Mundo de ficçãoIniciar sessão
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137. Seu toque
Gabrielle Lucas retornou rapidamente, segurando um tablet. Sentou-se ao meu lado na cama e me entregou o aparelho, os olhos brilhando de empolgação. — Você pode escolher. — Ele pediu. — São todas suas. Escolha o que mais gostar. Percorri uma galeria de imagens e plantas arquitetônicas. Eram dez casas, cada uma com características únicas e marcantes. Estranhamente, todos correspondiam aos conceitos que sempre admirei durante minha graduação. Ele tinha feito uma lição de casa. Um sorriso escapou antes que eu percebesse. Não pude deixar de me lembrar de John, que certamente faria algo parecido para mim. — Podemos nos mudar logo após o noivado. — Lucas disse, a voz cheia de expectativa. — Leslie acha que deveríamos
138. Sua forma de me punir
Gabrielle Segurou a ponta de minha camisola e a retirou, me deixando seminua, somente de calcinha, sentada em seu colo. Segurou em meu cabelo, puxando-o para trás, me obrigando a olhar em seus olhos, que estava repleto de luxuria. Ele estava feroz, como nunca imaginei que ficaria. Desceu a boca até meu pescoço, onde dava leve mordidas. Estava muito difícil me manter controlada. Todos os meus devaneios sobre aqueles momentos, passavam longe da realidade. O efeito que ele causava em meu corpo, era muito mais intenso do que quando estive com Murilo. Estava tão excitada que a pulsação chegava a doer. ― Está me castigando ― consegui dizer, finalmente. ― Sim, eu estou ― disse ele em meu ouvido ― vou leva-la até o limite. Ele disse aquelas palavras tão calmamente e parecia se deliciar no processo. Seu toqu
139. O exame
Lucas Park Eu não sabia dizer o que me trazia mais satisfação — se era vê-la dormir, finalmente em paz, sabendo que estava segura ao meu lado, ou se era sentir suas palavras, as que não se atrevera a pronunciar, ecoando em minha mente. Ela esteve a um fio de me dizer o que eu tanto ansiava ouvir. Estava estampado no rosto dela, no brilho suave de seus olhos, na hesitação que surgia na ponta de sua língua. Mas eu a impedi. Ainda agora, tentei entender o que me passara pela cabeça naquele instante. Eu sabia o quanto eu desejava aquele momento, o quanto ansiava pelo som de sua voz rompendo o silêncio com aquilo que até então apenas imaginei. Todas as células do meu corpo queimavam por ouvir dos seus lábios que me amava. No entanto, eu não pude permitir que fosse assim. Não naquele estado em que ela estava, n&a
140. A primeira consequência.
Lucas Park Mentir e manipular minha própria família me deixava desconfortável, mas ao mesmo tempo, tranquilizava-me saber que eles permaneceriam à margem, afastados do dilema que eu enfrentava. Cuidei para que ficassem fora disso, criei o cenário perfeito para que nenhum deles desejasse se envolver na guerra que eu havia iniciado com Gadreel, e, por mais que me custasse admitir, com Castillo também. No momento em que ele ameaçou Gabrielle, deixei de vê-lo como um aliado. Ele passou a ser tão instável e traiçoeiro quanto Gadreel, e jamais voltaria a baixar a guarda em sua presença. ― O que esperam que eu diga? ― Olhei para cada um deles, fixamente. ― Não vou pedir desculpas, se é isso o que esperam de mim. ― Eu não poderia estar mais feliz, querido, mas... ― come&cce
141. Uma conversa difícil
Lucas Park Três dias. Esse era o prazo que Castillo tinha me dado. E o primeiro já estava no fim. Um limite rígido que eu não ousava ultrapassar. Eu faria qualquer coisa para cumpri-lo, porque sabia exatamente o que estaria em risco se eu falhasse. Ainda assim, não conseguia ignorar a ironia cruel da situação. Bastava eu subir aquelas escadas agora, entrar no quarto dela e propor que transformássemos aquela fantasia em algo concreto, real. Gabrielle talvez até aceitasse. Mas como eu poderia colocá-la em uma posição onde se visse obrigada a casar comigo por causa de uma gravidez que sequer existia? Mas, no fundo, não era exatamente isso que eu estava fazendo? Forçando-a a aceitar uma situação que ela jamais escolheu? Como, diabos, eu a convenceria a se casar comigo em três semanas? E por quê... por qu
142. Eles escolheram não ver
Lucas Park O golpe não foi físico, mas senti como se tivesse levado um soco no estômago. A metáfora era simples, um ditado muito utilizado em nossa família, mas carregava um peso ainda maior vindo dele. Mesmo os mais habilidosos cometem erros e a guerra nunca está ganha até o final da última batalha, era isso o que ele queria dizer. Mas não foi apenas um aviso. Era um lembrete cruel de como ele via minha tentativa de controlar uma situação que, na visão dele, já estava fora do meu alcance. Definitivamente, ele estava me punindo da única forma que poderia me atingir. Meu pai me conhecia bem o suficiente para saber que a maneira mais certa de me fazer sentir o peso de suas palavras era se infiltrando em minha mente, plantando dúvidas e inseguranças. Por que diabos todos ao meu redor tinh
143. Um encontro com Gadreel
Lucas Park Acelerei minha moto até o limite, cortando o vento enquanto a cidade passava em flashes de luzes e sombras. Cada quilômetro me afastava de Gabrielle, mas o relógio era meu inimigo. Eu preciso voltar antes que ela percebesse minha ausência. Por mais que soubesse que a medicação a manteria dormindo até o amanhecer, o risco de ela acordar e fazer perguntas era algo que eu não poderia me dar ao luxo de enfrentar. Cada pergunta dela geraria mais uma mentira, e minha lista já parecia interminável. Aquele bar já presenciou a maioria das minhas explosões de raiva, e a ironia não passava despercebida. Era como se ele atraísse todos os meus momentos de descontrole. E mesmo assim, estava caminhando diretamente para dentro dele. Eu sabia o que me esperava ali. Sabia que Gadreel estaria furioso, ainda que sua fúria tivess
144. Guerra declarada
Lucas Park Eu... o vilão. A verdade nunca foi agradável aos ouvidos. Talvez fosse por isso que ele a lançava tão despreocupadamente a cada oportunidade que a surgia. Quando somos feridos por uma mentira, basta desmascará-la. Mas o que fazer quando a dor vem justamente da verdade? Eu conhecia bem minhas falhas e pecados. E estava tudo bem. Eu estava disposto a pagar, com juros, por cada uma das minhas transgressões. Mas lidar com o fato de que os outros enxergavam essa culpa estampada no meu rosto... isso me corroía. Gadreel sabia como me ler. Dominava essa arte com maestria, uma habilidade refinada ao longo dos anos em que me mantinha sob suas asas, não para me proteger, mas para me preparar para o abate. Ele sabia exatamente onde tocar, quais palavras usar, como esculpir a dúvida dentro de mim até que se tornasse um peso imp
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