NOAHApós ver que Ana estava bem, fiquei até mais alegre.Convidei a amiga das crianças para ir para casa.As nossas refeições sempre são cheias de alegria,Vovó Sonia, sempre dizia, o momento em que uma família se reuni a mesa é sagrado, mas não deve ser um sagrado silencioso, e sim um sagrado, no sentido de ser o local onde trocamos ideias, e lembramos dos que mais amamos.Deixei Agnes e as crianças cuidando da cozinha, que estava uma bagunça, sou esse tipo de cozinheiro, e fui num hipermercado que fica próximo ao condominio, lá achei tudo que um jovem iria precisar para passar o fim de semana aqui em casa.Sim, fim de semana, ela não irá embora tão cedo, a minha sogra vai gostar da presença dela aqui, e os meus filhos também estão a gostar.Se eu estou gostando, bem, o que agrada a minha família, me agrada também.Claro, que a presença dela faz-me bem, é uma boa pessoa, boas pessoas, agradam a todos.Porém, naquele olhar tem muita tristeza, algo que não me agradou, ela é jovem de m
AGNES Acordei, numa cama fofinha, ai que coisa boa, estou na minha antiga cama, sim, depois da morte dos meus avôs até a minha cama elas tiraram, na verdade, o quarto todo. Rodei de um lado para outro, e um cheiro no travesseiro, fez-me despertar de vez, não estou em casa. O cheiro do homem que tem invadindo os meus pensamentos. Como assim, o cheiro dele aqui na cama. Será que fui parar na cama dele, aí que vergonha, como assim, a moça que nunca nem namorado teve, ir para a cama de um viúvo, gostoso. Comecei a lembrar de tudo, estávamos a assistir filme, comendo besteira, como o filme acabou. Era para eu dormir no quarto de Aurora, mas não é esse, lá e tudo colorido, aqui, cinza e branco. Será que ele me trouxe para o quarto dele, será que ela fez algo comigo, não sentia nada, dizem que sentimos quando tr@s@mos, não ele não é esse tipo de homem, bem que se ele pedisse, acho que não ira dizer não. Agnes, sua louca, o que está pensando. Olhei tudo em volta, vi numa mesinha, mi
NOAH Assim que desci para o café da manhã, depois de um bom banho, encontrei Ana e Júlio, a nossa como é bom ver eles bem. — Papai, mamãe, como vocês estão, é porque não me ligaram? -Queriamos fazer uma surpresa, como foi tudo ontem? — Foi bem, fiz um jantar animado, convencemos Agnes a ficar para assistir filme, claro providenciei algumas coisas para ela, mas sabe como termina os filmes aqui. — Você levando todos para cama, mas até Agnes? — Nem ela ficou acordada, a coloquei em um dos quartos de hóspede. — Gosto muito dela, tenho-me dado bem ao seu lado. — Que bom mamãe, mas desculpe a curiosidade, ela está com algum problema? — Até onde sei não. Por que da pergunta? — Enquanto dormia, ela chorou, pedia para alguém não bater, dizia para outro se afastar, sem falar que ela tem um jeito de coelho assustado. — Filho isso é grave. — Papai era totalmente contra violência. — O que me preocupa, é que as crianças e a senhora já estão muito apegados a ela, sei que se algo acontece
AGNES Ana está a aprontar alguma coisa, tenho certeza, ela acabou-me deixando ir no carro com Noah e as crianças, não consigo ficar tranquila ao lado desse homem, acabo ficando corada de vergonha. Quando chegamos fomos acolhidos por seus tios, pessoas adoráveis, mas eu não estava acostumada a receber elogios, fiquei ainda mais acanhada e vermelha. Então fui pegar as malas com ele, e foi quando ele chegou próximo do meu ouvido e disse: - Não precisa ficar envergonhada, você realmente é linda, apenas aceite os elogios, porque irei-lhe avisando vai escutar muito dessa família sem filtro, eles são sinceros. O meu corpo reagiu no mesmo instante, com um arrepio bom por todo o corpo, peraí, ele disse que sou linda, sim, ele disse que sou realmente linda, esse homem não tem ideia do que essas palavras significam para mim. Realmente é uma família, muito, mas muito diferente da minha. O pai dele, fiquei sabendo ser um militar aposentado, mas tem um jeito doce, que me fez chorar quando di
AGNES Ainda bem que ele estava de costas, para não ver os meus olhos cheios de lágrimas. Ele olha aquelas águas, como se visse o amor dele ali. — Obrigado Agnes! Esse lugar sempre foi importante para mim, brincava com os meus irmãos primos aqui, está vendo aquela pedra. Ele apontou para uma pedra no alto da cachoeira. -Fabricy para provar que era mais corajosa que todos subiu lá, escorregou, caiu e quebrou a perna, precisamos levá-la no colo até em casa, o pior foi escutar o escando da mãe dela. — Lisandra deve ter ficado nervosa. — Lisandra, não é a mãe de Fabricy, mas, na verdade, faz mais por minha prima do que a própria mãe. Ele virou e olhou para mim, tentei disfarçar. — Não precisamos de laços de sangue para formar uma família. Veja Lisandra, mãe do meu cunhado Liam já era muito apegada a Fabricy minha prima, antes de se casar com o meu tio. O meu cunhado e o marido da minha prima, Kennedy, são dois irmãos com certeza. — Realmente a sua família tem um elo muito forte.
NOAH Voltar onde passei momentos tão felizes foi ótimo. Amanhã irei retornar lá com Agnes e as crianças, vou aproveitar e criar, novas lembranças, daquele lugar. Na volta fiquei incomodado com as brincadeiras de Oliver, não quero saber de ninguém fazendo piadinhas que possam denegrir a imagem de Agnes, ela é uma boa moça. Percebi o quanto ficou tímida quando precisou se abraça a mim, e a nossa, que mãozinhas gostosas, devem ser ótimas para.... O que é isso Noah, falando do Oliver, mas com pensamentos impuros com ela. Vou fazer o que tenho feito de melhor trabalhar. Vou para o escritório da casa, e adianto alguns serviços, nem fui almoçar. Claro que as minhas mães vieram me trazer um prato de comida, um suco, e um docinho, podem dizer sou mimado. Depois que comi, deitei um pouco no sofá do escritório e acabei dormindo. Acordei já era tarde, escutei barulho do lado da piscina, estiquei-me e fui para lá, queria jogar-me na piscina de roupa e tudo. Quando passei pela cozinha, no
AGNES Não sei se fico triste ou feliz, com Noah preocupado com o que falam de mim, de um lado acho fofo, mas por outro imagino que isso e coisa que um pai faria uma filha, não um homem a uma mulher. Depois da conversa com as meninas, fui para perto da piscina, não coloquei biquíni, nunca usei um na verdade. Serena sentou-se perto de mim, e questionou-me: — Porque você nunca usou um biquíni, tem um corpo lindo. — As minhas tias, dizem que raça má como eu, não posso usar esse tipo de roupa, que logo está enrolado com homem casado, gravida, sem um pai para crianças, deixando responsabilidade para os outro. — Que maldade, elas, são do tipos que usam roupas tradicionais, e seguem uma seita. — Na verdade, acho que elas, nunca estiveram numa igreja. Sobre as roupas, elas usam, e as filhas também, roupas muito provocantes, algumas até vulgares, porém que não pode usar sou eu, a filha de ninguém. — E, por que você não pode? Filha de ninguém? — E o apelido carinhoso que me colocaram, p
NOAH Estou com medo, de me aproximar de Agnes, não sei se conseguirei amar novamente. Também com medo de amar, e ele não corresponder, pois preciso lembrar sempre, sou um homem com mais de trinta anos, com dois filhos, pais de mais para cuidar, e amo a minha vida assim. Porém, porque não aproveitar a noite dançando com uma bela menina/mulher. Quando todos já haviam ido dormir, as trÊs da manhã, me vi sentado na varanda olhando céu, percebi que alguém se aproximava, já sabia quem era. Desde sempre sabemos quando o outro está chegando. — Olhando as estrelas, caçula? — Olhando a noite, a festa foi boa. — Sim a festa foi boa, fiquei feliz em ver você dançando novamente, brincando, mas leve. — Eu que vi pouco você na festa, onde estava? — Você viu que foi contratado uma equipe de organização, dava atenção para elas também. — Você não tem jeito, assim vai continuar solteiro, mas como elas? — A cozinheira, uma chefe dos seus trinta anos, que se separou há dois meses, e a sócia de