Antonella Bellini
Estava completamente paralisada, completamente embasbacada. Meus olhos estavam focados nos Farley's a minha frente, pai e filha. Pai, meu Deus, Jamie é pai da minha melhor amiga e sinto que vou surta cada vez que olho pra eles. Como não reparei na semelhança, mesmo tom de cabelo, o mesmo tom de azul. Ainda estou esperando Amélie levantar e falar: " te peguei bobinha, tinha que vê sua cara." Mas sinto que isso não vai acontecer.- Ella, está tudo bem? - Olho para Amélie e depois pra Jamie, e sinto que vou vomitar.- Sim, só estou um pouco... surpresa.- Dou um gole de desespero no meu café com leite cheio de açúcar e carboidrato.- Surpresa por que? - Ela me olha com cenho franzido.- Ontem quando estava indo embora, seu pai...- Esbarrei na Senhorita Bellini e sai sem um pedido de desculpas. Espero que me perdoe. - Jamie me olha sério, e não entendo porque mentiu.- É, foi isso...- Desvio o olhar não conseguindo manter o contato com Jamie.- Bom, já que agora está tudo bem, estava pensando em jantarmos juntos hoje, o que acha Ella? - Jamie me dá um sorriso sacana.Safado! Estava usando Amélie para conseguir o jantar.- Desculpa Melie mas já tenho compromisso hoje a noite, podemos remarcar? - Amélie me olha estranho, e sinto que ela não aceitou muito bem minha desculpa.- Compromisso? Com quem? Você não me disse nada. - Amélie questiona em um tom acusador.Volto o meu rosto para Jamie, e o encontro com os dedos cruzados em cima da mesa esperando minha resposta. Trapaceiro, estava usando a propria filha pra tirar informações.- Foi em cima da hora. - Tomo mais um gole de meu café ganhando tempo pra inventar uma desculpa. - Olívia me convidou, ela quer me mostrar uns modelo para o colar que estou fazendo pra avó dela. - Disse a primeira coisa que veio em minha cabeça.- Tudo bem... estranho você não ter me avisado. - O tom de voz da Amélie é totalmente desconfiado.- Como eu disse - Retomo o olhar para Jamie. - Foi em cima da hora.Jamie me dá um olhar ameaçador e desvio os olhos para suas mãos. Os nó de seus dedos estavam brancos com tamanha a força do seu aperto.Hoje não Farley!- Nossa olha hora, tenho que ir, não posso me atrasar. - Levanto as pressas pegando minhas coisas. - Obrigada pelo café Mélie. - Ela se levanta e me dá um abraço.- Então, deixamos pra proxima o jantar.- Amélie fala desanimada.- Sim, me liga e marcamos algo. - Me viro para Jamie que está de pé atrás da filha. - Sr. Farley, foi um prazer revelo.- O prazer foi todo meu. - Sinto segundas intenções em sua fala, e meu corpo traidor fica todo "quentinho" quando ele pega minha mão e deixa um beijo, fazendo me arrepiar da ponta dos pés até o último fio de cabelo. - Espero te encontrar mais vezes, Srta. Bellini.- Dou apenas um sorriso sem mostrar os dentes e puxo minha mão da sua.Aceno pra Amélie e saio o mais rapido possível daquela cafeteria. Respiro fundo do lado de fora e entro no primeiro táxi que passa. Ainda sentindo minha mão formigando, pego meu celular e mando mensagem pra Olivia." ME AJUDA!!!"" Se Amélie perguntar, vamos jantar hoje para discutirmos sobre o colar da sua vó."Estava impaciente esperando sua resposta." Chama no DDD que eu vou no resgate, princesa."Reviro os olhos com sua respostas.Típico da Liv.《•••》A pele negra de Olívia ficava linda em contraste com o conjunto amarelo chamativo que estava usando. Olívia jorrava confiança por todos os poros, em todos os aspectos da vida. Totalmente otimista. Eu queria ser como ela. Eu estava fazendo o meu melhor, mas digamos que o meu melhor era uma grande merda.- Então, Jamie gostosão, filho de Afrodite é pai da Amélie e está todo interessado em você? Eu vi como ele estava te olhando. Ele não parou de te encarar. - Comentou - Mas eu não estou julgando ele por isso.- Ela me dá um sorriso safado.Olívia é sempre enxerida desse jeito.Tentei a noite toda manter o foco da conversa em outros assuntos, mas ela insistia em falar do Jamie.- Ele sempre dá um jeito de ficar por cima, sabe? Não gosto disso. - Mergulhei minha batata frita no molho e botei na boca. - Obrigada por garantir que eu continuasse a ser uma mulher direita hoje à noite. - Comi outra batata. - Disse aos Farley's que tinha planos, o que era uma mentira descarada. - Liv apontou para mim com uma batata frita e sorriu debochada.- Depois cobro esse favor.Dei um gole na refrigerante. Já estava cheia do hambúrguer e das batatas.- Claro Liv, como se eu já não tivesse feito muito por você.- falei, soando entediante até para mim mesma.- Mas por que você não sai com ele? Ele é gostoso. Ele está a fim. Você com certeza poderia se divertir.- Olívia pegou minha mão e pressionou os lábios macios na minha pele. - Você precisa se divertir, amiga. Fazer um sexo selvagem. Todo mundo precisa de vez em quando. Faz quanto tempo que não dá um trato ai em baixo?Puxei a mão e tomei outro gole da bebida.- Não vou falar sobre quando foi a última vez que transei. Limites, por favor.Ela me deu um olhar paciente.- Você precisa ter um orgasmo, querida. Posso te ajudar com isso se quiser.Ignorei o comentário.- Ele é tão intenso. As coisas que ele diz, que ele faz, a sobrancelha arqueada e aqueles olhos azuis... - Apontei um dedo para a minha cabeça como uma arma e fingi puxar o gatilho. - Não consigo pensar quando ele começa a dar ordens. - Notei que Liv também tinha afastado o prato. - Podemos ir, não acha?- Sim. Vamos levar sua boceta sexualmente frustrada de volta para casa. Quem sabe você não tem um encontro com o seu vibrador? Isso ia ajudar.Chutei Olívia por baixo da mesa.No carro com Olívia, a caminho de casa, pensei sobre a noite anterior, no carro do Jamie. Era óbvio que eu tinha ficado confortável, tanto que peguei no sono. Isso me deixou pasma.Nunca tinha feito nada assim. Então por que tinha deixado acontecer com o Jamie? Será que foi a beleza dele? Apesar de só ter visto o rosto, posso adiantar que ele tem um corpo e tanto debaixo daquele terno de seda. O homem era um pedaço de mau caminho. Por que eu, quando ele certamente poderia ter qualquer uma que escolhesse?- Então você vai fazer o Anel de noivado da Elsie ?- Vou sim. - Dei um abraço desajeitado em Olívia, dentro do carro. - Obrigada pela indicação, e pelo jantar. - Dei um beijo na bochecha dela.- Dio ti benedica.- Adoro quando você fala italiano comigo, mio amore! - Liv fez um gesto com as mãos, apontando para o peito. - Continua assim que vou ter um orgasmo.Deixei uma Olívia sorridente no carro e mandei um beijo. Subi para o apartamento e em menos de cinco minutos estava no chuveiro. Dez minutos depois do banho e já tinha até vestido meu pijama. Foi só eu acabar de escovar os dentes que o celular tocou. Olhei para a tela. Droga. Jamie.Apertei aceitar e arrumei coragem para falar.- Jamie...- Gosto quando você diz o meu nome e por isso acho que vou te perdoar por ter desligado na minha cara hoje. - Aquela voz elegante e britânica tomou conta de mim, fazendo imediatamente com que me lembrasse da masculinidade dele e da constante promessa de sexo.- Desculpa. - Esperei ele dizer alguma coisa, mas ele não disse nada. Ainda não tinha aceitado sair com ele... nós dois sabíamos disso.Finalmente, ele perguntou:- Mas então, como foi sua noite hoje? - Pude visualizar aquela ruga de irritação que ele faz na boca.- Boa... Ótima. Acabei de chegar do jantar, aliás.- O que você comeu no jantar, Ella?- E pra que você quer saber, Jamie?- Para eu aprender o que você gosta. - E ele fez de novo! Tirou-me da defensiva com palavras fáceis e insinuações sexuais, como sempre.- E por que não pergunta pra Amélie, já que anda usando ela pra tirar informações sobre mim - Me senti uma vaca, grossa. Soltei o ar que nem sabia que estava prendendo.- Comi um hambúrguer com batatas fritas e tomei refrigerante.- Relaxei um pouco e suavizei o tom.- Vegetariano? E não estou usando minha própria filha.- De jeito nenhum. Eu amo carne, quer dizer, eu como... carne... o tempo todo. - Meu Deus do céu. O breve instante de relaxamento acabou ali mesmo e voltei a tropeçar nas palavras, igual a uma adolescente.Jamie riu do outro lado da linha.- Então umas boas carnes e refrigerante no menu vão te deixar satisfeita?- Ei, eu nunca disse que ia sair com você. - Fechei os olhos.- Mas você disse pra Amélie. - A voz dele mexeu comigo. Mesmo pelo telefone, sem vê-lo, ele me atraía e me fazia concordar em encontrá-lo novamente. Olhar para ele de novo. Sentir o cheiro dele de novo.Eu resmunguei no telefone:- Assim você me mata, Jamie.- Não. - Ele deu uma risadinha. - Nós já chegamos à conclusão de que eu não sou um serial killer, lembra?- Isso é o que você diz, senhor Farley, mas saiba que se você me matar mesmo, será o primeiro na lista de suspeitos.Ele riu e o som da risada dele me fez sorrir.- Isso quer dizer que você anda falando de mim para os teus amigos?Não vou dizer que minhas únicas amigas são Olívia e Amélie.- Pode ser que eu tenha um diário secreto e tenha escrito sobre você. Quando a polícia vier revistar o meu apartamento em busca de provas, vai encontrá-lo.- A senhorita tem bastante talento para fazer drama. Teve aula de teatro na escola?- Não, mas assisti a muitos episódios de CSI.- Ok, agora eu estou entendendo tudo. Carne, refrigerante, CSI. É um mix bem eclético o que estou preparando para você... Entre outras coisas. - Falou essa última parte bem devagar e eu pude sentir a sugestão implícita nas palavras fazer efeito bem no meio das pernas. - Onde eu te pego amanhã?- Tenho um cliente amanhã. Ele mora no décimo andar do edifício Shires.- Vou te encontrar, Antonella. Me manda uma mensagem quando estiver acabando e eu vou lá. Boa noite. - A voz dele mudou e soou mais abrupta. Ouvi um clique na linha e me dei conta de que Jamie tinha desligado dessa vez.Revanche? Talvez.Mas enquanto me ajeitava na cama para dormir, no escuro, repassei mentalmente nossa conversa e tive certeza de que ele tinha conseguido decidir tudo de novo. Eu tinha um encontro marcado com Jamie amanhã à noite, sem jamais ter realmente concordado em ir.Amélie FarleyA cada cinco minutos eu olhava através da janela á espera de Olívia. Não tinha motivos para tamanha demora, era apenas um jantar entre amigas, certo? Espero que sim. Olívia pode ser bem insistente quando quer algo, e acho ótimo ela não querer Antonella.- Ainda acordada, boneca? - Levo um pequeno susto quando Olívia adentra a nossa pequena sala, tirando o seu sobretudo extremamente chamativo.Ela ama ser o centro das atenções!- Estava te esperando.Eu e Olívia nos conhecemos na primeira semana de aula. Começamos dividindo um pequeno quarto no campus, mas concordamos que estávamos ficando sem espaço. Principalmente Olívia, e o seu estoque de laces, roupas e sapatos. As vezes tenho a impressão de que ela é levemente compulsiva. Não sobrevivemos nem metade do primeiro semestre naquele cubículo, então, decidimos alugar um apartamento. Encontramos um edifício de apenas 05 andares, próximo à faculdade. Desde então dividimos às despesas e às vezes a cama.- Não sabia que eu ti
Antonella BelliniMandei uma mensagem para Jamie equanto Owen, noivo de Elsie, olhava alguns desenhos. Ele era um grande entusiastas dos modelos clássicos, fazendo alusão aos anos 30 e 40.- São todos muito lindos. - Elogiou Owen, com um sotaque francês magnífico.- Obrigada, Owen.Como tinha um jantar daqui a pouco, pedi para usar o banheiro. Tentei não me preocupar demais com a aparência, mas o Jamie era tão bonito... Já eu era simplesmente eu. Sabia que tinha um corpo bom, mas não era bonita. Cabelo comprido, castanho-claro, nada especial. Meus olhos eram provavelmente o que havia de mais diferente em mim. A cor era uma mistura de cinza, azul e verde.Estavamos no final da primavera, como era um encontro casual, escolhi roupas simples, que não iam amassar durante o dia: um vestido de alça, e sandalias pretas de tira. Pendurei nos ombros o meu casaquinho branco e fui dar um jeito no resto. Penteei o cabelo e fiz um rabo de cavalo e com uma mecha, enrolei em volta do elástico. Depois
Antonella BelliniSentado do outro lado da mesa, Jamie era o perfeito cavalheiro inglês, e exalava sexo em cada poro do seu corpo, me deixando com uma ansiedade excitante. - Como uma italiana veio parar tão longe de casa?Espetei o garfo na salada á minha frente, antes de responder. - Só queria sair de casa, ser idependente. - Na verdade eu estava completamente perdida, como os vários joves da minha idade - Minha família administra um pequeno negócio de jóias em Milão. Essa não é a careira dos meus sonhos, mas meus pais me propuseram um acordo. Se eu fosse aceita em alguma universidade fora do país eu poderia ir, mas só se fosse para estudar design de jóias. E por algum milagre, fui aceita na Universidade de Londres. Meus pais ficaram tão felizes em me ver motivada que me mandaram com todas as bênçãos. E desde então estou por conta própria aqui.- Mas você está fazendo graduação agora? O que pretende fazer depois?- Jamie parecia estar interessado em saber o que eu fazia por ali.- Bo
Antonella Bellini Merda, merda, merda, merda!!!Eu estou gritando repetidamente na minha cabeça. O corpo de Jamie, subitamente se enrijece. O que estou fazendo? Minha melhor amiga está lá fora, e eu estou aqui agarrada com o seu pai.Eu sou horrível!Jamie não para, ele aprofunda o beijo, empurrando os meus lábios, a sua língua invadindo minha boca. Ele libera minha coxa e traz as mãos nos meus quadris para me manter quieta. Ele acha que eu vou correr. E eu vou mesmo!Quando ele libera os meus lábios, minha cabeça cai automaticamente.- A porta está trancada. - Ele assegura tranquilamente.Eu não posso continuar com isso! Ela é minha amiga eu não posso fazer isso com ela. Ele leva uma mão até meu queixo inclinando-o para cima.- Por favor. - Ele fala.Eu balanço minha cabeça, apertando meus olhos fechados. Sua mão aperta o meu quadril e ele aperta meu queixo ligeiramente em uma tentativa desesperada de me arrastar para fora da casca que eu entrei.- Não fuja. - Ele tenta manter a voz
Antonella BelliniSubi as escadas correndo até meu apartamento. Me sentia suja, como pude? não teria coragem de encarar Amélie.Levei um susto quando encontrei Olivia sentada em frente a minha porta, com a cabeça apoiada nos joelhos, ela parecia dormir.- Liv? - Sacudi levemente seus ombros. Ela acordou assustada.- Você chegou! - Passou as mãos nos cachos, tentando se recompor. - Sim, e você estava dormindo no chão. - Passei por ela e destranquei a porta dando passagem pra ela entrar.- O que aconteceu.- Eu e Amélie transamos. - Ela falou tão rápido que senti uma leve pressão em minha cabeça.Ela e Amélie... Amélie é lésbica? Ai meu Deus!- Como assim? Amélie... ai meu Deus. - Não estava conseguindo ser coerente, meu raciocínio estava lento demais.É muita coisa pra um dia só.Senhor, eu vou enlouquecer!!!- É, não queria te contar desse jeito mas as coisas sairam fora de controle e a gente brigou. - Ela se j**a no meu sofá, e lentamente me sento ao seu lado ainda perplexa com a novi
Antonella BelliniComo ele me fez sentir, quando as suas mãos me tocaram. Tudo antes de ouvir a voz estridente de Amélie. Rapidamente repreendo meus pensamentos. Eu sou apenas um peão em seus jogos sexuais, e ele provavelmente está se sentindo desapontado depois que acabei com tudo.Chega uma mensagem no meu telefone. Eu caminho cautelosamente em direção ao sofá, como se meu telefone fosse algum tipo de monstro horrível, mas pensando bem, talvez a pessoa na qual me enviou a mensagem, seja o monstro. Pelo amor de Deus, eu estou sendo patética. Eu pego o telefone e abro a mensagem. "Atenda o telefone! "Ele toca novamente fazendo eu pular com o susto. Eu deixo tocar de novo, e muito infantilmente, digito uma mensagem de volta. "Não."Eu ando pela sala, segurando meu telefone. Não demora muito para chegar outra mensagem. "Tudo bem, eu entro."- O quê? - Eu grito. Uma coisa é ignorar o telefone, mas outro é nível de resistência, é tentar resistir quando ele está em carne e osso olhan
Antonella Bellini Quando eu não digo nada, ele começa a avançar na minha direção. Há quase dois centímetos entre nós. - Diga. - Ele suspira.Eu não posso colocar a minha boca para funcionar. Estou consciente da minha respiração, coração acelerado e uma palpitação na minha virilha.Maldito tesão!Estou em alerta para reações semelhantes que emanam dele. Eu posso quase sentir seu coração batendo em sua camisa. Eu posso sentir sua respiração pesada. A tensão sexual entre nossos corpos próximos.- Você não pode, não é? - Ele sussurra outra vez, me deixando inebriada com seu cheiro.Eu não posso! Eu estou tentando. Eu estou lutando, mas é realmente difícil, as palavras não vão sair. A aproximidade de nossos corpos e sua respiração está confundindo meus sentidos. Eu estou voltando ao nosso encontro anterior. Nada me impede, além da minha consciência, mas ela está se afogando no desejo agora.Ele coloca a ponta do seu dedo no meu ombro, seu toque enviando uma descarga elétrica para todo me
Jamie FarleyParo em frente a faculdade e Amélie desce depois de deixar um rapido beijo em meu rosto. Observo ela sumir no meio dos estudantes, quando algo chama minha atenção. Lá estava ela, minha menina, caminhava despreocupada até a biblioteca.Não pensei duas vezes antes de descer do carro e segui-lá. Ela adentra o grande predio e corro para tentar alcança-lá. Observo o local praticamente vazio, e começo a procura-lá em meio as estantes cheias de livros.A encontro distraída, lendo a capa de um livro. Ando em silêncio e paro atrás dela, sentindo seu cheiro delicioso. - Você está deslumbrante. - Murmuro em seu ouvido, fazendo ela levar um pequeno susto.- Você disse que eu não teria que ver você de novo.- Ela ignora meu elogio. - Eu não sabia que você estaria aqui. - Minto na cara dura. Ela me olha com um pequeno sorriso em seus lábios.- Ah, não sabia? - Ela tenta sair mas bloqueio seu caminho. - Sinto muito.- Digo com toda sinceridade. Antonella não me olha, apenas encara o