A partir de então, ninguém mais se opôs a elas.— Minha avó disse que queria encontrar uma oportunidade para te pedir desculpas. — Miguel se aproximou um pouco mais e explicou. — Mas minha mãe, isso é impossível. Ela está doente, fora de si, não consegue nem levantar da cama.Luiza ficou surpresa ao ouvir isso.Nunca pensou que a Sra. Nunes diria que queria pedir desculpas a ela.Ela virou a cabeça e viu o rosto dele tão próximo, recuou instintivamente e, com os olhos baixos, perguntou:— E a Alice? Ela sabe disso?— Sabe, agora ela deve estar no hospital, teve uma perna quebrada.— Foi você quem mandou fazer isso?— Sim, naquela vez em que ela foi violentada, foi tudo armado entre ela e o Theo, eles planejaram tudo juntos. — Miguel explicou essa parte para ela.Luiza ouviu e ficou em silêncio.Miguel acariciou seu rosto e disse:— Luiza, agora a verdade veio à tona, e nós dois chegamos a esse ponto por causa das intrigas do Theo. Quanto à Alice, eu e ela não teremos mais nenhum víncul
— É mesmo? — Os grandes olhos de Felipinho brilharam de dúvida; ele não estava muito convencido. Maria riu alegremente e disse: — Foi a tia governanta que me contou. Se você não acredita, faça sua mamãe passar mais tempo com seu papai para você ver. A tia governanta estava ali ao lado, colocando a comida na mesa. Felipinho então perguntou a ela: — Tia governanta, é verdade isso? A tia governanta já estava tentando segurar o riso. Ela achava as duas crianças muito espertas, ali discutindo como fazer com que seus pais se dessem bem novamente. A tia governanta entendia bem o sentimento deles; afinal, toda criança queria ver seus pais juntos e felizes. Ela sorriu e disse: — É verdade, sentimentos como esses ficam mais fortes com o tempo que passam juntos. Felipinho assentiu, aprendendo algo novo. Então era assim... Ele precisava fazer com que seus pais passassem mais tempo juntos, para que seu pai pudesse "importunar" sua mãe ainda mais! Luiza se aproximou e, vendo
Desde que soube da situação dela de quatro anos atrás por meio de Felipinho, ele não quis mais deixá-los.Há quatro anos, ela sofreu tanto, até arriscou a vida para dar à luz um filho dele. Como ele poderia simplesmente deixá-los depois disso?Ele já havia decidido: passaria o resto de sua vida ao lado dela e de seu filho. Quanto a ter um segundo filho, ele não queria mais.— Você desce. Meu pai provavelmente não quer ver você.Miguel olhou para ela e respondeu:— Não necessariamente. Todos esses anos, fui eu que pedi para o especialista Thomas tratá-lo. Talvez ele queira me agradecer.Luiza revirou os olhos. Que cara de pau. Se não fosse ele que tivesse levado seu pai, como ele precisaria de tratamento?Mas ela não queria discutir com ele. Ainda precisava ver o pai e depois voltar para encontrar Felipinho, então precisava ser rápida.Ela ligou o carro e seguiu para o hospital.No caminho, Miguel permaneceu em silêncio, apenas com o olhar fixo nela, observando ela atentamente.Luiza di
Naquela época, Bryan sorriu alegremente e disse com muito otimismo: — Que tipo de problema poderia surgir? Zeca, quando conseguirmos o financiamento para o nosso projeto, todos nós vamos prosperar. Os bons tempos ainda estão por vir. Zeca apenas sorriu, como se tivesse um pressentimento, e respondeu de forma calma: — Temo que as coisas não serão tão fáceis assim. ...Ele pressentia que os magnatas das Américas queriam tomar o projeto deles, e não apenas investir.No dia seguinte, seu pressentimento se confirmou: os magnatas das Américas queriam comprar o projeto deles integralmente. Os outros membros do grupo se entreolharam, sem saber como lidar com a situação, mas Zeca foi o único a recusar firmemente. Os magnatas das Américas logo deixaram claro: ou eles vendiam o projeto, ou seriam forçados a permanecer nas Américas para sempre, deixando-os sem escolha."Permanecer para sempre nas Américas" significava que seriam vigiados constantemente, sem possibilidade de retorno, ou q
Quando acordou, seu rosto estava coberto de sangue. Ele não conseguia se lembrar de nenhum detalhe, apenas a imagem de empurrar Zeca continuava a ecoar em sua mente. Ele achou que tinha sido ele, sentiu dor, confusão. Quando decidiu se entregar à polícia, seus companheiros disseram que o Zeca tinha caído por estar bêbado. A polícia americana também disse isso. Bryan admitiu que estava com medo. Ele ainda tinha uma filha pequena esperando por ele em casa, então aceitou essa versão, acreditando que Zeca tinha caído por conta própria após beber demais. Quanto àquela imagem de empurrar Zeca, provavelmente era apenas um sonho estranho que ele teve depois de beber muito. Mas ele jamais imaginou que a verdade seria outra. Depois de ouvir toda a história, os olhos de Bryan ficaram vermelhos. Ele se lembrou de Zeca naquela época, machucado e ensanguentado, com alguém segurando firmemente sua mão para forçar suas digitais. Quão desesperado ele deveria estar? Mais tarde, por causa
— Sim. — Luiza respondeu em um tom indiferente. — O motivo pelo qual nossa família chegou a esse ponto também tem a ver com ele. Isso é algo que ele deve fazer.— Se for falar de responsabilidade, o Theo é ainda mais culpado. Era um mal-entendido que poderia ter sido resolvido, mas acabou assim por causa das jogadas astutas dele... — Para ser sincero, Francisco ainda sentia um pouco de pena. Conhecer alguém como o Theo, uma pessoa tão traiçoeira, era uma infelicidade para toda a vida.— É claro que a maior parte da culpa é dele. — Em relação ao Theo, ela sentia ainda mais ódio. — E vocês, como têm lidado com ele ultimamente?— Estamos pressionando, mas ele tem um grande apoio por trás e continua recebendo financiamento. Só conseguimos dar alguns golpes nele. Quanto ao Grupo Pires, ainda não conseguimos tomar o controle. — Francisco já havia pensado em adquirir diretamente o Grupo Pires, e os dois lados travaram uma batalha na bolsa de valores.Mas não esperava que o Theo tivesse um apo
Priscila agora era extremamente fria com ele, e Francisco finalmente estava provando o gosto de ser ignorado. — Você realmente não planeja voltar a ficar com ele? — Francisco perguntou em tom neutro. Luiza assentiu com a cabeça. — Não, não pretendo. — Mas ele não para de te olhar. Luiza, na verdade, podia sentir o olhar de Miguel. Ela levantou a cabeça e o viu parado não muito longe, olhando para ela com uma expressão fria e, ao mesmo tempo, lamentável. Ele ainda era facilmente ciumento, mas agora conseguia se controlar, não demonstrando mais aquele comportamento possessivo. Luiza pensou: "Lágrimas de crocodilo!" — Se você realmente quer se livrar dele, eu posso te ajudar. — Francisco disse, de pé ao seu lado. Luiza virou o rosto, sua bela face voltada para ele. — Como você vai me ajudar? — Você pode fingir que está flertando comigo, assim ele vai pensar que você está comigo. Ele perde as esperanças e, naturalmente, volta para trás. — Francisco sugeriu. Luiza po
Francisco estava sorrindo, mas ao ouvir as palavras de Miguel, seu olhar ficou frio: — E eu não sou diferente de você? — Diferente como? Você não se casou com a filha de uma família importante por causa de poder, machucou a Priscila profundamente, e agora que ela não quer mais saber de você, está aí correndo atrás? — Miguel não recuou. As desventuras de Francisco já eram fofoca comum entre a alta sociedade de Valenciana do Rio. Todo mundo sabia. O rosto de Francisco ficou sombrio como carvão. Ele bufou friamente e disse para Luiza: — Luiza, vamos embora. Ele puxou Luiza e tentou sair. — Francisco. — Miguel de repente o chamou, com uma voz fria e indiferente. — Os problemas entre você e a Priscila são de vocês. Não meta a minha mulher nisso, e nem pense em fazer nada contra ela. Se você se atrever a ameaçá-la, eu vou fazer você pagar caro. "Ele estava ameaçando Francisco na frente de todos?" Luiza ficou sem palavras. Francisco, por sua vez, esboçou um sorriso sarcást