P.V. GISELEEu estou proibida de sair sem os seguranças do Dominic e não reclamei quando eles vieram atrás de mim. Foi até um conforto. ainda não estou muito convencida que os amigos de Max não vão fazer alguma coisa. Mas agora meu foco é em outra coisa. Estou tão nervosa, nem parece que já namorei antes. Credo! Mas é o Miguel, desde que nos conhecemos foi apenas amizade. Pelo menos para mim. Nunca aconteceu brincadeiras ou indiretas com segundas intenções entre a gente.Ele é lindo? É! Ele é carinhoso? É! Em todos os momentos, ainda mais no trabalho que eu precisei de alguma ajuda dele, Miguel sempre foi gentil e me ajudou, eu fiz o mesmo por ele várias vezes. Foi fácil acontecer uma amizade entre a gente. Fluiu muito bem. Agora as coisas estão diferentes. Desde que ele confessou gostar de mim, eu estou agoniada. Quero vê-lo mais, quero conversar com ele. Eu estou empolgada com a ideia. E como amigos temos uma experiência muito boa. Pensar em um relacionamento com ele me deixa bem p
P.V. GISELEDeixei minha bolsa no outro sofá e fui até a varanda da casa dele. A noite não estava tão fria, mas ventava um pouco. O céu hoje está bem estrelado com uma lua linda lá no alto.– Pedi quantidade suficiente para sobrar para o almoço de amanha. – Miguel falou entrando na varanda. – Terá que me acompanhar amanhã também.– Por que você tem tanta certeza que vai sobrar para o almoço de amanhã? – Falei séria.Miguel parou de sorrir.– Gigi, estou começando a me arrepender de ter comprado japa. A Carol vai vir matando para cima de mim.Tentei me segurar para não rir, mas sua cara de assustado estava demais. Mesmo minha irmã sendo a mais nova, ela é a mais protetora de nós duas. Fora que ela adora um barraco e não pedia uma chance para falar pelos cotovelos.– Estou brincando, Miguel. – Coloquei a mão na barriga e respirei fundo recuperando o ar. – Não vou comer tanto assim. Nem estou com tanta fome, mas não dá para recusar um japa. É claro.Ele suspirou aliviado.– Não brinca co
Respirei fundo olhando a casa em minha frente. São tantas lembranças que veio como um mar revolto com ondas enormes. E nenhuma dessas lembranças me faz sentir bem. É como se eu tivesse passado anos longe desse lugar. A enorme casa que eu me sentia protegida por tantos anos e agora parece ser uma grande prisão. Ao mesmo tempo que é estranho olhar para ela é reconfortante também. Como anos ali pode parecer tão estranho e confuso? Aquele sentimento de segurança por estar por trás daquelas paredes, sentir que nada vai me machucar.Eu estou em casa.Eu estou de volta.Annie foi quem nos recebeu na porta. Assim que ela abriu, arregalou os olhos ao me ver e olhou rapidamente para o Dominic que está ao meu lado. Pela sua expressão ela nunca imaginou nos ver ali, ainda mais depois de ter contado aquelas coisas para Dominic. Ele fez um aceno de cabeça como cumprimento e eu não fiz questão de falar alguma coisa ou algum gesto. Se ela sabia de tudo que estava acontecendo porque não me falou ant
Então tomei a frente deixando claro o tempo que ficaríamos ali. Acredito que seja tempo o suficiente ou é tempo demais.- Por que? A vida está tão corrida por lá? - Marcus quis saber.- Kendall aceitou me ajudar na agência. - Dominic falou e segurou minha mão fazendo carinho na mesma. Me senti um pouco tranquila com seu toque. - As coisas estão bem corridas por lá e não podemos ficar longe por muito tempo.Não está nos meus planos contar para Marcus que fiz algumas fotos e aceitei fazer o desfile. Ainda não sei o que posso contar para ele. Marcus olhou para nossas mãos unidas.- Querida, você tem sido uma péssima filha ultimamente. - Ele falou com um sorriso no rosto. - Está dando grandes passos em sua vida e nem considera conversar com seu pai sobre isso? Achei que gostaria de ouvir conselhos de seu velho pai que já é bem vivido e que sempre esteve com você.Fiquei sem reação e Dominic percebeu.- Como você mesmo disse Marcus, as coisas aconteceram rápido demais. - Dominic respondeu
Na hora do jantar o clima estava terrivelmente bom. Marcus conversava normalmente conosco e em nenhum momento falou sobre meu noivado com Dominic, eu também não toquei no assunto quanto a isso. Meu noivado com Dominic. Parece ser uma ideia tão boa e ao mesmo tempo parece estar fora do meu alcance.Nesses últimos dias eu tenho estado tão longe de mim mesma. Sempre questionando quem eu sou, o que deveria fazer e porque certas coisas estão acontecendo. Sem respostas para várias perguntas e isso de certa forma é muito angustiante. É como se eu tivesse perdido a minha identidade.– Querida? – Olhei para Marcus. – Você está muito quieta.Sorri.– Estou um pouco cansada. Hoje acordei cedo e não parei mais. – Expliquei.Não estou tão cansada quanto estou dizendo, mas precisava dormir um pouco.– Eu já terminei. – Dominic segurou minha mão por cima da mesa. – Se quiser subir vou com você.Meu prato estava quase vazio e não estava fazendo questão de comer o resto. Concordei com a cabeça e me le
P.V. DOMINICMarcus agiu bem mais rápido do que pensei. Olhei a Kendall se afastando e suspirei. Trazer Kendall para cá era um risco bem óbvio, mas agora estou aqui dentro. Preciso fazer valer a pena e tirar Kendall daqui o quanto antes. Eu acreditei que Marcus não fosse tentar uma aproximação agora, ele sabe do controle que tem sob a Kendall.Sou eu que estou precisando agir aqui. Marcus vai tentar de todas as formas possíveis e ele já conhece e sabe onde está pisando. Kendall ainda está confusa, não é questão de acreditar nela. Kendall é a vítima aqui, mas Marcus não a vê assim. Ele não quer perder seu melhor peão. Peguei meu celular no bolso e comecei a digitar uma mensagem no grupo com Carlos e Michel.“Precisamos agir logo!” – Dominic.Logo recebi uma resposta.“Problemas?” – Michel.“Marcus está agindo bem mais rápido do que achei. Se ele convencer a Kendall, acabou.” – Dominic.“Não acho que Marcus consiga fazer ela se afastar de você. Kendall está confusa, mas não a esse ponto
P.V. MARCUS– Não posso fazer nenhuma reunião aqui. Já temos uma reunião marcada, por que temos que fazer outra aqui em tão curto tempo?Abram Kuskov, o pior russo que já conheci na minha vida, vai me atormentar novamente.– Não estou gostando do seu tom de voz, Marcus. Nunca recusou uma reunião nossa. O que está acontecendo? Está querendo mais tempo pra trepar com sua filha?!Filho da puta ! Esse sotaque forte que tanto odeio.– Como sabe que ela está aqui?– Não interessa. – Ele rosnou. – Não gosto que negue as coisas a mim.Respirei fundo. Não posso ir contra ele agora, Abram é um peixe grande nesse círculo, mas vou dar um jeito de acabar com ele. Abram Kuskov será o primeiro da minha lista, eu preciso me aproximar mais de García. Se eu me tornar o braço direito dele, não vou precisar baixar minha cabeça para ninguém.– O namorado da minha filha veio com ela. Por isso não posso fazer a reunião aqui.Abram riu, riu com gosto, me deixando com mais raiva ainda.– Eu ouvi certo? A lind
P.V. ANNIEEu já estou cansada, mas continuei ali quicando em Marcus. Não sei porque ele está com tanta energia hoje. Beijei sua boca novamente e ele puxou meu cabelo para trás, agora com acesso ao meu pescoço Marcus começou a deixar chupões ali. Eu não podia gemer algo e isso me deixava agoniada. Quando ele finalmente gozou, eu caí mole sob seu corpo.Estou muito cansada. Marcus me tirou de cima dele sem cuidado algum, puxei a coberta para me cobrir. Ele se levantou e pegou um charuto em cima do criado-mudo e acendeu. Marcus voltou a sentar na cama encostando as costas contra a cabeceira da cama. Nem parece que passamos horas transando, ele não demonstrava sinal algum de cansaço. Me aproximei mais dele deitando minha cabeça em seu colo.– Algo te preocupa? – Perguntei.Não posso dormir agora. Preciso de alguma informação para poder passar para Dominic. Kendall precisa ir embora dessa casa o quanto antes e se possível não ter mais contato algum com Marcus. Me arrisquei indo contar aqu