Seduzido pela selvagem, o romance do Sr. Ângelo
Seduzido pela selvagem, o romance do Sr. Ângelo
Por: Carla Mendes
Capítulo 0001
No beco escuro na fronteira do País M.

— Corram, não deixem ela escapar!

No beco deslumbrante de depravação, onde, mesmo após a meia-noite, as luzes continuam a brilhar intensamente, criando um espetáculo de cores e brilhos.

Naquele momento, um grupo de dez homens vestidos de preto estava perseguindo uma jovem de corpo esbelto.

— Malditos, querem morrer?

Ao perceber que estava sendo implacavelmente perseguida, a jovem parou e levantou um bastão de ferro com mais de um metro de comprimento.

— Entregue o que você pegou.

Em um piscar de olhos, os homens com expressões ferozes cercaram-na por todos os lados.

— Querem? Venham pegar!

A jovem usava o capuz de seu moletom preto, escondendo suas expressões faciais, mas sua voz causava calafrios.

O sangue escorria pelo braço, ela havia levado um tiro no braço e precisava resolver a situação rapidamente.

— Você, vá revistá-la.

O homem com cicatriz no rosto, que parecia ser o líder, deu a ordem ao rapaz de cabelo amarelo que estava ao lado.

O rapaz de cabelo amarelo hesitou, aquela mulher era realmente implacável.

Quando lutava, parecia que não tinha medo de nada.

— Rápido!

O rapaz loiro teve que se aproximar, mas antes que conseguisse chegar perto da jovem, a bastão de ferro em suas mãos já havia acertado a parte de trás de sua cabeça.

— Todos, ataquem!

O homem à frente entrou em pânico imediatamente.

Os olhos da jovem estavam cheios de loucura, e ela atacava sem qualquer piedade.

No entanto, aquele grupo já a perseguia há mais de três horas, e ela estava começando a ficar sem forças.

Depois de derrubar um homem de quase um metro e oitenta com o bastão de ferro, ela acertou um chute nas pernas de outro homem, que era quase um metro e noventa.

O homem imediatamente caiu no chão, segurando a parte inferior do corpo e gemendo de dor.

Percebendo que era o suficiente, a jovem não prolongou a luta.

Com um giro rápido, entrou em outro beco.

Ela estava no limite depois que perdeu muito sangue mas não deixaria aqueles homens ficarem com o que tinham vindo buscar.

Antes que eles pudessem alcançá-la, a jovem jogou o bastão de ferro fora e tirou o moletom preto.

Uma regata preta revelou a silhueta perfeita da garota.

Ela caminhava rapidamente para frente enquanto tirava o elástico do cabelo, balançando a cabeça para soltar suas longas madeixas, que caíam graciosamente sobre seus ombros.

No instante seguinte, ela entrou diretamente no bar mais famoso do beco escuro, chamado Sedutor.

O grupo de homens de preto chegou correndo, mas parou na entrada do Sedutor, sem se atrever a entrar.

Embora fosse apenas um bar, o chefe por trás do Sedutor era alguém com quem eles não podiam se meter.

Dizia-se que o chefe do Sedutor era tão poderoso que até mesmo os líderes do País M tinham que respeitá-lo.

— O que faremos?

— Vocês, fiquem de guarda do lado de fora. E vocês, venham comigo. Mesmo estando dentro do bar Sedutor, eles tinham que mostrar algum respeito pelo Zeca.

No meio da madrugada, o Sedutor ainda estava em festa, e ninguém notou a jovem que havia entrado abruptamente.

Logo depois, o homem com cicatriz e alguns outros também entraram.

Ela rapidamente empurrou a porta de um dos camarotes e entrou.

O camarote estava escuro, e Vitória Neves encostou na porta, estava exausta após três horas de uma batalha feroz.

No momento seguinte, ela percebeu o perigo se aproximando.

Ela tentou se esquivar rapidamente, mas, no instante seguinte, foi capturada por um homem alto, que segurou os seus braços e os prendeu acima de sua cabeça com apenas uma das mãos.

— Solte-me.

Vitória estava furiosa.

— Quem te mandou vir aqui?

Mesmo que estivesse completamente exausta, a jovem percebeu que aquele homem era extremamente perigoso.

— Senhor, desculpe, achei que este camarote estivesse vazio. Desculpe incomodá-lo, eu já estou de saída.

Naquele momento, não era sensato confrontá-lo diretamente, então ela adotou um tom mais suave.

No entanto, o homem continuou segurando firmemente seus braços.

— Senhor, eu realmente não sabia que você estava aqui. Você está me machucando.

A voz suave e aveludada da jovem provocou o desejo que o homem mal conseguia reprimir.

— Suma daqui.

No escuro, não dava para ver a expressão do homem, mas pelo tom de sua voz, Vitória percebeu que algo estava errado.

Será que ele havia sido drogado?

Afinal, aquele era o Sedutor, e dentro daquela bar, qualquer coisa poderia acontecer.

Vitória só queria se afastar daquele homem perigoso. Quando estava prestes a abrir a porta para sair, avistou o homem com cicatriz do lado de fora.

Vitória então se viu forçada a fechar a porta do camarote novamente.

—Vai continuar aqui?

Ele já havia dado uma chance a ela; caso ela não saísse, ele não se responsabilizaria com o que estava prestes a acontecer.

— Chefe, tem barulho vindo de dentro.

Ao ouvir as vozes do lado de fora, e percebendo que estavam prestes a arrombar a porta, Vitória rapidamente empurrou o homem contra a parede e, no segundo seguinte, o beijou diretamente nos lábios.

— Mmm...

O homem não esperava que aquela mulher fosse tão audaciosa a ponto de o beijar à força.

Encostada no peito dele, Vitória sussurrou em seu ouvido:

— Ajude-me, por favor, eles estão tentando me capturar.

— E por que eu deveria te ajudar?

A voz do homem estava desprovida de qualquer emoção.

Uma adaga foi pressionada contra o peito dele.

O homem curvou os lábios em um sorriso, pensando: "Que audácia dessa mulher, atrever-se a ameaçá-lo?"

Nesse momento, a porta do quarto foi aberta com força, e encostada no abraço do homem, a jovem não soltou a adaga..

O homem com cicatriz entrou com seus comparsas e se deparou com uma cena bastante provocante.

Embora só pudessem ver as costas da garota, apenas o contorno de suas omoplatas já era suficiente para fazer o sangue deles ferver.

Além disso, o longo cabelo preto, caia sobre sua pele clara, deixando qualquer um prestes a perder o controle.

— Saia!

O homem abraçou a cintura fina de Vitória. Embora ela fosse implacável em suas ações, seu corpo era tão macio que despertava nele o desejo de quebrá-la.

Ao ouvir o barulho, o gerente do bar Sedutor veio imediatamente.

— Sr. Ângelo, desculpe-me, vou mandar tirar essa pessoa imediatamente.

Naquele momento, a testa do gerente estava coberta de suor frio. O Sr. Ângelo nunca gostava que mulheres se aproximassem dele, e na ocasião, aquela mulher ousava abraçá-lo.

O gerente pediu aos seguranças do Sedutor que tirassem a mulher, mas antes que pudessem tocá-la, foram dissuadidos por um olhar do Sr. Ângelo.

— Jogue esses homens para fora. — Disse o homem friamente.

— Sim, Sr. Ângelo.

Os seguranças do Sedutor avançaram imediatamente.

— Sr. Ângelo, nós somos do Zeca. — Falou o homem com a cicatriz no rosto, tentando se proteger mencionando seu chefe.

— Zeca? Quem é esse lixo? Joguem esses homens para fora agora. — Respondeu Sr. Ângelo.

O homem com a cicatriz tentou resistir, mas os seguranças do Sedutor não eram pessoas comuns. Eles sacaram suas armas e as apontaram para o homem com a cicatriz, jogando todos para fora.

Ao ver a situação, o gerente discretamente fechou a porta da sala privada para o cliente do bar.

Quando viu o homem com a cicatriz sendo jogado para fora, Vitória suspirou de alívio. Naquele momento, ela estava realmente exausta.

— Obrigada.

De qualquer forma, aquele homem havia ajudado ela.

No instante seguinte, a adaga foi tirada pelo homem que usou apenas as mãos.

— Eu te ajudei, não acha que também deveria me ajudar? — O homem sussurrou enquanto mordia sua orelha.

— Como você quer que eu ajude?

— Você acabou de me beijar à força, não seria justo se eu beijasse você de volta?

— Sr. Ângelo, que tipo de mulher você deseja? Eu vou sair agora mesmo e buscar uma para você.

Vitória queria empurrar o homem e sair daquele compartimento perigoso, mas não conseguia movê-lo de jeito nenhum.

— Sr. Ângelo, você...

— Eu só quero você.

O homem começou a lembrar do beijo que a mulher lhe deu. Tanto os lábios quanto o corpo dela eram muito macios.
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