AGNES Ana está a aprontar alguma coisa, tenho certeza, ela acabou-me deixando ir no carro com Noah e as crianças, não consigo ficar tranquila ao lado desse homem, acabo ficando corada de vergonha. Quando chegamos fomos acolhidos por seus tios, pessoas adoráveis, mas eu não estava acostumada a receber elogios, fiquei ainda mais acanhada e vermelha. Então fui pegar as malas com ele, e foi quando ele chegou próximo do meu ouvido e disse: - Não precisa ficar envergonhada, você realmente é linda, apenas aceite os elogios, porque irei-lhe avisando vai escutar muito dessa família sem filtro, eles são sinceros. O meu corpo reagiu no mesmo instante, com um arrepio bom por todo o corpo, peraí, ele disse que sou linda, sim, ele disse que sou realmente linda, esse homem não tem ideia do que essas palavras significam para mim. Realmente é uma família, muito, mas muito diferente da minha. O pai dele, fiquei sabendo ser um militar aposentado, mas tem um jeito doce, que me fez chorar quando di
AGNES Ainda bem que ele estava de costas, para não ver os meus olhos cheios de lágrimas. Ele olha aquelas águas, como se visse o amor dele ali. — Obrigado Agnes! Esse lugar sempre foi importante para mim, brincava com os meus irmãos primos aqui, está vendo aquela pedra. Ele apontou para uma pedra no alto da cachoeira. -Fabricy para provar que era mais corajosa que todos subiu lá, escorregou, caiu e quebrou a perna, precisamos levá-la no colo até em casa, o pior foi escutar o escando da mãe dela. — Lisandra deve ter ficado nervosa. — Lisandra, não é a mãe de Fabricy, mas, na verdade, faz mais por minha prima do que a própria mãe. Ele virou e olhou para mim, tentei disfarçar. — Não precisamos de laços de sangue para formar uma família. Veja Lisandra, mãe do meu cunhado Liam já era muito apegada a Fabricy minha prima, antes de se casar com o meu tio. O meu cunhado e o marido da minha prima, Kennedy, são dois irmãos com certeza. — Realmente a sua família tem um elo muito forte.
NOAH Voltar onde passei momentos tão felizes foi ótimo. Amanhã irei retornar lá com Agnes e as crianças, vou aproveitar e criar, novas lembranças, daquele lugar. Na volta fiquei incomodado com as brincadeiras de Oliver, não quero saber de ninguém fazendo piadinhas que possam denegrir a imagem de Agnes, ela é uma boa moça. Percebi o quanto ficou tímida quando precisou se abraça a mim, e a nossa, que mãozinhas gostosas, devem ser ótimas para.... O que é isso Noah, falando do Oliver, mas com pensamentos impuros com ela. Vou fazer o que tenho feito de melhor trabalhar. Vou para o escritório da casa, e adianto alguns serviços, nem fui almoçar. Claro que as minhas mães vieram me trazer um prato de comida, um suco, e um docinho, podem dizer sou mimado. Depois que comi, deitei um pouco no sofá do escritório e acabei dormindo. Acordei já era tarde, escutei barulho do lado da piscina, estiquei-me e fui para lá, queria jogar-me na piscina de roupa e tudo. Quando passei pela cozinha, no
AGNES Não sei se fico triste ou feliz, com Noah preocupado com o que falam de mim, de um lado acho fofo, mas por outro imagino que isso e coisa que um pai faria uma filha, não um homem a uma mulher. Depois da conversa com as meninas, fui para perto da piscina, não coloquei biquíni, nunca usei um na verdade. Serena sentou-se perto de mim, e questionou-me: — Porque você nunca usou um biquíni, tem um corpo lindo. — As minhas tias, dizem que raça má como eu, não posso usar esse tipo de roupa, que logo está enrolado com homem casado, gravida, sem um pai para crianças, deixando responsabilidade para os outro. — Que maldade, elas, são do tipos que usam roupas tradicionais, e seguem uma seita. — Na verdade, acho que elas, nunca estiveram numa igreja. Sobre as roupas, elas usam, e as filhas também, roupas muito provocantes, algumas até vulgares, porém que não pode usar sou eu, a filha de ninguém. — E, por que você não pode? Filha de ninguém? — E o apelido carinhoso que me colocaram, p
NOAH Estou com medo, de me aproximar de Agnes, não sei se conseguirei amar novamente. Também com medo de amar, e ele não corresponder, pois preciso lembrar sempre, sou um homem com mais de trinta anos, com dois filhos, pais de mais para cuidar, e amo a minha vida assim. Porém, porque não aproveitar a noite dançando com uma bela menina/mulher. Quando todos já haviam ido dormir, as trÊs da manhã, me vi sentado na varanda olhando céu, percebi que alguém se aproximava, já sabia quem era. Desde sempre sabemos quando o outro está chegando. — Olhando as estrelas, caçula? — Olhando a noite, a festa foi boa. — Sim a festa foi boa, fiquei feliz em ver você dançando novamente, brincando, mas leve. — Eu que vi pouco você na festa, onde estava? — Você viu que foi contratado uma equipe de organização, dava atenção para elas também. — Você não tem jeito, assim vai continuar solteiro, mas como elas? — A cozinheira, uma chefe dos seus trinta anos, que se separou há dois meses, e a sócia de
AGNES O fim de semana com essa família foi maravilhoso. Eles fizeram-me sentir parti deles, presentes, carinhos, conselhos, até bronca levei. A diversão no dia de chuva, mostrou-me que eles fazem festa de tudo. Ava me contou a história de amor de Serena e Liam, nossa, eles são realmente perfeitos, Serena uma lutadora, Liam um homem forte e superapaixonado. Agora estou eu aqui, olhando de vez enquanto para o motorista, aqui do meu lado, o perfume dele, e como ele conseguiu ficar ainda mais bonito. Em alguns momentos, fico na ilusão que toda a preocupação dele seja quem sabe algum sentimento, porém volto a realidade, sou apenas a amiguinha dos filhos dele. Disse que iria para casa de taxi, mas ele não aceitou, Murilo passou o meu endereço, e agora quase chegando, a noite em casa, o meu coração está a mil, não o seu o que irei encontrar. Quer saber, valeu a pena, não me arrependo, foi ótimo passar um tempo com essa família, mesmo que seja apenas por um único fim de semana, pois t
NOAH O fim de semana foi ótimo, fazia tempo que não me sentia tão leve, também via os meus filhos tão felizes. Na segunda-feira, pedi para o meu assistente conseguir alguma informação de Agnes. Terminou o dia e ele não apareceu com nada, talvez esteja vendo todos os detalhes. Quando cheguei em casa, já senti um clima diferente, triste. — Boa noite família linda! — BOA NOITE! — Os quatro responderam juntos. Olhei espantado para cada um. — Papai, o que aconteceu? — Logo agora que iria tentar colocar as minhas ideias numa tela, a professora sumiu. Como assim, Agnes sumiu? Os meus pensamentos estavam confusos. — Não foi bem assim! — Mamãe Ana resolveu explicar. — Informaram que essa semana, não haverá aulas, a artista tem outro compromisso inadiável. — Ela não ia sumir assim do nada, depois de um final de semana incrivel. -Murilo parecia preocupado. — Ela não sumiu, ela está se escondendo, ou alguém escondendo ela, porque nem o celular ela atende. — Aurora, era a mais pensati
NOAH Durante a semana, os meus assistentes, não encontraram muita coisa de Agnes. Solteira, órfã de mãe, pai desconhecido, foi criada pelos avôs, e agora mora com as tias. Não encontraram mais nada, nem onde podemos ver as suas obras, que é sua empresária, talvez seja uma das tias. Ela não atendia o telefone, então na sexta-feira a noite quando chego em casa, encontro a minha filha chorando. Já era tarde abracei ela, e não sabia o que havia acontecido. — Filha, diz-me, o que aconteceu? — Eu fui dormir, e tive um pesadelo, Agnes estava trancada numa torre, passando fome e sede, ela estava magra, machucada, pai precisamos ajudar ela. Numa última tentativa, tentei ligar para ela outra vez. Agora ao menos chamava, tomará que ela atenda. -Oi! Quem é? — Ela falou sussurrando, achei aquilo estranho, mas nela tudo é estranho. -Oi, Agnes, sou eu Noah, pai de Aurora e Murilo. — Aconteceu alguma coisa com as crianças? — A sua voz parecia muito preocupada, mas continuava baixa. — Aur