— Enquanto nós esperamos pelo momento de agir, eu gostaria de sobrevoar a cidade e ver a extensão dos estragos que os demônios causaram — Uriel disse enquanto almoçavam —, isso se não tiver nenhum problema com isso, é claro.
— Problema algum — o Grão-mestre respondeu —, vou mandar contactar o piloto e preparar o helicóptero para essa tarde.
— O senhor me acompanharia? — ele perguntou, mesmo temendo que a resposta fosse sim — Seria bom passarmos mais algum tempo juntos.
— Infelizmente não posso! — Siege respondeu declinando o convite, para seu alívio — Preciso cuidar de assuntos urgentes.
Após o almoço,
A esperança parecia estar se esgotando assim como o seu sangue. Seus pulsos estavam destruídos, e ele tinha sido pregado ao muro como se tivesse sido crucificado.Das suas feridas, o sangue escorria como água de uma torneira mal fechada, e para completar, o demônio voltava na sua direção com mais uma barra incandescente, igual às que estavam em seus pulsos, e ele não queria nem imaginar onde ela seria pregada.As chamas do seu espírito lutavam para conter as feridas, e pareciam ser o motivo de ele ainda estar vivo, mas caso o demônio acertasse algum ponto vital, provavelmente seu espírito também se extinguiria, e como o próprio Abigor disse, essa era sua intenção.Raguel tinh
Uriel abriu os olhos e viu aquela casa, a típica casa de uma próspera família russa. A neve cobria tudo com exceção do asfalto, graças ao competente trabalho de remoção de neve do município. Ele costumava ficar na janela junto com sua irmãzinha mais nova e seu irmão que tinha quase a sua idade, olhando os caminhões removedores de neve trabalhando, inclusive faziam bonecos de neve à noite, para vê-los sendo destruídos pelos caminhões durante o dia.Mas ele não deveria estar ali, e não entendia como era possível, pois estava no carro com Balthazard á caminho de Miraculous Clearing depois de lutar contra Lilith, e agora se viu ali na frente de sua antiga casa que tinha se acabado em cinzas junto com sua família há seis anos atrás e vê-la inteira e linda como costumava ser, o encheu de sentimentos bons e ruins que ele havia reprimido faz temp
Enquanto olhava o guarda-roupas do sobrinho do professor, Raphael pensou em Mikael, e a lembrança do beijo entre eles veio com força. Junto da saudade que sentiu, milhares de incertezas brotaram em sua mente.— Não sei porquê está preocupado com isso Rapha — ele disse para si mesmo, enquanto se olhava no espelho analisando o figurino que escolheu —, e daí se tiver sido só um beijo, ou se o pai dele não te aceitar? Você já superou tanta coisa sendo apenas Raphael, o órfão rejeitado, por que não superaria mais isso sendo Raphael, o arcanjo que é indestrutível como o Deadpool?— Tenho certeza de que o senhor Ben vai adorar você — Raguel disse entrando no quarto —, e me desculpe se eu ouvi enquanto pensava alto, mas pode ficar tranquilo, o Mikael te ama e o senhor
Mikael correu com Nick em seus braços pelos corredores do hospital, rumo aos leitos. Enquanto via a jovem desfalecida em seus braços, flashes de seu pai carregando a sua mãe, quase morta, pelos corredores desse mesmo hospital vieram à sua mente, na ocasião ele só ficou observando a cena, e foi a última vez que viu sua mãe com vida.— Aguente firme Nick — ele repetia desesperadamente, mas ela parecia não ouvir, e seus olhos já estavam distantes como se a vida os estivesse deixando —, não vá Nick, o Rapha já está chegando, ele vai curar você!Não adiantava ele falar, era como se ela estivesse distante, e ao colocá-la na cama, ainda a viu olhar na sua direção com o olhar vazio e tentar falar algo, mas nada saiu.
A última derrota havia sido dura para ele, e seus homens estavam com a confiança abalada. Que poderes eram aqueles que aqueles jovens usaram?Primeiro o Mikael, lutando e vencendo todos os seus soldados, e depois aquela jovem, que de alguma forma controlou a mente deles a ponto de se voltarem contra ele daquela forma.No exército ele havia aprendido que o treinamento militar e as armas de fogo eram todo poder que ele precisava para vencer batalhas, mas aqueles jovens com as mãos nuas jogaram tudo isso por terra em poucos instantes. Ainda sentia vontade de vingar sua família, mesmo sabendo que Mikael tinha razão ao dizer que estava apenas defendendo o seu pai, mas sabia que não tinh
Gabriel partiu decidido para enfrentar aquele demônio, mesmo sabendo que pela presença que sentiu, possivelmente ele era quase tão poderoso quanto Abigor, e saber que Raphael tinha ido para o hospital e, a uma hora dessa, estaria trabalhando na cura de Nick, o deixou um pouco mais tranquilo.Ele não poderia ignorar as pessoas que viu se aproximando de onde o demônio estava, porquê se queriam reconstruir o mundo, cada vida contava.Pousando a alguns quarteirões de onde o demônio estava, ele decidiu seguir andando e recolhendo suas asas, ocultou também o seu espírito, afinal do mesmo jeito que ele sentiu a presença do demônio, talvez o mesmo também possa sentir a sua, e não podia correr o risco de perder o fator surpresa.A pr
Nick abriu os olhos e se viu num corredor totalmente branco. Olhando para si mesma, viu que estava usando uma calça e uma camisa, ambos de uma cor branca impecável. Aquele corredor parecia não ter fim e olhando para frente ou para trás, não conseguia ver o seu final.Após caminhar por um tempo sem ir a lugar algum, ela começou a correr e o desespero começou a dominá-la. Após um bom tempo correndo, ela se sentiu exausta e parou, se jogando no chão, completamente vencida.— Confesso que me diverti um pouco com seu desespero, Nick —, a voz de Ukobach ecoou no ambiente após uma gargalhada triunfante —, mas te ver derrotada não tem graça.— Aparece aí então, para eu te mostrar como esto
Enquanto o seu espírito envolvia a jovem e cuidava dos ferimentos que surgiam na medida em que o espírito dela era sugado pela adaga, Raphael pensava no que Mick havia dito antes de partir para ajudar Gabriel. O que será que Mikael precisava lhe falar?Voltando sua atenção para Nick, ele percebeu que ela já estava bem melhor. Minutos antes ele havia visto ela bem magra, principalmente no rosto, além de olheiras bem escuras ao redor dos olhos, e agora ele podia ver que seu rosto estava belo e corado, e que a sua respiração também havia voltado ao normal.Raphael estranhou a impressão que tinha de que já tinha visto o rosto dela em algum lugar, e tentou buscar na memória de onde a conhecia. O fato de trabalhar como enfermeiro em um hospital grande como aquele lhe dava muita