Eu o encarei chocada com sua reação despreocupada com seu próprio irmão, ele me segurava pelo braço ainda e eu o puxei de sua mão.
Ele voltou seu olhar para mim interrogativo, parecia não entender minha indignação.
— Não preciso da sua ajuda. — rosnei para ele.
Caminhei direto para o banco de informações onde a atendente foi muito prestativa, Scott me seguiu enquanto eu dizia o nome do meu pai e entregava minha identidade, Scott seguiu meus passos entregando os documentos, um cartão de identificação foi nos entregue e informado para colar na roupa.
Visitantes, informava o papel.
Segui para a ala sete no procurando o quarto 445, o estado de saúde do meu pai não me foi totalmente informado pela atendente, Scott seguia caminhando ao meu lado.
A ala sete ficava no segundo andar, quando entramos no elevador Scott disse.
— A Sra. Jones só foi informada do AVC no
Quando cheguei na porta da casa, antes que eu girasse a maçaneta a porta se abriu e Emily surgiu.— Mia.Pronunciou ela.Eu entrei procurando a Sra. Jones, ela estava em seu escritório ao telefone.— Assim que sair o laudo pericial eu preciso ser avisada. — falava quando bati na porta aberta para chamar sua atenção.Ela virou a cabeça em minha direção e desligou o telefone.— Mia, como você está? — perguntou.— Sra. Jones preciso que me leve a delegacia, um amigo foi preso...- então comecei a explicar tudo a ela sobre Rick.Por fim ela também não pareceu surpresa de Scott ter um irmão gêmeo.— Todos os adultos sabiam sobre ele?Ela assentiu.— Ben foi avisado?Ela se referia Ben Harper, pai de Rick e Scott.— Não sei.Ent&
Eu o abracei forte enquanto ele dirigia a moto, meu coração estava acelerado e quando paramos em frente a minha casa ela não estava mais como no dia do crime.Não havia fita amarela, tudo estava escuro e silencioso.Quando desci da moto senti minhas pernas fracas, meu corpo estremeceu e por um momento pensei que fosse cair, mas fui apoiada por mãos grandes que me envolveram me ajudando a firmar os pés ao chão.— Um passo de cada vez. — disse Rick.Rick avançou sorrateiramente até a janela, espiou o interior pelo vidro e eu fui direto ao vaso de flores perto da porta, vasculhei à terra e retirei a chave extra escondida.Quando me levantei retirando a chave do saco plástico estremeci com o som do vidro sendo quebrado.Olhei para Rick que havia acertado um soco na janela com o casaco fino enrolado no punho.Ele acenou para eu entrar e pulou para o interior.Eu me virei e girei a chave na maçaneta, quando entrei acendi as luzes
Eu acordei horas depois com a luz do sol entrando no quarto, levei as mãos ao rosto e imediatamente senti o inchaço no meu olho direito.Gemi e tentei me mover no chão frio, todo o meu corpo doía.Quando minha visão finalmente se focou se tornando nítida vi Rick deitado a poucos metros de mim, seu rosto coberto de sangue, seus olhos estavam fechados e inchados.Reuni forças ignorando a vertigem e me levantei indo até ele.Seus ferimentos eram ainda pior de perto.— Rick! — o chamei e não obtive resposta.Seu nariz estava em um ângulo estranho, devia estar quebrado.Eu o sacudi o chamando mais uma vez e dessa vez ele gemeu.Meu coração saltou de alívio quando ele abriu os olhos.— Mia. — murmurou ele.Ele levantou a mão e a levou ao rosto, seus dedos roçaram no meu olho machucado e eu me afastei.— Está machucada. — anunciou e
Olhei para Rick sendo levado de maca para ser tratado, mesmo com dor e com seu nariz visivelmente quebrado enquanto seguiam com ele pelo corredor do hospital ele sorriu para mim, de uma maneira como se tudo fosse ficar bem.— Você vai voltar? — gritou ele da maca.— Vou! — respondi.Acenei para ele em seguida, tentei forçar um sorriso otimista, mas não fui tive êxito nisso.Nada me permitia sorri naquele momento, uma parte de mim, guardou rancor por ele não ter sido inteligente e ter pegado o quadro quando teve a oportunidade, por ser burro o bastante para me buscar no meio da madrugada para ir atrás da prova por mim mesma, mas outra parte de mim me lembrava de que Rick era uma das poucas pessoas ao meu redor que eu confiava.Me lembrei do que ele estava disposto a aguentar para que eu solucionasse o crime.Que obtivesse justiça.Até quanto tempo daquela surra brutal ele aguentaria? Eu sentia que ele
Eu tive um sonho.Um sonho bom, onde eu estava na praia, meus pés tocavam a areia e eu sentia o calor do sol em meu rosto.Mas não era eu do presente, era a Mia do passado, a Mia criança que não tinha nenhuma preocupação.Ouvi minha mãe me chamar, eu estava caminhando para o mar, tentando sentir a água nos meus pés e ignorei o seu chamado, continuei andando deslumbrada com a imensidão do oceano, quando vi estava com a água na cintura, mas não tive medo.Continuei brincando e não demorou muito até eu não sentir mais o chão sobre meus pés, fui arrastada pelas ondas intensas e traiçoeiras, tentei a todo custo nadar de volta à margem, mas quanto mais fazia isso mais era levada para longe, eu era muito pequena e fraca no meio de todo aquele oceano...Vi ao longe minha mãe gritar por mim e chorar e eu queria responder,
Havia se passado três meses desde que minha mãe morreu, havia alguns dias como hoje que eu acordava, mas não queria de modo algum levantar.Ficava deitada na minha cama encarando o teto do meu quarto, uma parte de mim, aguardava ouvir meus pais saindo para o trabalho, eu virava minha cabeça para a porta esperando ver minha mãe me avisando estar indo.Mas é claro que nada disso acontecia.Então eu virava para o outro lado e logo sentia as lágrimas descerem.Isso durava alguns minutos até ouvir a buzina de uma certa moto em frente a minha.Virei de barriga para cima e sorri ouvindo a buzina impaciente.Levantei e fui olhar na janela, parado em cima da Harley Davidson estava Rick acenando e sorrindo.Ele sempre estava sorrindo ao aparecer pontualmente todas as manhãs às sete para me levar ao trabalho no centro.Me arrumei rapidamente e desci correndo em sua direção, ao me aproximar o suficiente ele me puxou pela c
Rick me puxou para ele interrompendo o oral que eu fazia nele e em um movimento hábil me colocou de costas para a cama, seus lábios foram sedentos de volta para meus seios, suas mãos percorrendo todo o meu corpo, seus dedos ágeis explorando cada pedaço de mim.Sua boca abandonou meus seios e subiu para meus lábios, continuando em minha boca o que começara nos meus seios.Levei minhas mãos por seu rosto, acariciando sua barba áspera, segurando em seu cabelo sedoso... Então senti suas mãos encontrando o caminho novamente para o meio das minhas pernas, enquanto sua boca estava em um beijo lento e maravilhoso suas mãos agiram de forma de impecável.Será que ele podia ler pensamentos?Porque estranhamente seus dedos sempre sabiam o que fazer e como fazer...Ele arrancou um gemido sufocado de mim entre nossos beijos, seu rosto se distanciou do meu apenas alguns centímetros, porém o suficiente para eu ver seu rosto.Seus olhos verdes estavam ardentes, co
Olhei para o meu pai sendo ajudado a se levantar de sua própria cama, a Sra. Lookwood era uma mulher robusta e alta, enquanto ela o ajudava a se deitar de maneira confortável ela falava com ele.Ele não respondia é claro, mas olhava para ela seu olhar mostrando seu entendimento.Eu estava na porta do quarto com Rick ao meu lado, estava atrasada para o trabalho, Rick também, mas eu não conseguia sair do lugar.A mulher se virou para mim e sorriu, me garantiu para ir trabalhar tranquila que cuidaria muito bem dele.Para Rick ela deu um sorriso mais caloroso, com mais intimidade e ele respondeu o sorriso, assenti para ela e nos despedimos ali.Quando descemos e atravessamos a sala para a porta da frente meu celular tocou.Era do banco, fazia uma semana que descobri que meu pai havia tomado um empréstimo com juros altos com o banco, parecia que os negócios não estavam indo bem, ele