Assim que entro em meu apartamento resolvo que já esta na hora de começar a arrumar minhas coisas.
Pego uma pequena caixa para por algumas fotos e coisas pessoais que levarei comigo. Coisas pequenas, que podem caber na mala.
Algumas fotos dos tempos da faculdade vão comigo, assim como o pequeno troféu ao lado da televisão. Uma das poucas coisas boas que eu vou levar.
Quando chego nos porta retratos da família, uma vontade de jogar todas essas fotos no lixo me sobe, assim como todas a vezes que eu as olho. Mas como todas as vezes, penso que eles são minha família. Só que dessa vez eu os deixarei para trás.
Pego somente uma foto minha com meu pai e termino de arrumar os pertences quando a campainha toca.
Quem será? Talvez sr. Moore, ele pode ter esquecido de me falar algo.
Vou ate a porta e não olho no olho magico.
- Leonardo.- digo Escancarando a porta me lembrando de como ele pediu pra chama-lo. Sorrio com a lembrança.- precisa de algo...
Duas semanas se passaram e em três dias Luiza e eu iremos para sede.Tento não parecer um idiota perto dela e a tratar com respeito. Mas para Luiza isso não faz diferença, ela esta quase sempre sorridente. Em outras vezes quando ela acha que ninguém está olhando, vejo frustração passar por seus olhos e da para perceber que ela esta cansada.Não quero me meter em sua vida, mas as vezes me pego pensando que ela pode ter brigado com o namorado por minha causa.E aqui estamos nos, discutindo o tópico da reunião, quando eu a pego pensativa de novo.- Luiza?- eu a chamo.- Está tudo bem?Ela me olha por um momento e sorri antes de responder- Esta tudo bem, é que com a mudança eu preciso resolver algumas coisas.- ela diz.- O seu namorado...- começo a dizer e ela me olha novamente.- ele gostou da ideia de você ir embora?- pergunto mesmo sabendo que não.- Namorado?- ela pergunta.- Do que o senhor está falando?Eu a olho, tentando entend
Apertada. É isso que eu estou desde que saímos do escritório e estou mais ainda agora esperando o sr. Moore tomar banho.Preciso ir ao banheiro. O quarto dele é o último do corredor, sei disso por que venho aqui quando ele não esta.Mas não sei se ele esta tomando banho no banheiro do corredor ou no do quarto, então para não arriscar vou ate a primeira porta onde fica um dos quartos de hospedes e a abro.Segura, segura, segura.Minha mente pensa enquanto meu corpo só pensa em xixi, xixi, xixi.Não penso duas vezes ai empurrar a porta do quarto e perceber que ela é de correr, então apenas a abro e vou correndo para o banheiro que tem a porta aberta.Vou rápido e volto antes que o sr. Moore termine de se trocar.Mas não me preparo para ver ele se enrolando na toalha no banheiro e me olhando surpreso.Viro as costas rapidamente morrendo de vergonha e corro para a porta para sair do quarto.Assim que chego nela começo a puxar mas a p
Dentro do carro o silencio é reconfortante. Luiza olha pela janela a todo momento com a intenção de evitar me olhar e eu sorrio pois sei que estou mexendo com ela.Não demora muito para que cheguemos a boate e logo vejo os caras esperando na frente da boate. Dirijo para o estacionamento e pago a taxa.Luiza sai do carro e eu faço o mesmo rapidamente para alcança-la.- Luiza, espere.- digo pegando em seu braço e a trazendo para perto de mim.- Eu te levo para casa mais tarde.- digo.Como sei que ela vai tentar recusar, apenas sorrio e saio andando.Sei que ela me acompanhou pois assim que vejo Ana parada na porta da boate ouço Luiza chamar seu nome.Ela passa por mim sem nem mesmo me olhar e vejo o olhar que Ana dá em minha direção antes de puxar Luiza para dentro sem nem mesmo entrar na enorme fila.- ora, ora. Olha só se não é o grande sr
Caminhamos juntos até o carro com ele apoiado em mim.Ele não diz nada quando abro a porta para que ele entre e se sente no passageiro.Caminho para o lado do motorista e assim que entro já LIGO o carro para começar a dirigir.- sabe, eu não estou tão bêbado para que você dirija para mim.- ele diz e percebo sua voz fraca.Como paro no sinal vermelho eu o olho, ele parece sonolento.- Mas o senhor bebeu, não é certo dirigir.- digo.- Você também bebeu.- ele diz.- Quem te disse isso sr. Moore? Eu trabalho amanhã, não sou uma irresponsável.- digo sorrindo.- Parece que eu sou.- ele diz rindo.Avanço com o carro assim que o sinal fica verde. Mas apos algumas quadras uma luz no painel começa a piscar ate que o carro pare de funcionar.- Oque aconteceu?- pergunta Leonardo que antes estava com os olhos fec
"Essa noite você ira ficar comigo"Ouvir essa frase me acalmou imediatamente, então me permiti relaxar nos braços do sr. Moore.Esse medo, medo que eu sempre tive independente do numero que eu vestia, me acompanha.Um olhar diferente do normal de qualquer homem é o suficiente para assustar qualquer mulher.Mas agora, mesmo com esse homem dirigindo o carro me sinto segura perto de Leonardo.- obrigada.- sussurro enterrando minha cabeça em seus ombros.- estamos chegando.- ele diz.Pouco minutos depois o carro para e Leonardo paga a corrida.- Levo a moça para casa?- o homem pergunta ao volante.- Não.- Leonardo responde grosso ao me puxar do carro.- Como quiser.- o homem responde com um sorriso torto.O carro se afasta e com isso sinto meus ombros relaxar.- venha.- Leonardo diz me puxando para seu prédio.- para onde? Preciso voltar para
- Desculpe, acho que é um engano.- ouço Luiza ao telefone.- Vou passar para ele.Vejo ela caminhando ate mim e estendendo o telefone.- Quem é?- pergunto.- Sua namorada.- ela diz e começa e volta a comer seu pão.Pego o telefone sem entender.- alo?- digo ao atender.- quem fala?- Quem fala?- uma voz estridente e conhecida invade a linha.- Achei que quando voltasse a gente se resolveria Léo, mas você já esta com outra e na sua CASA!A voz de Bianca a faz parecer histérica.- Bianca, achei que já tivéssemos tido essa conversa.- digo respirando fundo.- E eu achei que apos essa viagem poderíamos conversar novamente.- ela diz com a voz embargada.- Já falamos oque tem pra falar Bianca.- digo.- por favor, não me ligue mais.- mas eu te amo.- ela exaspera.- Tchau Bianca.- digo desligando o telefone.Luiza não comenta nada sobre a ligação, apenas continua comendo.Começo a reparar nela e percebo que aind
- Tem certeza?- pergunto.Tinha em mente uma reunião com eles, mas um jantar é uma ótima opção, mesmo parecendo meio intimo.- Seria melhor fazer isso de uma vez. Não acha?- ela me pergunta com os olhos confusos.É impossível negar algo a ela.- Tem razão, podemos da empresa direto para lá. Provavelmente sairemos tarde por ser o último dia.- digo para ela.- obrigada.- ela diz sorrindo.Saímos de seu apartamento pequeno e aconchegante e vamos para a empresa.Como pensamos o dia é cheio, contratos e documentos que eu poderia ter assinado durante o mês todo aparece como magica em minha mesa cada vez que Luiza entra em minha sala.Na hora do almoço pedimos comida e almoçamos em minha mesa enquanto olhamos o contrato do apartamento que Luíza ficará- Deixa eu ver se entendi. Eu, Luiza, vou me mudar de pais e a empresa vai me emprestar um apartamento no qual eu não vou ter que pagar aluguel?- ela pergunta chocada.- Luísa, você
Reviro os olhos para pergunta desnecessária de minha mãe.- Não, Mae esse é Leonardo Moore. - digo para ela que parece não reconhecer ele como meu chefe.- certo Leonardo, vamos entrando.- minha mãe diz nos dando espaço.Eu entro na frente enquanto Leonardo vem atrás com as mãos nas minhas costas.- Não é namorado, sei.- minha mãe resmunga antes de sair para a cozinha pisando duro.Não entendo suas atitudes as vezes.Vamos para a sala e encontro minha irmã com seu noivo no sofá de chamego.ECA.- Quem é esse?- minha irmã pergunta assim que percebe nossa presença na sala.- Luana, esse é o Leonardo e essa é minha irmã Luana e seu noivo.- digo apresentando eles.- Então a mamãe tinha razão quando disse que havia mesmo um namorado - ela comenta e eu fi