Capítulo 0003
Olivia.

Matt se recusa a dizer qualquer coisa sobre o que Carter tinha dito ou sobre o que ele respondeu, apenas diz que vou entender em breve. Papai está dormindo quando chegamos em casa, então fomos direto para a cama.

Quando acordo, a casa está silenciosa. Olho para o relógio e vejo que já são 9 da manhã. Isso me deixa intrigada, porque normalmente papai já teria nos colocado para correr, como fazemos todas as manhãs. Antes de descer, saio da cama e pego minha calça de moletom e meu casaco com capuz.

No meio da escada, escuto papai e Matt conversando.

— Ela sabe que algo está acontecendo, pai.

— O que você quer dizer?

— Carter nos encontrou no caminho de volta para casa e disse para não voltarmos e ficarmos na Lua de Sangue, onde ela ficará segura. Não acho que ele quis nos ameaçar, mas apenas ajudar.

— Carter é um bom garoto. Ele nunca gostou da forma como o pai dele agiu depois da morte da mãe.

— Sim, mas agora Liv está desconfiada. Acho que ela realmente não sabe o que está acontecendo com o Alfa, mas está claro que ela tem se sentido desconfortável. — Diz Matt.

— Vou conversar com ela quando sairmos daqui e estivermos seguros na Lua de Sangue.

Não há nenhuma resposta para as palavras do papai, e depois disso eles começam a falar sobre outras coisas. Sei que algo está acontecendo, e isso tem a ver comigo. Depois de um tempo, volto a me mover e entro na cozinha, vendo ambos sentados à mesa onde o café da manhã já está servido.

— Bom dia, querida. Dormiu bem? — Pergunta meu pai.

— Sim. Não vamos correr hoje? — Pergunto, e ele nega com a cabeça.

— Achei que um dia de folga seria bom, assim temos tempo para arrumar as malas e partir pela manhã.

— Ok, pai. — Digo, sem demonstrar que percebo que ele está escondendo algo.

Depois do café da manhã, volto para o meu quarto, pego minha maior mala de viagem e coloco quase todas as minhas roupas nela. Na bolsa menor, guardo meus pertences pessoais e alguns itens que tenho da minha mãe. Tenho a sensação de que não voltarei mais para cá, então vou garantir que estou levando as coisas mais importantes.

Quando termino, desço novamente para procurar papai. Encontro-o na cozinha, falando ao telefone, então me sento e espero até que ele termine.

— Isso é ótimo, obrigado. Nos vemos amanhã, provavelmente no final da tarde. — Papai avisa antes de desligar.

— Era sua avó. Ela mal pode esperar para ver você e Matt. Você terminou de arrumar suas coisas? — Ele indaga.

— Sim, tudo pronto. — Confirmo.

— Ótimo. Então, descanse hoje em casa para não ficar cansada na viagem. — Ele me diz, e eu apenas assento. Sei que nessas palavras há uma mensagem oculta: não saia de casa hoje.

— Ok, pai.

Ficar aqui em casa é entediante, então coloco meus fones de ouvido, ligo meu aplicativo de música e, antes que perceba, já estou cantando junto. Papai também não sai de casa, e Matt também fica.

LOGAN

Estou sentado no meu escritório quando alguém bate na porta. Mando entrar. A porta se abre e meu Beta, Luca, entra no escritório.

— Falei com os Jones, eles conversaram com o genro, e ele vai tentar trazê-los para cá até amanhã. — Ele me informa.

— Certo, prepare uma casa. Veja se há uma perto da família Jones. — Peço a ele.

— Farei isso. Também avisei os guerreiros que farão patrulha nos próximos dias, só para garantir.

— Obrigado, é uma boa ideia.

É por isso que ele é meu Beta, sempre pensa à frente, e eu não preciso dizer ou lembrar das coisas para ele. Além disso, ele é meu melhor amigo.

Conversamos um pouco sobre o que esperar. Alguns dias atrás, recebi a visita de Nina e Michael Jones, dois membros altamente respeitados da minha alcateia. Eles me contaram que seu genro os procurou pedindo ajuda. Ele disse que o Alfa da alcateia está demonstrando um interesse doentio por sua filha menor de idade, o que o preocupa muito, especialmente quando o Alfa o chamou ao escritório e lhe ofereceu o cargo de chefe dos guerreiros da alcateia se ele entregasse sua filha para ser sua companheira.

O Alfa perdeu sua companheira anos atrás e agora colocou os olhos nessa garota jovem. Ela vai completar dezoito daqui a um mês, e o Alfa já tem mais de quarenta. Além disso, é inaceitável o fato dele tentar forçá-la a ser sua companheira. Então, falei para eles que todos serão bem-vindos aqui.

Por algum motivo, meu lobo fica inquieto com essa notícia. Mas ele estar inquieto não é novidade. Não o libero com tanta frequência quanto deveria, porque sei que ele assusta a maioria dos membros da alcateia. Costumo soltá-lo apenas quando sei que a maioria está dormindo.

Enquanto Luca e eu conversamos, a porta se abre novamente, e antes que eu perceba, minha pequena Rose pula no meu colo. Ela tem três anos agora e fará quatro em dez dias.

— Oi, papai. — Ela diz animada.

— Oi, minha pequena Rose. Está pronta para o jantar?

— Sim, papai.

Vamos até o grande salão de jantar, onde os membros da alcateia podem escolher se querem comer ali. Depois do jantar, levo-a para o meu andar, e passamos um tempo brincando e depois assistindo “A Bela e a Fera”. Ela dorme antes do filme acabar e, após ter certeza de que está dormindo profundamente, saio de casa para correr um pouco. Assim, eu também terei uma boa noite de sono.
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