Capítulo 0005
LOGAN

Porra, porra, porra.

Estou tão inquieto e com essa energia reprimida, que quando o treino da manhã termina, decido sair para correr. Aviso a minha alcateia e as patrulhas e então corro. Já estou correndo há um tempo quando Titan começa a diminuir a velocidade e a ficar mais atento ao nosso redor.

— Alguém está aqui. — Sua voz poderosa me diz na cabeça.

— Provavelmente, é a família que estamos esperando chegar. — Lembro e então, Titan vira em direção às estradas, e eu me conecto mentalmente com Luca, dizendo que acho que eles chegaram.

Quando nos aproximamos, capto um cheiro fraco de algo realmente delicioso, e o aroma fica mais forte. Vejo o carro se aproximando da alcateia quase pela estrada, e o cheiro se intensifica. Agora posso dizer exatamente que é o cheiro de morangos e chocolate branco, as duas coisas que mais gosto de comer no mundo. Consigo ver três pessoas no carro, e eu congelo ao perceber que o cheiro ficou mais forte porque uma janela foi ligeiramente abaixada, e a garota mais bonita que já vi está olhando para fora.

— Merda. Titan, tira a gente daqui. — Digo e, relutante, ele acelera e corre à frente do carro.

— Aquela garota é nossa companheira. — Ouço Titan me dizer, e eu xingo.

— Ela não pode ser. Ela ainda não tem 18 anos. E eu não sou babaca de reivindicá-la como o antigo Alfa fez. — Digo a ele.

— Estou dizendo que ela é nossa companheira. Eu até senti a loba dela. E às vezes podemos sentir nossa companheira mesmo que a outra pessoa ainda não tenha atingido a idade. — Ele argumenta.

Merda, justo o que eu precisava, e definitivamente não o que essa garota precisa. Mas se Titan estiver certo, essa garota é minha segunda chance.

— Não podemos contar a ela, Titan. Não podemos assustá-la desse jeito. Ela vai fazer dezoito anos em um mês ou algo assim. Teremos que esperar, você me ouviu? — Não há a menor chance de eu ser um idiota e assustá-la reivindicando-a agora.

— Titan, estou falando sério. — Digo quando ele não responde.

— Ok. Mas precisamos mantê-la segura. — Ele concorda relutantemente comigo.

— Claro, e vamos.

Me conecto mentalmente com Luca novamente, pedindo para ele ir ao encontro deles e recebê-los. Mais adiante, na estrada, sei que o pai, que é um guerreiro, deve ter nos sentido, pois ele para o carro e apenas espera. Já gosto desse cara. O que ele está fazendo é um sinal claro de respeito e mostra que eles não querem problemas.

Saímos na estrada com dois guerreiros, e um homem desce do carro. Tento manter minha atenção nele, mas é difícil quando posso sentir o cheiro dela tão perto. Observo Luca ir cumprimentá-lo antes de ambos voltarem para mim.

— Alfa, obrigado por nos permitir vir para cá. — O homem diz, inclinando a cabeça. Posso sentir antes mesmo de vê-lo que ele é um lobo muito forte e orgulhoso.

— Sr. Moore, bem-vindo à Alcateia da Lua de Sangue. Fico feliz em poder ajudar. — Digo a ele.

— Isso significa mais do que posso explicar. E por favor, me chame de Klaus. — Ele diz.

— Muito bem, são seus filhos no carro? — Pergunto.

— Sim, Alfa, meu filho Matt e minha filha Olivia. — Tenho que me segurar para não começar a sorrir feito um bobo apaixonado quando ouço o nome dela.

— Temos uma casa pronta, mas antes de irem para lá, gostaria que todos vocês viessem ao meu escritório para podermos torná-los membros da alcateia. É mais seguro resolver isso logo para que ninguém os confunda com um grupo de lobos rebeldes. — Digo a ele, sem mencionar que esse é o primeiro passo para garantir a segurança de Olivia.

— Sim, Alfa, como desejar. — Ele diz e inclina a cabeça novamente.

— Luca vai mostrar o caminho para vocês. Vou correr na frente e esperar lá. — Digo, e com isso, volto para a floresta e me transformo para correr para casa.

OLIVIA

Seguimos o Beta em sua forma de lobo, e antes que percebêssemos, paramos em frente a uma enorme casa que só podia ser a casa da alcateia. O Beta foi até algumas árvores e arbustos ao lado da casa e voltou vestindo uma calça de moletom, fazendo um gesto para sairmos do carro.

Todos saímos, e percebi que o cheiro que eu havia sentido ficou mais forte. Se sempre cheirar assim por aqui, eu não vou me importar de ficar, porque o cheiro é incrível.

— Olá, bem-vindos à Alcateia da Lua de Sangue. Meu nome é Luca, e sou o Beta daqui. — O Beta diz para Matt e para mim, já tendo falado com meu pai.

— Olá, Beta. — Nós cumprimentamos respeitosamente.

— Apenas me chamem de Luca. — Ele disse.

— É um prazer conhecê-lo. — Digo, e ele sorri.

— Como vocês devem imaginar, a casa da alcateia tem três andares. O térreo e o primeiro andar são abertos para qualquer membro, e o último andar só pode ser acessado com permissão do Alfa. O térreo tem uma cozinha, refeitório, salão de baile, escritório do Alfa e várias salas com atividades para os jovens e as crianças da alcateia.

O próximo andar tem quartos, todos com seus próprios banheiros. Os membros da alcateia, especialmente os adolescentes, gostam de ficar aqui. E também é onde os convidados que vêm por motivos oficiais se hospedam. — O Beta Luca nos conta enquanto entramos na casa.

Quando entramos, podemos ouvir o quão movimentada a casa está. Enquanto olhamos ao redor, sou atraída por um cômodo de onde vem o som de alguém cantando. Olhando para dentro, vejo um grupo de adolescentes da minha idade se divertindo com diferentes jogos e um karaokê. Sinto Matt, meu pai e o Beta se aproximando atrás de mim.

— Isso parece incrível. — Matt diz.

— Sim, e os mantém longe da cidade humana por muito tempo. Também temos um ponto de encontro com um café, academias e assim por diante.

— Mhmm. — Um som veio de trás de nós, e sem precisar me virar, era como se todo o meu corpo soubesse que o Alfa estava bem atrás de nós.

— Alfa, eu estava dando um tour rápido. Estávamos indo para o seu escritório. — O Beta Luca disse, sorrindo.

Ao me virar, meus olhos caíram sobre o homem mais lindo que já vi. Ele tem cabelos castanhos escuros e é musculoso, com um abdômen trincado, algo que posso ver claramente porque ele ainda não está vestindo uma camisa. Mas são seus olhos hipnotizantes, de um verde-floresta, que não consigo parar de encarar.

Então percebo que estou olhando diretamente nos olhos de um Alfa e solto um suspiro, apressando-me a abaixar a cabeça.

— Alfa, me desculpe. — Sussurro. Uma risada profunda chega aos meus ouvidos, me causando um delicioso arrepio.

— Você não precisa se desculpar. Não sou tão formal. Agora, vamos todos para o meu escritório. — Ele diz e sorri.
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