Plaf!Um som seco e ambos pararam, sem mais nenhum movimento.Luiza, ofegante, ajeitou a roupa e correu para fora....Não demorou muito, Miguel desceu as escadas e saiu da Mansão Jardim em seu carro.Luiza ainda estava imóvel na varanda. Ela havia saído correndo do quarto, sem saber para onde ir, e ficou parada ali o tempo todo.O vento frio passava por entre suas roupas, trazendo uma sensação indescritível de gelidez.O celular tocou novamente.Luiza atendeu, e era a voz de Helena.— Luiza, ouvi minha irmã dizer que você voltou para Valenciana do Rio?Ao ouvir a voz dela, o olhar de Luiza se obscureceu.Aquele momento tinha finalmente chegado.Voltar para Valenciana do Rio significava que ela sabia que não poderia fugir de nenhuma das tempestades que viriam.— Tenho algumas palavras para você. — A voz de Helena soava fraca, carregada de um tom pesado e cansado. — Luiza, não tenho muito tempo de vida, então vou ser direta. Eu gostaria que você deixasse meu filho Miguel, estou te implo
Luiza ficou atônita. "Então, existe a possibilidade de que o Theo esteja envolvido com drogas?" Não era de se admirar que ele tivesse se tornado tão poderoso em poucos anos. Luiza respondeu a ele: [Francisco, é possível que o Theo esteja em conluio com esse senhor da guerra. É melhor você investigar.] Francisco entendeu imediatamente o que ela queria dizer e respondeu: [Agora faz sentido. Não importa o quanto lutemos com ele no mercado de ações, não conseguimos derrubá-lo. Então, tem um figurão por trás dele.] Era ainda mais provável que um conglomerado das Américas estivesse o ajudando, pois existe uma cadeia de relacionamentos. Os grandes conglomerados americanos eram, na maioria, famílias estabelecidas há muito tempo e difíceis de derrubar. Se Theo realmente tinha alguém poderoso por trás dele, eliminá-lo seria uma tarefa difícil. Depois de um tempo, Francisco enviou outra mensagem: [Vi uma notícia de Valenciana do Rio, que o Miguel e a Alice estão noivos. O que está
Miguel soltou uma risada fria: — Agora não quero ouvir isso.— Não, eu vou esclarecer tudo com você. Foi você quem disse para eu não mentir, então te falei a verdade. Se eu tivesse dito que não o amava, e ele, assim como você, tivesse me forçado a ficar com ele, você acha que isso seria melhor?Miguel ficou surpreso por um momento, como se nunca tivesse considerado essa possibilidade.Luiza continuou: — Além disso, quando assinei o acordo de reconciliação, você disse que me daria mais liberdade no futuro. Mas hoje, quando quis sair, o segurança me disse que eu não podia. Eu pensei que já havíamos chegado a um acordo, mas parece que você simplesmente não cumpre sua palavra.Ele não disse nada.Luiza olhou para seu rosto frio: — Por que não está falando nada? Está com raiva? Ou é porque você realmente não cumpre o que diz?— Se você não ficasse trocando olhares com aqueles homens, eu ficaria zangado?— Miguel, já te expliquei. Eu e o Simão só nos encontramos por acaso, não marcamos
A noite passou assim.No dia seguinte, Miguel acordou, mas Luiza não estava mais lá, embora o perfume dela ainda parecesse impregnado nos lençóis.Ele deu uma leve cheirada e se sentiu um pouco melhor. Então, percebeu que havia um terno cuidadosamente dobrado sobre o sofá ao lado da cama.Era uma roupa que ela havia preparado para ele.Miguel sorriu de canto e se levantou para lavar o rosto. Vestiu o terno e desceu.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu a voz de Ângela vinda da cozinha:— Senhora, os cogumelos devem ser fritos primeiro pelo lado de fora, depois pelo lado côncavo, assim o suco não escapa.— Entendi. — Respondeu Luiza, aprendendo com atenção.Ângela perguntou:— A senhora está aprendendo a cozinhar para o senhor?— Você não sabe? Ele não gosta de comer verduras, então tenho que pensar em todos os jeitos possíveis para fazê-lo comer. — Enquanto falava, Luiza colocou alguns aspargos na frigideira. — Vou fazer ele comer isso mais tarde.Ângela riu:— A senhora se preocu
— Quero dizer, viver juntos alegremente, conviver felizes. — Certo. — Ela respondeu suavemente. Miguel ficou satisfeito. Depois de comerem, Luiza o acompanhou até a porta, olhou para o céu azul lá fora e sorriu: — O tempo está ótimo hoje. — Nenhuma nuvem no céu. — Quer sair? — Miguel perguntou. Luiza virou a cabeça: — Posso? — Claro. Ela estava livre novamente. Sabia que precisava fazê-lo feliz. Luiza fez uma expressão de gratidão, seus olhos brilhavam ao dizer: — Você é o melhor marido do mundo! Miguel sorriu: — Não volte muito tarde. — Certo. Ela sorriu, o observando entrar no carro. ... À tarde, enquanto Luiza mexia no celular, de repente apareceu uma mensagem no WhatsApp, enviada por Marina. Marina dizia: [Lulu, dá uma olhada nesse vídeo. Será que estão falando do seu pai e do Zeca? Eu vi agora há pouco numa plataforma.] Marina continuou: [Estão comprando espaço nos trending topics. Acho essa história muito estranha, parece que tem alguém por
Ela queria ir e mandar aquelas pessoas embora, mas sabia que não podia aparecer; se aparecesse, seria como revelar que Bryan ainda estava vivo.Ela pegou o celular e, escondida na curva do corredor, ligou para Miguel com a voz um pouco rouca:— Miguel.— O que foi? — Ao ouvir sua respiração, Miguel percebeu que algo estava errado. — Você está chorando? O que aconteceu?Luiza respondeu, aflita:— É sobre o hospital. Não sei quem vazou a localização do meu pai, mas agora tem uma porção de gente fazendo lives em frente ao quarto dele. Estão todos aglomerados na porta. Mande alguém vir resolver isso.— Você está no hospital agora?— Sim.— Tem muita gente aí agora, então não apareça. Encontre um lugar seguro para esperar. Estou indo agora mesmo. — Miguel temia que, com a multidão, sua presença pudesse prejudicá-la.— Eu sei. — Ela sabia que, se sua localização fosse descoberta, todos perceberiam que estava no hospital. Ela falou calmamente. — Vem logo.— Vou agora.Miguel desligou o telefo
Luiza estremeceu, percebendo que realmente não havia nenhum problema, e imediatamente assumiu uma expressão fria, dizendo:— Então, você está fingindo estar louca.Miguel lhe havia dito que Alice desenvolveu uma reação de estresse após o incidente de violência, e que agora ela tinha surtos frequentes."Embora ela pareça pálida, não há nada de errado com seu estado mental. Pelo contrário, seu sorriso é assustador, como se estivesse tramando algo..."Justo quando Luiza teve esse pensamento, a porta do corredor foi subitamente aberta com um estrondo.Isabelly e a Sra. Nunes estavam do lado de fora, parecendo estar à procura de Alice, com expressões ansiosas.Assim que a porta se abriu, elas viram Luiza segurando Alice contra o corrimão da escada, com a cabeça de Alice pendendo para baixo, enquanto esta, com uma voz fraca, implorava:— Por favor, me solte...O rosto da Sra. Nunes escureceu imediatamente, e ela gritou em tom severo:— Luiza, o que você está fazendo?— Alice! — Isabelly corr
Esta situação parecia um verdadeiro acúmulo de absurdos. Luiza, uma mulher comum, de repente se via acusada de ter atacado uma pessoa com problemas mentais, tentando empurrá-la escada abaixo.O repórter voltou para entrevistar a Sra. Nunes. — Sra. Nunes, foi assim que aconteceu?A Sra. Nunes olhou para Luiza com tanto ódio nos olhos que parecia querer devorá-la. Acenando a cabeça, ela respondeu com uma voz grave: — Sim, foi exatamente assim. Quando entrei, vi que ela estava prestes a empurrar minha neta escada abaixo...Os repórteres ficaram atônitos, e as câmeras imediatamente se voltaram para Luiza, carregadas de desprezo e questionamentos. — Por que você atacou uma pessoa com problemas mentais? É porque acha que elas são mais fáceis de intimidar? — Foi o abuso contínuo de Bryan que distorceu sua personalidade? Você costuma maltratar os fracos e pequenos animais?Os jornalistas já estavam claramente tendenciosos, e as perguntas ficavam cada vez mais afiadas e provocadoras.Lu