(Patricia)
Enquanto observava Miguel se afastar com Vitória, não pude evitar a pontada de ciúmes que me atingiu.
Era irracional, eu sabia, considerando a situação em que estávamos, mas era inegável. No entanto, havia coisas mais importantes para me preocupar naquele momento.
Elen estava devastada, e Kalebe estava lutando pela vida. Meu coração estava pesado com essas preocupações, e o ciúmes parecia uma preocupação menor em comparação.
Passei algum tempo com Elen, tentando oferecer meu apoio da melhor forma possível. Ela estava em um estado de choque, e foi um al&iacu
(Patricia)Assim que a nossa aula acabou, Perla e eu fomos para o hospital. Elen tinha passado o dia praticamente todo lá e queríamos notícias de Kalebe. Quando chegamos ao hospital, encontramos ela já na entrada, com o rosto marcado pelo cansaço e pela preocupação. Perla e eu a abraçamos imediatamente, tentando passar um pouco de conforto.— Trouxe um lanche para você — disse, entregando a ela um pacote que havia comprado no caminho. — Você precisa comer algo.Elen sorriu, agradecida, enquanto pegava o lanche. Era visível o alívio em seu rosto, embora seus olhos ainda carregassem uma sombra de incerteza.— Como Kalebe está? — perguntei, tentando manter a voz calma.— Ele está melhor — respondeu Elen, suspirando aliviada. — Acabou de ir para o quarto. Meus pais estão com ele agora, e logo vou poder visitá-lo.Perla e eu trocamos olhares felizes. Era uma boa notícia, um alívio em meio a todo o caos. Decidimos nos sentar na área de alimentação do jardim do hospital, onde poderíamos
(Patricia)Os dias foram passando, e a vida seguiu seu curso, mas a tensão sobre o caso de Kalebe ainda pairava no ar. Finalmente, uma manhã, enquanto eu tomava café e me preparava para sair, recebi uma notificação no celular. Era uma notícia que me trouxe um alívio imenso: o policial que havia disparado contra Kalebe tinha sido preso. Além disso, ele e seu parceiro iriam responder por racismo e outros crimes. Senti uma onda de felicidade e alívio tomar conta de mim. A justiça, finalmente, parecia estar sendo feita.Logo depois, meu celular vibrou novamente. Era uma mensagem de Elen. Abri o aplicativo de mensagens e vi uma foto dela com Kalebe no hospital. Ele estava com um sorriso tímido, mas parecia estar se recuperando bem. Um sorriso iluminou meu rosto ao ver a imagem. A recuperação dele estava indo melhor do que esperávamos.Na faculdade, mais tarde naquele dia, encontrei Perla no corredor. Ela estava discutindo algo com alguns colegas, mas assim que me viu, veio ao meu enco
(Patricia)Acordei com o som do despertador, lembrando-me imediatamente do que aconteceria hoje: meu dia com Miguel. Ele havia me enviado uma mensagem mais cedo, avisando que sairia do plantão às 06h e que me pegaria às 09h. Olhei para o relógio, marcando 08h30, e um frio na barriga me atingiu. Pulei da cama, apressada, e fui direto para o banheiro.Depois de um banho rápido, deixei meu cabelo secar naturalmente enquanto arrumava a bolsa. Coloquei dentro dela um biquíni, um vestido para sair e um conjunto de roupas mais casuais. Miguel não havia dado muitas pistas sobre o que faríamos, então decidi estar preparada para qualquer coisa. Era uma mistura de empolgação e nervosismo, já que ainda não sabia o que esperar.
(Patricia)Enquanto a viagem de carro seguia, o clima ainda estava um pouco tenso. Miguel parecia sentir isso, então ele olhou para mim e perguntou com um sorriso.— E aí, como estão as coisas na faculdade?Sorri de volta, tentando aliviar a atmosfera. — Está tudo indo bem. Estou gostando das disciplinas e do ritmo das aulas.Ele acenou com a cabeça, parecendo satisfeito. — Tenho certeza de que você vai ser uma ótima engenheira.Senti meu coração aquecer com o elogio e respondi: — Espero que sim. Estou me esforçando para isso.<
(Patricia)Eu estava perdida na conversa e na atmosfera tranquila quando, de repente, Miguel se levantou de um salto, me pegando no colo.Soltei um grito de surpresa, agarrando seu pescoço automaticamente.— O que você está fazendo? — perguntei, rindo nervosamente.Ele sorriu com aquela expressão travessa. — Hora da piscina!Antes que eu pudesse protestar, ele pulou na água comigo nos braços.A sensação gelada nos envolveu, e eu emergi rindo, indo até ele e jogando água em sua direção. M
(Miguel)Enquanto caminhamos até Apolo, senti meu coração bater acelerado. Queria que essa noite fosse especial para Patricia, algo que ela lembrasse com carinho.Depois do jantar, ajudando-a a montar no cavalo, percebi sua curiosidade.— Para onde estamos indo?— Vamos ver uma vista perfeita — disse, sentindo uma onda de antecipação.Conduzi Apolo por uma trilha iluminada por pequenas luzes de LED que criavam um caminho encantador.Subimos uma colina, e quando chegamos ao topo, o cenário que se revelou diante de n&
(Patricia)Apesar de ter passado um dos melhores dias da minha vida ao lado de Miguel, a sombra de Diego ainda pairava sobre mim. A tensão se instalou no meu corpo, mas tentei me concentrar no presente, nos momentos felizes e nos sorrisos que compartilhamos.Quando finalmente chegamos ao meu prédio, senti um misto de emoções. Enquanto subíamos no elevador, tentava esconder minha ansiedade, não queria que Miguel percebesse. Ao sairmos no meu andar, parei e o abracei, tentando transmitir toda a gratidão e carinho que sentia.— Obrigada por esse final de semana. Foi incrível — disse, minha voz sincera e cheia de emoção.Miguel sorriu, aquele sorriso que sempre me acalmava, e me beijou com carinho.— Também achei incrível. E quero que tenhamos muitos mais momentos assim — respondeu, com os olhos brilhando de determinação e ternura.— Eu preciso ir para o hospital, ainda tenho plantão hoje. Eu assenti, entendendo suas responsabilidades, e me despedi, assistindo enquanto ele entrava no e
(Miguel)Cheguei ao hospital e, após passar pela minha sala para pegar o jaleco, decidi dar uma volta pelos quartos dos pacientes para ver como estavam se recuperando. Primeiro, encontrei o senhor José, que estava se recuperando de uma pneumonia. Entrei no quarto e o encontrei de bom humor, sorrindo ao me ver.— Olá, senhor José, como está se sentindo hoje? — perguntei, tentando soar o mais amigável possível.Ele me olhou e sorriu.— Estou me sentindo melhor, doutor. Acho que logo vou embora.— Talvez, senhor José — respondi com um sorriso. — Mas só se você aceitar os medicamentos como deve ser.José resmungou, mas assentiu com um sorriso, como se estivesse aceitando a provocação.— Tudo bem, vou me esforçar. — Ótimo. — Fiz um gesto de despedida e saí do quarto, indo para o próximo paciente.Encontrei uma mulher mais jovem no quarto, que eu havia operado recentemente para remover o apêndice. Ela estava sentada na cama, com um semblante animado ao me ver.— Olá! Como você está se sen