Capítulo 10

Luiza me olha confusa e em resposta eu apenas sorrio.

- Uma bela mulher, por favor sentem-se na mesa.- o Alberto diz nos apontando nossos lugares.

Assim que ele volta para seu lugar Luiza se vira para mim

- Por que disse que sou sua acompanhante?- ela pergunta baixo.

Sorrio para ela.

- Seria falta de educação trazer minha secretaria para um almoço de comemoração.- digo e ela me olha.

Vejo que ela pensa antes de falar, mas apenas decide ficar quieta e caminha ate a mesa.

Vou atrás dela e quando chegamos na mesa puxo sua cadeira para que se sente.

Todos dão os parabéns para o casal e logo garçons estão pegando os pedidos das comidas.

- Oque quer comer?- pergunto para Luiza que olha o cardápio.

- hamburger, mas vou ficar com a salada.- ela diz suspirando.

Chamo o garçom que vem para anotar meu pedido.

Luiza se engaja em uma conversa com uma mulher que esta sentada ao seu lado.

- oque vai pedir senhor?- o garçom pergunta.

- Dois hambúrgueres e duas coca por favor.- peço e ele anota o pedido.

Por mais que seja um restaurante de luxo eles tem um cardápio bem variado.

Todos os homens da mesa incluindo eu, conversamos sobre negócios e foi ainda mais fácil do que eu pensava fechar o negócio com Alberto.

Quando o pedido de todos na mesa chega, Luiza para a conversa e vejo sua surpresa ao ver o prato com o hambúrguer e batata frita na sua frente.

- Com licença, eu pedi salada.- ela diz para o garçom.

- Eu pedi para você.- digo e dispenso o garçom.

- mas eu não posso comer.- ela diz me olhando.

- E por que não?- pergunto colocando meu braço no encosto da sua cadeira.

- Por que eu não posso sair da minha dieta.- ela diz olhando para o prato de hambúrguer.

- coma Luiza, De vez em quando não faz mal.- digo a incentivando comer.

Ela olha um momento para o prato e delicadamente pega com a mão.

Em segundos ela morde e um gemido sai de sua boca.

Ele reverbera por todo o meu corpo, olho para a mesa e algumas pessoas a olha, mas ela não dá atenção a ninguém a não ser a comida que se encontra a sua frente.

Uma das mulheres revira o olho e começa a comer o seu prato de salada.

- Eu devia ter pedido um hambúrguer, parece delicioso.- Alberto diz divertido ao olhar Luiza.

Logo a mesa volta a conversar e Luiza e eu saboreamos todo o sabor que aquele tanto de gordura pode nos oferecer.

Assim que Luiza e eu acabamos de comer, me viro para ela para que possamos ir embora e vejo que o canto de sua boca à molho.

- Luiza?- eu a chamo e ela se vira para mim me olhando.

- Sim?

-É que tem...- digo apontando sua boca, mas penso que será mais fácil se eu apenas limpar.- deixa comigo.- digo pegando um guardanapo na mesa.

Me aproximo dela e limpo bem devagar o canto da sua boca, assim que acabo eu olho em seus olhos que me olham  intensamente.

Volto meu olhar para sua boca e vejo o quão perfeita é, mas o barulho de talheres chamam a minha atenção e eu me afasto dela.

- Estava sujo.- digo coçando a garganta e afrouxando a gravata.

- obrigada...- ela diz baixo passando o dedo onde eu limpei, não sei se era para conferir ou outra coisa.

- Acho que já podemos ir.- digo para ela que concorda.

Nos despedimos de todos e parabenizamos novamente o casal.

Assim que saímos do restaurante Luiza pega o tablet para conferir meus horários, como ela esta com as mãos ocupadas acabo abrindo a porta do carro para ela.

Antes que possa entrar ela me olha por um momento, mas rápido o suficiente para quase passar despercebido, quase.

- obrigada.- ela agradece entrando no carro.

Dou a volta e entro no carro me sentando atrás do volante, olho para Luiza esperando que ela coloque o cinto de segurança para que eu possa dirigir.

- Oh, me desculpe.- ela diz quando percebe que estou esperando algo.- devemos ir direto para a empresa, não há mais nenhum compromisso exterior hoje.- ela fala enquanto olha o tablet.

Eu respiro fundo e decido eu mesmo puxar o cinto e colocar nela, mas eu não contava que quando me inclinasse ficaria com meu rosto a centímetros do seu, que seu perfume entraria em minhas narinas.

Apenas prendo o cinto rapidamente e volto para a minha posição.

- Me desculpe, eu esqueci.- ela diz e quando eu a olho vejo que esta vermelha.

- Não se preocupe.- digo e começo a dirigir pelas ruas.

Durante todo o caminho ate a empresa o perfume de Luiza que antes eu não havia percebido infesteia o carro. O cheiro é doce e muito bom.

Estaciono o carro na garagem do prédio dessa vez e ao parar logo ambos saímos do carro.

Percebo que a garagem esta totalmente vazia e que não há carros, estranho, pois estamos em horário comercial e há muitos funcionários na empresa com carros.

- Que horas são?- pergunto para Luiza que também estranha a falta de carros.

- são 13:57 senhor.- ela diz.

- OK, gamos subir e ver oque esta acontecendo.- digo apertando o botão do elevador.

As portas se abrem e entramos, aperto o botão do andar da presidência e começamos a subir.

Ouço o barulho do relógio de pulsa de Luiza tocar, apontando que já são duas horas da tarde.

No mesmo momento o elevador para com tudo e o pequeno barulho que ele fazia para com ele.

- Oque está acontecendo?- pergunto para que em seguida as luzes se apaguem.

- Acho que estamos sem energia.

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