(Patricia)
Eu estava perdida na conversa e na atmosfera tranquila quando, de repente, Miguel se levantou de um salto, me pegando no colo.
Soltei um grito de surpresa, agarrando seu pescoço automaticamente.
— O que você está fazendo? — perguntei, rindo nervosamente.
Ele sorriu com aquela expressão travessa. — Hora da piscina!
Antes que eu pudesse protestar, ele pulou na água comigo nos braços.
A sensação gelada nos envolveu, e eu emergi rindo, indo até ele e jogando água em sua direção. M
(Miguel)Enquanto caminhamos até Apolo, senti meu coração bater acelerado. Queria que essa noite fosse especial para Patricia, algo que ela lembrasse com carinho.Depois do jantar, ajudando-a a montar no cavalo, percebi sua curiosidade.— Para onde estamos indo?— Vamos ver uma vista perfeita — disse, sentindo uma onda de antecipação.Conduzi Apolo por uma trilha iluminada por pequenas luzes de LED que criavam um caminho encantador.Subimos uma colina, e quando chegamos ao topo, o cenário que se revelou diante de n&
(Patricia)Apesar de ter passado um dos melhores dias da minha vida ao lado de Miguel, a sombra de Diego ainda pairava sobre mim. A tensão se instalou no meu corpo, mas tentei me concentrar no presente, nos momentos felizes e nos sorrisos que compartilhamos.Quando finalmente chegamos ao meu prédio, senti um misto de emoções. Enquanto subíamos no elevador, tentava esconder minha ansiedade, não queria que Miguel percebesse. Ao sairmos no meu andar, parei e o abracei, tentando transmitir toda a gratidão e carinho que sentia.— Obrigada por esse final de semana. Foi incrível — disse, minha voz sincera e cheia de emoção.Miguel sorriu, aquele sorriso que sempre me acalmava, e me beijou com carinho.— Também achei incrível. E quero que tenhamos muitos mais momentos assim — respondeu, com os olhos brilhando de determinação e ternura.— Eu preciso ir para o hospital, ainda tenho plantão hoje. Eu assenti, entendendo suas responsabilidades, e me despedi, assistindo enquanto ele entrava no e
(Miguel)Cheguei ao hospital e, após passar pela minha sala para pegar o jaleco, decidi dar uma volta pelos quartos dos pacientes para ver como estavam se recuperando. Primeiro, encontrei o senhor José, que estava se recuperando de uma pneumonia. Entrei no quarto e o encontrei de bom humor, sorrindo ao me ver.— Olá, senhor José, como está se sentindo hoje? — perguntei, tentando soar o mais amigável possível.Ele me olhou e sorriu.— Estou me sentindo melhor, doutor. Acho que logo vou embora.— Talvez, senhor José — respondi com um sorriso. — Mas só se você aceitar os medicamentos como deve ser.José resmungou, mas assentiu com um sorriso, como se estivesse aceitando a provocação.— Tudo bem, vou me esforçar. — Ótimo. — Fiz um gesto de despedida e saí do quarto, indo para o próximo paciente.Encontrei uma mulher mais jovem no quarto, que eu havia operado recentemente para remover o apêndice. Ela estava sentada na cama, com um semblante animado ao me ver.— Olá! Como você está se sen
(Patricia)Estava em casa, ainda repassando o final de semana incrível que passei com Miguel, quando a campainha tocou. Ao abrir a porta, me deparei com Fabrício, que parecia um pouco tímido. 一 Fabricio, tudo bem? - Perguntei, um pouco confusa por encontrá-lo ali. Fazia uns dias que eu não o via, na verdade, desde o que aconteceu com Jorge. 一 Oi, Patricia, está sim. Na verdade, Cássio me pediu para encontrar com ele aqui. Acho que ele e Elem brigaram. Olhei surpresa e me afastei, dando espaço para ele entrar em casa. Fabricio se acomodou no sofá.一 Aceita água ou suco?一 Não, estou bem. - Ele respondeu desviando o olhar. A situação não era nada confortável. 一 O Cássio falou o motivo da briga? Perguntei me sentando no outro sofá e ele assentiu, olhando ao redor como se o assunto o incomodasse. 一 Não sei se você sabe, mas os seus tios não gostaram quando souberam quem era a Elem… bem, sobre a….Ele realmente estava desconfortável com o assunto e eu também. Meus tios sempre for
(Miguel)O bar estava com seu movimento habitual, o som de risadas e conversas misturando-se ao clink das garrafas e copos. Enquanto eu esperava Vicente, pedi um uísque para tentar relaxar. Os últimos dias tinham sido intensos, e Patrícia estava constantemente em meus pensamentos. Eu queria me focar na bebida, no momento, mas a preocupação com ela sempre voltava, persistente.Enquanto bebia, uma mulher muito bonita se aproximou de mim, com um sorriso sedutor no rosto. Ela parecia ser do tipo que sabia exatamente o que queria.— Você está acompanhado? — perguntou, sua voz suave.Olhei para ela por um momento, reconhecendo sua beleza, mas não sentindo o menor interesse. Desde que Patrícia entrou na minha vida, não havia espaço para mais ninguém.— Sim, estou esperando um amigo. — Respondi com um sorriso educado, mas firme. Ela entendeu a mensagem e se afastou com um aceno discreto.Pouco depois, Vicente entrou no bar e me avistou rapidamente. Ele me cumprimentou com um aperto de mão
(Patricia)O sábado finalmente chegou, e eu estava concentrada em encher as bexigas que faziam parte da decoração do aniversário de Perla. As cores vibrantes delas contrastavam com a tensão que eu sentia toda vez que meu celular tocava. Claro, era Diego. Quando o som irritante começou a tocar de novo, respirei fundo e desliguei sem nem olhar para a tela.Perla, que estava cuidando de outra parte da decoração, notou meu gesto e perguntou com uma expressão preocupada:— Diego ainda continua com as ligações?Assenti, sentindo o peso da situação em meus ombros.— Continua, sim... Eu já não aguento mais. Eu e Miguel fomos na delegacia dar queixa, mas eles disseram que com essas ligações, não poderiam fazer muito.Perla bufou, claramente frustrada.— Eles não fazem é nada! — ela disse, com raiva.Sorri, tentando aliviar o clima.— Esquece esse assunto, Perla. Hoje é o seu aniversário. Vamos focar nisso, tá?Nesse momento, a campainha tocou. Perla correu para abrir a porta, e eu continuei
(Miguel)Eu estava saindo do hospital praticamente às pressas. Tinha que dar tempo de me arrumar e ir para a festa de Perla. Queria muito estar com Patrícia, aproveitar um momento mais leve, longe da correria e dos problemas do dia a dia. Mas assim que entrei no carro, meu celular começou a tocar. Olhei para a tela e vi o nome de Natália. Suspirei, sentindo uma mistura de frustração e preocupação. Não era o melhor momento para lidar com mais um problema.Decidi ignorar a ligação. Liguei o carro, tentando focar no que estava por vir. Mas as chamadas continuaram, uma após a outra. Natália não desistia. Já impaciente, e ao mesmo tempo preocupado, cedi. Parei o carro no acostamento e atendi a ligação, indo direto ao ponto:— Natália, o que foi? Aconteceu alguma coisa?Do outro lado da linha, o choro dela era evidente. Meu coração apertou, já me preparando para o pior.— Miguel, a minha mãe... Ela desmaiou! Eu não sei o que fazer, ela não acorda de jeito nenhum! — Natália disse entre s
Estava prestes a avançar quando vi Patrícia se afastar rapidamente de Fabrício, sua expressão cheia de urgência.— Fabrício, não faz isso... Eu estou com o Miguel — ela disse, a voz dela soando firme, mas com um toque de nervosismo. — Eu queria te contar, só precisava de um tempo. Nós nos envolvemos, mas agora não dá mais para esperar.Fabrício congelou, percebendo minha presença. O olhar dele mudou, escurecendo de repente.Ele não disse nada, mas passou por mim com força, esbarrando propositalmente no meu ombro. Poderia ter reagido, mas deixei passar. O mais importante agora era Patrícia.