Parte 1
Vitor ficou encarando Juliana. Ela parecia mesmo falar sério e mantinha uma postura ereta.
_ Tudo bem, vamos conversar sobre isso - deu a volta na caminhonete _ Entre e eu te levo onde tem que ir, depois vamos comprar os anéis.
Ela olhou fazendo bico, torcendo os lábios, mas achou melhor evitar uma discurssão ali onde qualquer um poderia vê-los e entrou.
O carro estava quente. Vitor esperou que colocasse o cinto de segurança e só então ligou o carro e o ar-condicionado bem forte.
Não foi uma boa ideia, já que a camiseta dela colada ao corpo deixou bem desenhado o contorno de seus seios. Ele olhou para
Parte 2_ Bem, eu tenho idade para saber o que quero e também para cometer os meus erros._ Diga isso a eles - bateu no volante de leve._ Eu já disse, mas eles não me ouvem - bateu as mãos._ Então, vamos continuar a mentira._ Ah... Jesus, como é difícil conviver com homens das cavernas.Ele riu e virou o rosto para o lado. Até que ela tinha razão, mas não iria dizer isso. Ela ficaria abusada. Mais ainda._ E por acaso você não tem ninguém? Tipo uma namorada ou coisa
Parte 3_ Pode não falar sobre isso com eles?_ Por que não?_ Porque estou cansada de falar e eles não prestam atenção. Querem que eu fique sempre na mesma, que me case e encha a casa de filhos._ E isso não é bom? - ergueu a sobrancelha._ Pode até ser, para algumas mulheres - mexeu no cabelo _ Eu também gostaria de ter minha família com um homem que fosse mesmo um companheiro, não alguém que ache que pode mandar em mim só por ser homem... Não mesmo!_ Seus irmãos querem o melhor para você.
Parte 4_ Que reclamem - deu de ombros _ Já vi questões de banco, cartório e outras coisas._ E como fez tudo isso?_ Eu sei fazer, ué! Sempre que saio procuro os lugares e pessoas para me indicar o que fazer. Além disso nós temos internet em casa, acha que eu fico fazendo o que? Vendo novelas ou you tube? Eu uso bem minha internet para coisas necessárias.Vitor ficou ouvindo enquanto ela contava sobre seus planos e ficou impressionado. Nunca a viu dessa forma, tão centrada em algo. Sempre achou que fosse mimada e que já estava com a vida ganha por tudo o que a família já tinha.No entanto, Juliana es
Parte 5_ Não... Não tinha pensado nisso ainda - disse um pouco desconfortável, querendo sair da situação._ Ah, mas deveria pensar bem - a vendedora disse _ Vai usar o anel por muito tempo, não é?Ouvir isso só fez piorar seu nervosismo e ficou tensa. Esse anel representaria muita coisa, inclusive o controle que ele acharia que teria sobre ela. Algo que ela não queria e nem deixaria._ Pode nos dar licença por um instante? - ele pediu à vendedora. A puxou de lado.Sabia que ela estava nervosa e sentiu sua tensão ao segurar sua mão. Seus dedos estavam rígidos e tremia um pouco.
Parte 6**De volta para Vitor e Juliana...Os dois entraram no carro e ele a olhou, parecia ainda nervosa. Ele estava com fome, mas ela queria ir para o tal encontro. Ligou o carro e o silêncio dela o incomodava. Decidiu quebrar o momento._ Gostaria de comer algo? Estou com fome.Ela olhou para o relógio e apertou a boca._ Tudo bem, se não quer, deixa pra lá - disse chateado _ Onde deixo você?_ Eu nem respondi - virou o rosto para ele.
Parte 7O melhor seria que já que a mentira foi criada, que continuasse dessa forma. Apenas a família saberia e depois de uns dias eles poderiam dizer que brigaram ou qualquer coisa e então decidiram acabar o namoro e não teria mais casamento.Só que com o anel isso começava a andar para o lado da realidade e agora mais outra pessoa de fora sabia do casamento. Se a notíica dela comprar terras se espalhasse seria muito ruim.Por isso mesmo não quis nenhum corretor de Andaluz, preferiu encontrar uma imobiliária da capital e assim poder fazer tudo sem que as pessoas locais soubessem para não contarem aos irmãos antes dela mesma fazer isso.Só que nem sempre
Parte 1Vitor ficou olhando enquanto ela atravessava a avenida movimentada e entrava na galeria. Juliana não queria que esperasse, mas ele insistiu. Disse que seria ruim dizer que chegou sozinho sem ela depois de saírem para comprar as alianças e ela aceitou, meio a contragosto.Parou o carro mais em frente, logo embaixo de uma árvore com a copa grande e ficou esperando.Juliana atravessou o corredor da galeria e entrou na imobiliária. A secretária quando a viu abriu um sorriso educado e já avisou ao chefe que estava ali._ Pode entrar - abriu a porta._ Obrigada - pa
Parte 2_ Obrigado, Marcy - Vitor disse _ Podemos levar agora? - Juliana enfiou as unhas em sua mão _ Nós estamos um pouco cansados - mentira.Juliana ficou sem jeito, se sentindo um ratinho que o gato prende contra a parede. Pelo jeito a cunhada já tinha cometido o deslize de espalhar a notícia.Gostava muito de Marcy, mas sabia que ela adorava falar e logo todos que passassem pela confeitaria ficariam sabendo da novidade.Quando ela entregou uma das bandejas, suas mãos tremiam e quase derrubou tudo._ Deixe que eu levo, querida.Vitor disse ao ver a cara dela de nervosa e tamb&eac