— Bom dia meu amor, como foi a sua noite? — Pedro pergunta, me puxando para junto dele pela manhã.— Melhor impossível, amei que tenha vindo ontem mesmo para casa. — respondo me aconchegando nos seus braços e encaixando o meu corpo na conchinha dele.Trocamos algumas carícias e depois nos levantamos para tomar banho e descer, as horas já estão avançadas.— Amor, sobre o Tavares... O que você quer fazer? — Pedro pergunta-me enquanto descemos as escadas— Para ser sincera, não sei! O que acha? Se eu disser que não tenho vontade de ver aqueles dois se ferrarem muito na vida eu estaria mentindo, mas também não quero fazer nada que vá te deixar contrariado. — Respondo com franqueza.Nos sentamos à mesa em silêncio, Pedro está com a expressão longínqua e eu pensando em mil coisas. Esse é um assunto delicado que me arranca diversas emoções, eu quero vingança, as também quero paz.— Pensa direitinho e depois você me fala, se você quiser eu vou ajudar vocês, mesmo achando que não convém. — Ped
— Agora que está mais calma, me conta, o Lucas fez alguma coisa? — Pedro pergunta com a voz tranquila, mas olhar impaciente.— Não, não foi isso... Desculpa atrapalhar sua reunião eu não deveria ter vindo aqui. — Falo me dando conta do quanto estou sendo inconveniente.Pedro tranquiliza-me novamente e com todo o seu cuidado explica-me que eu jamais incomodo e que todas. Vezes que me sentir insegura ele estará de braços abertos para me socorrer.Aos poucos vou tomando fôlego e conseguindo falar, conto sobre o meu encontro com a Jaddy, mas não consigo descrever a forma que as palavras dela fizeram-me mal.O problema é que verbalizando toda essa situação eu não consigo achar o assunto tão pesado quanto senti no almoço, será que exagerei? — Vou levar-te para conhecer a Paula, ela é a psicóloga do escritório, você passou por muita coisa e precisa de um acompanhamento especializado, a cura é um processo único e deve ocorrer da forma correta. — Pedro fala segurando a minha mão.Levanto-me,
Desde a crise que me levou ao escritório do Pedro quatro dias atrás, as dores musculares, palpitações, enjoo, tremores e episódios de pânico ganharam palco nos meus dias.As doses de medicação foram aumentadas e eu tenho me esforçado para fugir desse cenário, não quero render-me a essas ameaças imaginárias, mas anda sendo bem complicado.Por sorte, tenho um noivo incrível, ele cuida muito de mim e não esconde sua preocupação com o meu estado físico e emocional.— Enquanto eu tiver vida, farei tudo para que você se cure de todo mal que lhe aflige, não exite em contar comigo.— Pedro promete, me abraçando e beijando os meus cabelos enquanto choro em posição fetal.A minha ansiedade dói na alma, no meu corpo sofre, é difícil até mesmo respirar. Ainda que eu tente, não consigo controlar os meus sentimentos e tudo parece ser caos…Estou sempre esperando que algo ruim aconteça, porque de alguma forma sinto que algo ruim vai acontecer, principalmente quando estou na rua.As vezes estou bem e
Abro os olhos com dificuldade, vejo luzes vermelhas e azuis brilhando na escuridão, ouço vozes confusas, tento me virar, contudo estou imobilizada. — Onde estão meus filhos? Cadê o Pedro? — Pergunto ao ver um par de olhos me observando. — Fica tranquila, estão todos bem! Vocês desceram a ribanceira, mas ninguém se feriu gravemente. — Uma voz feminina fala com tranquilidade. Senhor, eu nunca terei uma vida tranquila? Quando penso que acabou o show de pancadaria vem a vida e me dá um acidente de presente? Devíamos ter acatado os conselhos da Camila, nada é mais importante que a segurança. Somos levados para o hospital e felizmente nada além de escoriações no corpo, minha mãe nos dá um sermão digno e justo ao mesmo tempo que acolhe as crianças. — Nada de viagens ou loucuras, estamos entendido? — Ela pergunta ao Pedro que assenti. — Mamãe, deixa para brigar quando já estivermos em casa. — Peço em um meio sorriso. Terminamos de amanhecer no hospital e mesmo que o médico fosse contra,
— Disponha! — Respondo no mesmo tom e ela baixa um pouco da guarda.— Thamires, quero adiantar que não tenho nada contra você, muito pelo contrário eu torço muito para que você seja a mulher certa para o Pedro e é por isso que estou aqui agora. — Ela fala me encarando.— Se não for pedir muito, seja direta! — respondo sem mudar a minha postura.— Você realmente ama o Pedro ou quer apenas uma vida estabilizada? Se for a segunda opção, eu faço-lhe uma transferência que vai proporcionar uma vida boa por muito tempo, basta apenas sumir da vida dele. — Mal posso acreditar no que estou ouvindo.— Eu entendo a sua preocupação, mas eu estou com o Pedro por amá-lo verdadeiramente, não tem dinheiro no mundo que me faça desistir dele e se o que tinha para falar comigo, é apenas isso, faça-me a gentileza de deixar-me só. — Peço já impaciente.Ela muda a postura e um pouco mais cordial me deseja felicidades e que está torcendo por nós, embora eu entenda o lado dela eu preferia não ter tido esse t
Essa noite dormiremos num hotel para a noite de núpcias e pela manhã pegamos o voo, acho ótimo, pois estou exausta e também porque quero desfrutar desse momento com o meu marido.O motorista estaciona l carro e somos recepcionados por uma equipe que já estava aguardando nossa chegada.Pedro me pega no colo e mesmo que eu resista ele insiste sob o argumento de que dá azar a noiva entrar caminhando.Ao abrir a porta, corro os meus olhos pelo ambiente e me emociono com a vista. A cama está enfeitada com pétalas de rosas, champanhe dentro de um balde com gelo e duas taças ao lado, sobre uma mesa totalmente decorada com frutas e fotos dos nossos passeios, desenhando o início da nossa paixão. Tudo é maravilhoso, a trilha sonora escolhida, a brisa leve que entra pela janela, até o céu veio celebrar conosco, da varanda apreciamos a noite estrelada e o luar. Um espetáculo preparado por Deus para abençoar o nosso amor.Pedro me puxa para o seu abraço e coloca uma taça em minha mão, brindamos j
Primeiro pegamos um vôo para São Paulo, sem muito tempo de espera embarcamos para Atenas, são infindáveis 19 horas dentro do avião, uma agonia sem fim, já não via a hora de pôr os meus pés em terra firme.— Então você é uma medrosa? — Pedro provoca.— Nada se compara ao solo firme sob o meu corpo! — respondo fazer do bico.Seguimos para o hotel, afinal um banho e algumas horas de sono é sem dúvidas o início do itinerário. Ansiosa que sou, já estou sofrendo pela diferença de horário, uma escala de 6 horas no fuso, mas tento não me ater em pequenas coisas para aproveitar melhor a experiência.A entrada do hotel é espetacular, ele é pequeno e muito aconchegante, a primeira vista é da piscina. Uma equipe vem de encontro a nós e nos recebe muito bem.Tomamos café da manhã e subimos para o quarto, organizado em dois ambientes e uma hidromassagem na sacada, Pedro proporcione-me momentos únicos.— Repousa para podermos passear um pouco pela cidade. — Ele aconselha-me e dá-me um beijo nos lábi
A chegada ao Brasil tem um gosto diferente de quando sai, eu e o Pedro já estamos em um nível mais elevado de intimidade e cumplicidade, de mãos dadas saímos do aeroporto e antes de qualquer lugar eu busco meus filhos na casa da minha mãe, a saudade é maior que o cansaço.— Mamãe, tio Pedro? — Ele vem gritando de bracinhos abertos em nossa direção.— Meus amores, mamãe estava morrendo de saudade! — Respondo abraçando e beijado-os.Pedro cumprimenta mamãe e volta e nos abraça com carinho.— Ficam para o almoço?— Mamãe convida, mas eu preciso ir para casa.— Outro dia marcamos, preciso descansar um pouco e o Pedro tem uma audiência amanhã, precisa se preparar. — Respondo abraçando-a me despedindo.O trajeto até em casa é de pura festa, as crianças estão encantadas com os presentes que trouxemos, abrindo-os no carro mesmo.— Obrigada tio Pedro! — Eles agradecem com muita alegria na voz.Em casa, subimos com as crianças para o quarto e colocamos todos os presentes no lugar, descendo em se