o lábio inferior e disse:— Eu nunca disse que não quero que o Felipinho te veja. Todas as vezes que vocês se encontram, eu nunca me opus. Mesmo que nós dois não estejamos juntos, eu não sou contra o Felipinho ter o amor do pai. Se você quer vê-lo, venha vê-lo, eu não vou impedir.Ele assentiu, com um olhar inesperadamente gentil.— De agora em diante, sempre que eu sentir falta dele, vou vê-lo. Espero não perder mais nenhum momento do seu crescimento.Luiza ficou surpresa, sentindo algo complexo em seu coração.— Desculpe, fui egoísta antes.— Eu sei. Naquela época havia mal-entendidos entre nós, e você temia que eu tirasse o Felipinho de você. Isso é compreensível. — Ele fez uma pausa e cont
— Uhul! Papai é o melhor do mundo!Ao ouvir as risadas dos pai e filho, Luiza se contagiou e não pôde evitar sorrir um pouco também. Parecia que, afinal, as coisas não estavam tão ruins assim. Miguel amava Felipinho, e ela não deveria privá-lo do direito de ser pai...Logo, Priscila e os outros chegaram. Elias carregava Maria, enquanto Francisco exibia um rosto sério e bonito, obviamente de mau humor. O normalmente perspicaz Francisco raramente parecia um homem ressentido.Luiza não conseguiu evitar a vontade de rir.O grupo foi até o restaurante e se sentou em uma mesa perto da janela para comer. Miguel entregou o cardápio a Luiza.Enquanto isso, Francisco e Elias estenderam o cardápio para Priscila ao mesmo tempo.— Priscila, faça o pedido. — Disse Elias, mais rápido que Francisco, empurrando o cardápio nas mãos de Priscila, com um tom íntimo.Priscila levantou a mão para pegar, ignorando o cardápio que Francisco ainda segurava. O rosto de Francisco ficou sombrio.Felipinho coment
Depois de almoçarem, o grupo saiu para assistir à apresentação dos "Piratas do Caribe". Miguel recebeu uma ligação e ficou alguns passos para trás, caminhando mais devagar. Francisco também acabou ficando para trás e passou a caminhar ao lado dele. Miguel terminou a ligação, lançou a ela um olhar e perguntou: — Quer falar alguma coisa? — Ontem à noite... — O rosto bonito de Francisco ficou um pouco rígido. — Você não disse que tem um jeito de conquistar mulheres? Conte aí. — Você não desdenhava das minhas táticas? — Miguel esboçou um sorriso, seu olhar revelando interesse. Francisco deu duas tossidas. — Só não quero que minha filha seja tirada de mim. — Não quer que tirem sua filha, ou também não quer que tirem a mulher? Francisco respondeu: — Chega de papo furado. Fala logo, o que eu faço? — Com essa atitude? Não quero te ensinar. — Dito isso, ele acelerou o passo e foi até o Felipinho, pegando-o no colo. Francisco, ficando para trás, fez uma expressão ainda ma
Quem poderia imaginar que aquela bicicleta estava quebrada? Além disso, havia uma ladeira logo abaixo, e assim que Luiza se sentou, a bicicleta perdeu o equilíbrio e começou a descer descontrolada pela inclinação!Luiza ficou perplexa, e antes que pudesse reagir, foi jogada violentamente para fora da bicicleta, caindo no chão. A dor intensa no tornozelo parecia perfurar os ossos.— Luiza!Do outro lado, várias pessoas gritaram ao mesmo tempo, em tom de urgência.Miguel foi o primeiro a correr até ela. Ajudou Luiza a se levantar do chão com uma expressão tensa no rosto.— Luiza, você está bem?Os outros se aproximaram também. Priscila, visivelmente nervosa, perguntou:— Luiza, você está bem? Está doendo em algum lugar?— Dói... — Luiza segurou a cintura, deixando escapar um gemido de dor.Miguel ficou ainda mais preocupado.— Você machucou as costas?— Não, foi o tornozelo... Está doendo... — Luiza franziu as sobrancelhas de tanta dor.Miguel hesitou em tocá-la e não permitiu que os out
Naquele momento, o responsável pelo parque também chegou. Ao ver que Luiza estava ferida, ele se curvou imediatamente e pediu desculpas, se comprometendo a arcar com todos os custos médicos.Miguel, com o rosto frio, questionou:— Por que uma bicicleta quebrada foi deixada aqui?O responsável explicou que a bicicleta havia quebrado naquele dia e estava ali esperando para ser retirada, mas não foi possível fazer isso a tempo, e Luiza acabou se deparando com ela.Miguel ignorou as explicações e, com a voz gélida, disse:— Equipamentos quebrados não deveriam estar ao alcance dos visitantes. Isso é negligência.Embora o que ele dissesse fosse verdade, Luiza sentia que também tinha responsabilidade pelo ocorrido. Se ela não tivesse subido na bicicleta, o acidente não teria acontecido.Ela segurou a mão de Miguel e disse:— Deixa para lá. Eles deixaram o equipamento ali sem intenção de causar problemas. A culpa não é só deles.— Um equipamento quebrado, deixado sem supervisão, e ainda por ci
O coração dela pareceu aquecer junto.Talvez fosse porque agora estava machucada, com o coração mais frágil. Ou talvez tivesse se lembrado das vezes em que ele a salvou sem hesitar. Olhando para ele, com o olhar um pouco perdido, ela perguntou:— A perna... Ficou com alguma sequela?Ela nunca tinha perguntado isso a ele depois do acidente. Diziam que, quando a lesão era muito grave, a dor podia voltar nas trocas de estação.Ao ver a preocupação no olhar dela, ele respondeu em voz baixa:— Um pouco. O osso ficou meio deslocado.— Dói no dia a dia? — Luiza perguntou imediatamente.Ele esboçou um leve sorriso.— Se eu ficar muito tempo em pé, talvez incomode um pouco.— E na troca de estação? É como dizem na internet, que fica muito dolorido e desconfortável?— Parece que não. — Olhando para o rosto delicado dela, ele sorriu e disse. — Talvez seja porque eu ainda sou jovem.— Ainda é jovem? — Luiza não concordou com essa e retrucou sem pensar. — Você já tem 34 anos.Ao mencionar a idade,
- Senhora, o senhor voltou para casa.- Verdade? - Luiza estava desenhando quando ouviu isso. Seus olhos brilharam, e ela abriu as cortinas à sua frente.Um carro de luxo entrou na mansão. Ela olhou para fora. O homem estava sentado no carro, com um rosto profundo e olhos estreitos, emanando uma dignidade majestosa em cada gesto."É mesmo ele, é o Senhor!"O coração de Luiza começou a bater forte.Especialmente ao pensar no que ele fazia toda vez que voltava, suas bochechas ficavam ainda mais vermelhas.Cada beijo era tão apaixonado e intenso.Ela se sentia nervosa e envergonhada.Nesse momento, a porta do quarto se abriu, e um homem elegante entrou.Luiza olhou para ele, sorrindo: - Senhor.- Venha aqui. - O homem, com mãos bem definidas, desfez a gravata.Luiza, envergonhada, caminhou em sua direção.No segundo seguinte, foi puxada para seus braços e beijada intensamente.Luiza murmurou duas vezes antes de se entregar completamente, sendo levada para a cama e ardentemente dominada