SUBJUGADA PELO SHEIK
SUBJUGADA PELO SHEIK
Por: Sandra Lima Autora
CAPÍTULO 1

KIRA OLIVER

- Kiraaaaaaaaaaa...

- Ahhhhhhhhhh mãeee... Para de gritar pelo amor de Deus! - falo colocando o travesseiro na cabeça na tentativa de voltar a dormir...

Após uns minutos... sendo mais exata segundos...

Sinto alguém puxando meu pé e me arrastando de cama abaixo. Seguro no espelho da cama, enquanto falo: - Para mãe! Por favor, me deixa dormir mais um pouco. A festa ontem terminou tarde e por isso não consegui dormir quase nada...

- Tudo bem minha filha. Mil Desculpas! Eu apenas não queria que você perdesse o vôo da sua viagem tão sonhada e principalmente o seu trabalho meu amor... - minha mãe diz com uma voz suave se afastando

Quando ela fala isso eu pulo na mesma hora da cama...

- Misericórdia mãe, não fala uma coisa dessas nem de brincadeira. Estou indo para o banho agora... - digo dando um salto da cama

- Então se apressa filha que você tem uma hora para tomar banho, se aprontar e ir para o aeroporto...

- Misericórdia mãe, a senhora só me fala isso agora? - falo apressada olhando para o relógio da parede

Entro no banheiro correndo tomo meu banho em dez minutos, saio e tropeço batendo meu pé com tudo na cômoda...

- Aiii meu dedooo...

Meu santinho, meu santinho se essa dorzinha passar eu te dou três beijinhos...

Meu santinho, meu santinho se essa dorzinha passar eu te dou três beijinhos...

Fico falando isso até a dor passar...

Fui criada com muitas regras e uma delas é nunca dizer palavrões ou qualquer outra palavra ofensiva. Então, aderi e modifiquei essa frase e sigo arrisca, com isso não falo o que não se deve e ainda amenizo um pouco a minha dor e raiva no momento.

Meu nome é Kira Oliver, tenho 18 anos, sou filha única, estou prestes a realizar um dos meus maiores sonhos e confesso que estou mega feliz por isso.

O primeiro deles se inicia hoje, estou indo conhecer o lugar mais lindo e incrível desse planeta: os Emirados Árabes.

Mas também irei a trabalho, porém isso é o que menos importa, pois o melhor mesmo é poder realizar um dos meus sonhos totalmente sem gastar um centavo do meu bolso para isso e ainda por cima receber um belo dinheiro por todo esse "esforço" e pelos "serviços prestados" por assim dizer.

E como meus pais sempre costumam dizer: - Você nasceu com uma estrela que nunca vai parar de brilhar.

E sou grata a Deus e aos meus pais que sempre se esforçaram para me dar o melhor, não somos ricos ou algo parecido, somos humildes, mas nunca passamos por qualquer tipo de necessidade, até porque meus pais sempre trabalharam para oferecer sempre o melhor para que eu me tornasse quem sou.

Meu pai é segurança em uma grande empresa e minha mãe é enfermeira chefe num grande hospital da nossa cidade.

Eu trabalho como recepcionista em uma empresa multinacional de jóias e perfumes, dizem que o dono é um Sheik árabe mais eu nunca o vi.

Os corredores da rádio fofoca também disseram que ele é lindo e bem sério para ser mais específica.

Ou seja, se trata uma pessoa bem fria e que está de compromisso marcado no seu país.

Sinto pena dessa coitada, apesar de ser fascinada pela cultura, riqueza, todos os habitantes do países dos Emirados em si, nunca casaria, seria namorada, mulher, amante ou qualquer coisa nesse sentido. Pois pelo que ouvi, os homens desse país tratam as mulheres como suas submissas e que elas não têm nenhum direito muito menos de serem livres.

Para ser bastante sincera e honesta se há algo que eu preso muito nessa vida é pela minha liberdade e isso seria uma coisa que nunca abriria mão: nem mesmo por um grande amor. (...)

Posso ser jovem mais sou bem dona de mim, da minha vida, dos meus ideais e não aceito jamais baixar minha cabeça pra homem algum. Além da minha origem Pernambucana, a minha essência não permitiria algo assim tão absurdo assim como viver unicamente a mercê dos caprichos de um homem.

Apesar de que acho que as coisas não são bem assim como dizem, pois muitas pessoas sem nem ao menos conhecerem as crenças de outras e muito menos de outros países acabam agindo como se fossem deuses julgando de forma errada e preconceituosa a vida alheia.

Por essa razão a partir dessa viagem poderei tirar as minhas próprias conclusões à respeito da cultura e do modo de sobreviver desse povo árabe que tanto amo e admiro.

Chega de deixar me levar pelas opiniões das outras pessoas, a partir de hoje tudo seria diferente e nasceria uma nova Kira.

Quem sabe não serei mais abençoada por Ala do que já sou e consigo ficar por lá definitivamente construindo o meu império? Sonhar não custa nada né!?

Sempre sonhei em conhecer os Emirados, eu acho lindo aqueles árabes usando aquelas roupas que não sei como chama direito, as mulheres sei que é burca, tem também as jóias, os desenhos de renas que eles fazem, tapeçarias entre tantas riquezas que eles tem e aquele ar de mistérios deles me fascina de uma maneira única.

Apesar de ter esse sonho e desejo de conhecê-los nunca tive dinheiro para viajar, pois o pouco que meus pais ganham e eu ganho é para nos manter e também tem minha reserva para a faculdade de Turismo que é meu segundo sonho que darei inicio assim que voltar da minha viajem a trabalho pelos Emirados..

Como consegui isso?

Simples, minha estrela que nunca deixa de brilhar...

A empresa onde trabalho, inclusive a pouquíssimo tempo, fez um concurso em que justamente faltou umas das modelos principais e como o representante da campanha estava desesperado por alguém, passou na recepção e me viu.

Não tive sequer tempo pra falar que sim ou não, apenas de levantar colocar o que ele pediu e começar a tirar as fotos e minutos depois já fui escolhida para ser a modelo principal da nova coleção.

Eu estava em estase com isso o estranho foi o dia seguinte a maior parte dos homens da empresa tinham sumidos pra ser mais especifica todos que estavam no estúdio, não que isso tenha haver comigo mais foi um dia marcante, assim como tinha a sensação estranha de ser seguida depois desse dia, mas isso é coisa de Kira Oliver.

A verdade é que até agora não consigo acreditar que vou para lá e além disso vou ganhar uma boa grana para minha faculdade.

Entrei lá como recepcionista, havia uma semana que tinha conseguido a vaga temporária e hoje de uma hora para outra me tornei uma modelo.

Sendo que uns dias antes eu estava indo para empresa quando fui abordada por um cara que mencionou um assalto, ao mesmo tempo em que aquilo me assustava também me encantava.

O perigo, a adrenalina e uma atração fora do comum me chamavam atenção naquela situação.

Confesso que aquilo tudo chegou até me causar sensações que jamais havia sentido antes, um calor, um arrepio e uma umidade na minha calcinha sem igual.

Será que isso era normal? Eu me sentir entusiasmada pelo cara que está quase roubando o pouco que tenho? - Aff... só posso estar louca. - logo pensei

- Olha moço eu não tenho nada...

- Passa o celular logo. - o cara gritava sem parar

- Poxa! Mas, logo o celular que eu nem terminei de pagar as suaves vinte e quatro prestações?

Mais na verdade eu queria tardar seu tempo comigo, o que ele fazia me chamava atenção e me deixava enlouquecia.

Eu deveria está fazendo totalmente ao contrario pra me livrar logo dele, mais não o fiz...

E as coisas só me deixaram exasperada quando do nada apareceu uma limusine do nosso lado e em pouco tempo aquele homem foi rendido por seguranças de alguém que estava na parte de trás daquele carro luxuoso.

Não dava para ver absolutamente nada, mais eu continuava forçando os olhos para ver quem estava lá...

Até que em certo momento foi baixado metade do vidro, o segurança se aproximou mas, a pessoa não, parecia estar um pouco para trás e passou uma ordem que não escutei direito, mas em questão de minutos consegui compreender tudo.

A tal pessoa havia ordenado que cortassem as mãos do tal ladrão...

Eu estava imóvel à tudo aquilo, sem medo ou nem temor e nem piedade pelo ladrão...

Escutar seus gritos era fascinante e depois que foi cumprida a ordem de quem estava na limusine um dos seguranças se aproximou perguntando se eu aceitaria uma carona, apenas disse séria: - Não!

Mas me arrependi no momento seguinte, quando a pessoa da limusine levantou um pouco mais o vidro e então apareceu somente aqueles olhos negros penetrantes.

Meu corpo se enrijeceu no mesmo instante, era um olhar frio, fascinante, domador se ele saísse e quisesse me domar naquele momento ele teria conseguido porque na verdade já estava enfeitiçada pelo seu olhar.

Mas infelizmente durou pouco, ele ficou alguns segundos ali olhando depois subiu o vidro e a limusine partiu. Porém aqueles olhos me marcaram de tal forma que até sonhos eróticos com eles eu já tive. E olha que nunca em minha vida tive relações sexuais com ninguém, o máximo que cheguei com meu primeiro e único namorado o Gustavo "Gu" foi uma troca de carinhos um pouco mais quente que só não chegou aos finalmente porque sentia que ele não era a pessoa ideal, mais depois falo sobre isso.

Mais voltando para minha viagem... Se há uns meses atrás alguém me dissesse que eu iria pra lá eu provavelmente não acreditaria, porque na verdade aconteceu tudo de uma forma rápida e inesperada.

Quando fiquei sabendo que o lançamento seria lá passei dois dias chorando de tanta alegria. Irei ficar lá apenas um mês, mas farei cada minuto valer a pena, pois se trata de um sonho desde adolescente se tornando realidade e toda essa fascinação começou por conta da novela O Clone em que eu era apaixonada na personagem da Giovanna Antonella, a Jade.

Sei que seu personagem era muçulmana e que eles fazem parte de 85% da população dos Emirados, mais os lugares que sempre me chamou atenção eram Dubai e Cairo.

Saio dos meus pensamentos com meu pai falando: - Vamos filha, você não pode se atrasar.

- Isso mesmo paizinho. Vamos... - eu respondia descendo as escadas e indo em direção ao nosso único carro.

Entramos no carro rumo ao aeroporto e minha mãe já chorava horrores.

- Para mãe! Ver a senhora chorando assim dá a impressão que vai acontecer algo e que não volto mais para o Brasil.

- Não fala isso nem brincando Kira! - Meu pai fala tentando disfarçar a voz embargada

- Parem com isso! Acho que o chororô de ontem foi o suficiente, ou não?

Meus amigos e um crush que ele não sabe, mas é meu crush o "Théo", fizeram uma pequena celebração para se despedir já que ficaria um mês fora, e deu maior chororó da minha amiga de infância Luana "Lua" e meus pais foram no embalo e eu junto. E sempre ouvi dizer que esse negócio de muito choro antes de uma viagem ou coisa do tipo não trazia boas vibrações. Não que eu fosse supersticiosa ou algo do tipo, mas vai que o vento sopra e Ala diz amém e acontece mesmo. É melhor prevenir do que remediar.

Saio dos meus pensamentos de novo com meu pai falando.

- Você tem razão filha, temos que estar muito felizes por você conseguir realizar seu sonho.

- Obrigado paizinho, saibam que eu amo muito vocês, não sei como será lá. Se vou conseguir falar sempre com vocês por vídeos chamada, mais quando demorar não se preocupem pois, estarei bem.

- Está bem filha, curta sua viagem e seu sonho.. - meu pai dizia enquanto minha mãe só chorava

Chegamos no aeroporto e fiz rapidamente o check-in. Na hora de me despedir dos meus pais foi aquele chororô já esperado dos três e agora estou aqui dentro, já no avião prestes a ir e rumo à tudo que eu sempre quis.

- Emirados, ai vou eu! Se preparem! Que Kira Oliver está chegando para virar tudo isso pelo avesso! Ou quem sabe a minha vida que fique de pernas pro ar! - penso fechando os olhos e seguindo a minha tão sonhada viagem!

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