EDUARDO ALMEIDA

Me sinto furioso e dividido entre minha família e a mulher que amo, mas se tiver que fazer uma escolha não titubearei um minuto!

Caminho com Safira até o escritório do meu pai, como um cavalheiro lhe dou passagem e entro em seguida fechando a porta.

Meus olhos a desenha de baixo para cima, uma sandália muito simples e gasta nos pés com unhas pintadas de rosa, seu tornozelo tem uma tornozeleira amarela com vários penduricalhos pendurados e fazem um leve barulho quando anda, sua longa saia de cetim e sua blusa com os ombros de fora, seus braços têm tantas pulseiras que não consigo contar, mas o que mais chama atenção é a vasta cabeleira negra com cachos rebeldes que fazem um contraste perfeito com sua pele alva como o leite.

Ciente do meu olhar, Safira olha os próprios pés e me sinto na obrigação de falar o quanto ela é perfeita! Sim, minha ciganinha é perfeita, gosto da forma alegre e colorida com a qual se veste e eu não mudaria nada nela.

__ Você está linda preciosa,