Lunna Rivera.

— Me deixa em paz, Adam — digo, tentando voltar a andar, mas ele segura meu braço novamente.— Por que você não para de se iludir e assume logo que me ama? Que aquele beijo não foi esquecido tão facilmente assim — ele diz, tentando se aproximar mais. Me afasto e percebo que Jully ainda está grudada em mim.— Acho que foi ao contrário, Adam. Você queria só beijar a menina inocente que chegou na faculdade. Eu era carne nova no pedaço, e fui tola de ter deixado você me dar o meu primeiro beijo — digo, e só então percebo o que deixei escapar. Vejo o espanto no rosto dele. — Vem, Jully, vamos pegar nossas bebidas.Puxo Jully, meu coração quase saindo pela boca. Eu não quer

Adam Fiore.

Ela sorri de forma enigmática e abre a porta, saindo com a leveza de quem já sabe o que está fazendo. Fico parado, como um bobo, sem entender nada. O que ela quis dizer com isso? Que amo realmente a Lunna?Abro a porta rapidamente e vejo Kim chamar o elevador.— Você pirou? Acho que a pressão do casamento afetou os seus neurônios! — digo, tentando manter a postura, mas a confusão está estampada no meu rosto.Ela se vira para mim, sorrindo de forma travessa.— Não tem nada disso, eu só estou dizendo o que todos sabem há anos, e estou jogando isso na sua cara, como quem passa a constatação do noivo dela. — As portas do elevador se abrem, ela entra e se vira para

Adam Fiore.

Após o funcionário do hotel me trazer a pomada para o hematoma, me arrumo novamente. Eu precisava de um banho para acalmar, antes que a raiva do médico metido me fizesse explodir. Desço, indo em direção à área onde será o almoço.Quando chego à piscina, todos já estão à mesa. Me aproximo com uma sensação estranha, como se estivesse fora de lugar. Pela primeira vez, me sinto inseguro perto das pessoas. O que minha irmã me disse mexeu comigo de um jeito que eu não consigo explicar. Sempre fui sensato, pensava antes de agir, mas essa situação está me deixando tonto. Respiro fundo, forçando a calma, e cumprimento todos à mesa, sentando-me ao lado dela. Nem sei por que estou ali, mas meu nome foi colocado naquela cadeira.

Adam Fiore.

Todos já se foram, e ficaram apenas eu e a Lunna na mesa. Em nenhum momento ela me olha. Posso sentir o peso do silêncio entre nós, como se ela estivesse me ignorando de propósito. Quando ela se levanta para sair, uma onda de nervosismo me invade, mas me levanto também, instintivamente. Seguro seu braço suavemente, mas o toque parece pesar mais do que deveria. Seu olhar vai direto para minha mão e, antes que eu possa retirar, ela o puxa de volta com firmeza. Quando meus olhos encontram os dela, vejo apenas raiva.— Me desculpe por ontem, Lunna. Eu estava bêbado demais e falei coisas sem sentido — minha voz sai mais suave do que eu gostaria, tentando me desculpar de uma forma que não soasse como uma desculpa esfarrapada.Ela não diz nada de imediato, mas o olhar dela é frio, c

Lunna Rivera.

Já faz um tempo desde o casamento da Kim, e foi realmente lindo! Ela estava radiante, e claro que eu e as meninas fomos as madrinhas. O que me deixou nervosa, no entanto, foi que até aquele momento eu não sabia quem seria o meu par, e quando descobri, quase desisti.Adam foi escolhido para ser o padrinho dela — o meu par. Romolo não gostou nem um pouco disso, chegou a voltar para Boston, e isso me deixou muito triste. O irmão de Kim pediu desculpas pelo ocorrido, e Romolo me disse que Adam ligou para ele e os dois conversaram. Romolo contou que Adam estava bêbado e disse coisas que não eram verdadeiras.Fiquei decepcionada. O pior é que, mesmo sabendo que tudo aquilo era mentira, suas palavras ainda me assombram. Eu me arrependi por ter acreditado nelas. No casamen

Lunna Rivera.

Nosso beijo é calmo, como se fosse um pedido de desculpas, mas há uma tensão no ar, uma expectativa. Envolvo meus braços em torno do pescoço dele, e ele coloca as mãos em minha cintura. O beijo se intensifica e, quando ele leva a mão até minha nuca, me prende ali. Ele me pega no colo e, sem palavras, me leva para o quarto.Meu coração dispara. Tudo dentro de mim grita que eu não deveria fazer isso. Sinto o medo tomando conta de mim, mas, ao mesmo tempo, uma parte de mim ainda quer acreditar nele. Ele me coloca no chão com delicadeza, mas seus lábios começam a se mover, beijando meu rosto, meu pescoço, e descendo por minha pele. Suas mãos apertam minha cintura com força, quase me machucando, e eu tento protestar, mas as palavras ficam presas. Ele levanta minha blusa, e seus dedos deslizam p

Lunna Rivera - Semanas depois.

Já se passou um tempo desde a última vez que eu e o Romolo discutimos e ele finalmente me pediu desculpas, dizendo que ficou cego pelo ciúme, o que o levou a beber. Conversamos por horas, e ele me disse que está disposto a mudar. Eu, por minha vez, decidi começar terapia. Sei que será um processo doloroso no início, ainda mais tendo que abrir velhas feridas para alguém que nunca vi na vida. Não sei se a pessoa realmente se importa comigo, mas sei que preciso. Se há algo que posso fazer para salvar o que tenho com Romolo, é tentar. Eu não posso deixar que os meus medos destruam tudo.— Então, senhor Jhones, podemos concretizar o acordo? — pergunto, tentando esconder a apreensão.— Claro, Rivera, você sabe que é a minha melhor funcion&a

Lunna Rivera.