— Amor… — paro de ouvir quando sinto o cheiro de um perfume familiar. Meu coração dispara e puxo minhas mãos, que estavam sendo acarinhadas pelas do Romolo.
— Boa noite! — olho para o lado, como se fosse em câmera lenta, e ali está ele, parado, sorrindo para nós, mas seus olhos não saem dos meus.
— Boa noite, Fiore — acordo do meu transe com a voz de Romolo. Olho para ele, que está com a cara fechada. Ele mudou completamente, e todos aqueles sorrisos se foram. Seus olhos, que antes estavam ternos, agora refletem raiva.
— Tudo bem, Lunna? — Ele me olha preocupado.
— Hum, sim. Me desculpe pela minha indelicadeza, boa noite e…
Estou em um barzinho com a minha amiga Kéfera, ouvindo música e bebendo. De repente, sinto vontade de ir ao banheiro e me levanto.— Amor, vou ao banheiro e já volto.— Ok — ela diz com a voz alta para que eu possa entender.No caminho, esbarro em um homem alto, loiro e musculoso, que me impede de continuar. Quando olho para cima, vejo os olhos azuis brilhantes de… Elliot Jhonson. Fico sem fôlego e minhas pernas ficam bambas por um momento, sentindo seu olhar penetrante.— Elliot Jhonson, muito prazer, senhorita — ele se apresenta, com um sorriso irresistível no rosto, pegando a minha mão e plantando um beijo delicadamente demorado ali, mas seus olhos não saem dos meus.
Depois da minha discussão com o Romolo, as coisas desandaram de vez. Ele está muito estranho e distante. Estou me esforçando para dar a ele o que deseja, mas está difícil. Minha terapeuta me pediu para ter paciência e, um dia, trazer o Romolo para participar de uma das minhas sessões.A Dr.ᵃ Simon me liberou para começar a fazer terapia em grupo. Já faz algumas semanas que comecei a fazer aulas de confeitaria, e estou amando. Na verdade, acho que o desejo de construir sonhos está no sangue! Mama e Papa (mamãe e papai) tinham uma pequena confeitaria. Eu adorava estar no meio daqueles bolos e doces deliciosos.Mais tarde, fui trabalhar na confeitaria da senhora Salines, e era como se estivesse no meu lugar favorito no mundo. Ali, eu me sentia em casa. Quando a Dr.ᵃ Simon sugeriu que busc&
Abro a porta do meu apartamento, arrastando minha mala para dentro. A viagem para Chicago deveria durar apenas uma semana, mas acabou se estendendo por três. Foi exaustivo, mas o que realmente pesa agora é a saudade. Não faço ideia de como estão minha irmã e o bebê dela.Lembro-me de como foi emocionante o dia em que ela descobriu a gravidez. Kim invadiu a empresa correndo, e, por um momento, achei que algo terrível havia acontecido. Ela assustou a mim e ao nosso pai, que estávamos em uma reunião com o pessoal do financeiro.Flashback on.— Kim, minha filha! Conte o que está acontecendo! — Papai disse assim que ela desabou no sofá, sem fôlego.Preocupado, fui até a
Abro a porta do terraço e sigo em passos apressados pelo espaço vazio e silencioso. O vento frio corta minha pele, mas ignoro o desconforto. Caminho até a parte de trás e finalmente a vejo. Kim está encostada contra a parede, quase desabando. Ao seu redor, várias garrafas de bebida que foram jogadas no chão.Meu coração aperta ao me aproximar. Sua pele está gelada ao toque. Ajoelho-me ao seu lado e, sem hesitar, tiro minha blusa para cobri-la.— Kim… — murmuro, mas ela não responde. Seus olhos estão fechados, e sua respiração é superficial.Com cuidado, a ergo em meus braços. Antony está parado na entrada, estático, como se não soubesse o que fazer.
Estou em Nova York para uma reunião com o CEO da empresa Lazúli, Amanadiel Khan-Al-Abadi, o pai da Kéfera. A Lazúli é uma empresa especializada em pedras e joias egípcias, e estou ansioso para discutir possíveis oportunidades de negócios com eles. Chego ao prédio da Lazúli, um edifício imponente que se ergue no coração de Manhattan, e sou recepcionado pelo assistente de Amanadiel. Ele me guia até a sala de reuniões, onde sou imediatamente impressionado pela vista deslumbrante da cidade, visível por meio das enormes janelas.O que realmente chama a minha atenção, no entanto, são os objetos egípcios espalhados pela sala. Há estátuas de deuses egípcios, esculturas finamente esculpidas e até mesmo uma réplica de uma múmia, cuidados
— O prazer é todo meu, senhor Khan-Al-Abadi. Eu também acredito que podemos formar uma parceria muito bem-sucedida, e, quando a senhorita Khan-Al-Abadi assumir a presidência, nós daremos todo o suporte necessário para que ela cresça ainda mais — respondo, apertando sua mão com firmeza.Nos despedimos e saímos do prédio. Sinto-me animado e confiante. Sei que esta reunião pode ser o começo de algo grande para a minha empresa, algo que ajudará a abrir novas portas.— Vamos almoçar, Uri? — pergunta meu amigo.— Irei almoçar no hotel, estou realmente exausto — sorrio, dando umas tapinhas em seu ombro.— As noites de New York City sã
— Quero assinar o contrato o mais rápido possível, para podermos começar a trabalhar juntos — ele diz com um olhar determinado.— Senhor Ahmad, ficarei feliz em fazer isso. Só um momento, vou pedir para o meu advogado comparecer ao restaurante — respondo, pegando o meu celular. Envio uma mensagem para o meu advogado, que veio comigo para a reunião com o pai da Kéfera.Não demora muito e, assim que o assistente do Sheik Ahmad chega com o contrato em mãos e seus advogados ao lado, começamos a discutir os detalhes finais. Apresento os termos que já havíamos discutido anteriormente, e o Sheik Ahmad, com sua característica serenidade, concorda com todos.— Senhor Fiore, estou satisfeito com o seu trabalho e c
— Mamãe, a senhora precisa vir para Boston! Não dá para ficarmos nos falando assim por telefone o tempo todo, eu preciso de você aqui comigo — falo, já segurando o choro, a voz embargada.— Oh, meu amor, eu entendo… Mas preciso resolver algumas coisas aqui, e logo estarei aí para te apoiar. Vou ficar perto de você, prometo — ela responde, com a voz suave, tentando me acalmar.— Gracias, mamá — digo, limpando as lágrimas que escorrem pelo meu rosto.••••♥•••••Após desligar o telefone, olho para a minha sala mais uma vez e percebo que a minha vida está tão desorganizada