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ÂNGELA GRECO

O medo agudo e cru, arranhou meu peito quando adentrei a sala e meus olhos foram de encontro ao infeliz, medo não dele e sim de todas as sensações que percorriam o meu corpo. Durante dez anos recebendo no orfanato os ensinamentos sobre o amor, a compaixão e o perdão, não foram suficientes para tirar esse lado que desde criança habita dentro de mim.

Olhando para o maldito a minha frente que minutos atrás estava mijando nas próprias calças, as lembranças dos meus pais e tudo que eu passei vieram à minha mente, anos sem dormir direito, tudo por culpa desse homem que agora está a minha frente.

Saio dos meus devaneios quando Pietro se aproxima, e logo meus olhos vão de encontro ao objeto em sua mão. Rômulo permanece preso em uma cadeira com todos os membros amarrados e uma coleira de couro com alguns objetos perfurantes na sua parte interna, tento assim contato com sua pele.

— Você não sairá daqui vivo, mas vai depender de você, quanto tempo ficaremos nessa sala — Pietro
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