Florence
Depois de ordenar algumas coisas, pego todas as minhas coisas e desço pelo elevador. A equipe de segurança entra comigo e ninguém nem respira muito alto. Eles sabem como meu humor está.
Na recepção do hotel, eu deixo tudo certo pro restante do pessoal, faço meu checkout e escrevo um bilhete a eles.
— A senhora deseja mais alguma coisa, Srta. Florence? – O concierge pergunta depois de terminar meu checkout.
— Uma garrafa de Bourbon 18 anos. A minha ficou no quarto. – Reviro os olhos e caminho até o bar afim de esperar minha garrafa por lá.
Depois de alguns minutos, um garçom trás minha garrafa e um copo.
— Não vou precisar do copo. – Falo entregando algumas notas a ele e dando as costas.
— Majestade? – Um dos seguranças me chama. – O Tenente Lane está
FlorenceTrês meses...Acordei com o sol no rosto. Eu apaguei na noite passada, apaguei mesmo. Pensei que seria difícil dormir, mas não.Aproveitei o dia lindo que fazia para ir ao mercado fazer compras pra casa e para limpar aqui. Estava podre. Está quase anoitecendo e eu tenho uma missão com Aníbal hoje. Não vou dizer que não estou ansiosa, porque estaria mentindo, eu tô uma pilha de ansiedade.Tomo banho em tempo recorde e coloco uma roupa confortável, calça jogger preta, uma blusa branca e um coturno. Coldre ok, rabo de cabalo ok e ansiedade ok também. Tô pronta.Vou pro carro e aviso os seguranças para que me sigam somente até a chácara de Aníbal.Depois de alguns minutos eu chego na entrada da chácara e o grande portão se abre assim que meu carro é reconhecido.
FlorenceUma mistura de dor e prazer atinge o pé da minha barriga quando realizo a cena em minha cabeça. Dor por serem pai e filho e prazer por ver justiça sendo feita e traidor ganhando o que merece: uma passagem só de ida para o inferno.Dou mais uma tragada no cigarro e encaro o Barão que está assustado me olhando a todo instante.— E você? – Pergunto. – Como foi arquitetado esse salto? Tudo ideia dele? – Pergunto apontando a cabeça para Erick.— Foi ideia minha. Esse moleque não tem cabeça pra um plano como esse. – Fala debochado tentando mostrar uma superioridade que não existe.— Começa a falar logo então. Ou vou ter que mandar fazer pipoca pra assistir tua morte? – Falo encarando o gordo.— Vai ter que me matar mesmo. Porque de mim você não
Florence“Homens fortemente armados trocam tiros na cidade de Pedro Juan na madrugada de ontem [...] Testemunhas relatam que existe uma guerra do tráfico acontecendo por todo o país e que ataques entre gangues estão sendo mais comuns ultimamente. [...] A informação que a polícia nos dá é que não passa de uma guerra por território.”Desligo a tv e Christopher, meu segurança mais próximo depois de Mike, solta um suspiro pesado.— Está cansado? – Pergunto indo até a janela do escritório que montei no terreno que antes era do Barão.— Estão sendo meses estressantes. – Ele aperta os olhos. – Alguma notícia de Miami?— Sim, Mike avisou que toda mercadoria chegou bem. – Me viro pra ele. – Já estamos acabando. Só mais um
FlorenceAcordo com o corpo leve e nenhuma ressaca. Coloco a mão do outro lado da cama na esperança de sentir Jackson, mas isso não acontece. Sento na cama olhando ao redor e vejo as garrafas de vinho na mesa da varanda, juntamente com a taça e a petisqueira. Estou apenas de calcinha, meu robe se encontra no chão ao lado da cama e meu vibrador junto com ele. A saudade de Jackson está tão grande que eu poderia jurar que transamos na noite passada, mas foi apenas um delírio meu com meu vibrador.Levantei-me e fui tomar um banho, hoje o dia seria agitado como todos os outros eram.***Coloquei a última peça de roupa na mala e fechei o zíper. Uma batida na porta.— Entra. – Falo em bom som.— Senhora. O avião já partiu. Tudo correu bem e ninguém saiu ferido. – Christopher coloca a cabe&
Jackson“Jackson, deixe-me ver Florence.” Isac me manda um áudio.“Como assim? Ela já chegou? Não está comigo!” Mando de volta.“Ela não está em casa, mas as malas estão e pelo visto ela tomou banho antes de sair. Tem certeza que ela não te avisou nada?” Isac fala com a voz preocupada.“Eu saberia se ela estivesse na minha cama. Tentou ligar no celular dela?” Pergunto.“Lógico que já né. Ela não atende. Por isso pensei que estivesse com você. Vou tentar falar com Mike. Tem como você vir pra cá?”“Claro que sim. Daqui a pouco estou aí.”Corro para colocar uma roupa e saio em seguida, acelerando o carro mais do que deveria. Ao chegar na entrada da casa de Florence, um dos seguranças pede meu documento e eu apres
FlorenceQue vontade de mijar da porra. Me desperto e olho para os lados. Ainda estou dentro da banheira, a garrafa de whiskey está pela metade, a música ainda toca na caixinha.Me levantando em seguida e colocando a mesma para esvaziar. Entro no box e tomo um banho revigorante e gelado.Saio enrolada na toalha vou até o closet. Estou procurando uma roupa fresca e tática quando Mike entra sem bater.— Enfiou a educação no cú? – Pergunto me enfiando no primeiro robe que vejo.— Não, mas vim ver como você está e dizer que tudo já foi distribuído e o dinheiro já está no banker. – Ele encara meus seios que estão entumecidos.— Mike, me olhe nos olhos quando falar comigo. – Esbravejo.— Perdão, e que... Passamos bons momentos juntos. – Ele abai
FlorenceAngel e eu conversávamos amenidades quando Mike chegou colocando uma bandeja de churrasco na mesa de madeira que separava as duas espreguiçadeiras e se sentou na beirada junto com Angel.— Já se acertaram? – Perguntou ele lançando um olhar rápido para Jackson que conversava com Isac dentro da piscina.— Quase. Preciso que descubra uma coisa pra mim. Algo o incomoda e ele ficou de me contar depois, mas quero que descubra antes. Peça um relatório a nosso pessoal, principalmente aos que estão na cola de Denise. Veja se é algo relacionado a ela. – Falo baixo e Mike assente.— Ela foi para a França. Esteve em um bairro bem ruim por lá e logo depois saiu da residência com uma criança e algumas malas. Deixou a criança na casa da mãe de Jackson e depois voltou para o bairro anterior.
JacksonHoje fazem uma semana que contei a Florence sobre a criança que Denise deixou na porta de minha mãe e justamente hoje, essa criança chega aqui com minha mãe. Florence fez tudo de bom grado e junto com seu pessoal e sua influência, conseguiu embarcar a criança sem burocracia alguma e neste momento um carro traz minha mãe e minha suposta filha para a Russel.— Fica Calmo, inferno. – Florence vocifera parando de digitar seja lá o que for que ela está digitando.— Não consigo! – Me levanto da poltrona. – E se essa criança for minha? O que vai acontecer daqui pra frente? – Ando de um lado para o outro.— Meu amor. – Florence vem até mim e pega minhas duas mãos. – Se essa criança for sua, você vai ser o pai dela. Simples. Iremos falar com Denise e resolver o q