— Dramaturgo, quando Valentina acordar avise que precisei atender uma emergência de negócios mas que logo voltarei. — Dirigiu-se ao mordomo na saída.
— Sim, senhor.
Sua consciência o perturbou — torcia para que ela não desconfiasse da mentira. Theo estacionou o veículo esportivo num ponto isolado da área isolada e abandonada, para evitar negligências. Ajeitou o terno impecável no corpo másculo, dirigindo-se mata adentro.
Seus parceiros haviam encontrado o cara perambulando num beco escuro próximo a taberna mais espelunca do bairro. Felipe já havia verificado antes se o local dispunha câmeras de seguranças — pelo nível do lugar nem vigilância existia. Usando o comumente golpe na altura do estômago para desmaiá-lo, logo o jogaram dentro do veículo atentos ás todos
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Lucas 18:13Valentina estranhou o mal-estar que sentiu naquele dia. Era difícil para ela adoecer, da infância á fase atual o máximo que havia sido acometida foi uma gripe. Já era a terceira vez que sentia aquela ânsia de vômito. Quando uma possibilidade passou por sua cabeça ela empalideceu. Correu para pegar a cartela de anticoncepcional guardada na caixinha de madeira contando quantos comprimidos faltavam.Franziu o cenho, tentando recordar em qual momento pôde ter falhado no uso diário. Se tomasse fora de hora o efeito seria nulo — o medo cresceu dentro dela. No dia em que acordou na cama do hotel em Canadá ela não tomou dentro do horário estipulado. Imóvel, ela ficou pensando se cancelaria o almoço na casa dos pais,
Se não queres que ninguém saiba, não o faças. Provérbio ChinêsValentina piscou várias vezes, incrédula pela ameaça que recebera. A vontade de rasgar o papel aumentou, mas preferiu guardar, poderia ser útil posteriormente. Deixou a carta debaixo do travesseiro, ainda prolongando as perguntas que se formavam na mente. Quem seria essa pessoa que afirmava conhecê
Dulce preparou mais um de seus banquetes pela manhã. O aroma penetrava em cada fresta nos cômodos da mansão. Valentina havia despertado mais cedo para realizar seu devocional. Depois do clima tenso da noite anterior ela perdeu boa parte do sono.Olhou para Theo que ainda dormia, surpresa por vê-lo já que o mesmo acordava assim que o sol despontava no horizonte. Alguns fios lisos estavam caídos na testa e os músculos delineados acompanhavam o ritmo da respiração, movendo-se lentamente. Por um momento ela repensou sobre as coisas que ele disse.A mudança dele era agradável, porém, muito suspeito. Como alguém mudaria bruscamente e além disso, manteria a calma diante de tantos desaforos? E por qual motivo ele era chamado de monstro do lado Ness? Sacudindo a cabeça para dispersar tais questionamentos, Valentina reparou que os pedaços de papel rasgados por Theo foram jogados no lixo."Deve ter sido ele." Concluiu, indo para o banhe
Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.Rubem Alves— Rita, envie o relatório dessa reunião mais tarde para meu e-mail.— Sim, senhor. — Disse, se retirando da sala.— Que reunião chata. — Falou Felipe, ajeitando a gravata no pescoço. Os três se dirigiram para a cafeteria localizada no mesmo edifício.Escolheram seus respectivos lanches, ocupando a mesa mais afastada.— Preciso encomendar alguns itens para o jantar. — Theo consultou as horas. — Sábado às dezenove horas quero vocês participando desse...evento.
Valentina estava pronta para ir na igreja quando a porta se abre, atraindo o olhar dela. Transpareceu confusão, observando Theo acompanhado por dois homens fortes e trajados de terno. Ambos usavam óculos escuros e tinham um fone espiralado preso na orelha direita.— Quem são eles? — Questionou ela.— São seus seguranças a partir de hoje. — Explicou, sorrindo. — Para aonde você for eles te acompanharão.Valentina abriu a boca, incrédula pela tenacidade do marido.— Você está de brincadeira...o Zeta já me segue e...— O Zeta também ficará uniformizado a partir de hoje.— Enlouqueceu? Ele é só um robô...— Eles também. — Apontou para os brutamontes de terno.— The
Há coisas que são preciosas por não durarem.Dorian GrayTheo decidiu comparecer sozinho naquele endereço, bem, pelo menos tentou. Primeiro, conversou com Lincon pelo telefone. Relatou os fatos sem expor terceiros na narrativa. Não ensaiou frases prontas. Estava acostumado a omitir certas informações. Precisava saber se era realmente sua mãe. Lincon autorizou na condição da polícia estar envolvida.Dirigiu por duas horas, notando cinco veículos o seguindo. Não estava nervoso — ansioso depois de quase vinte anos longe da mãe. Se ela foi deformada por Heitor, como conseguiu sair desse buraco e entregar cartas para sua esposa? Será que estava realmente sozinha nessa? Chegando no local, o inspetor reuniu os policiais, ordenando que cercassem a velha cabana. O lu
O vestido longo vermelho-escarlate possuía uma fenda na altura do joelho na lateral esquerda; o decote redondo não expunha os seios abertamente e o modelo valorizava perfeitamente o corpo de Valentina. O coque despojado realçava a maquiagem harmoniosa, deixando os traços faciais ainda mais marcantes.— Preciso ficar de olho em você o tempo todo. — Falou Theo, fascinado pela visão à sua frente.O simples comentário causou um leve rubor nas maçãs salientes de Valentina. Parecia uma adolescente apaixonada.— Você não está nada mau. — Falou, achando graça na reação dele. Theo trajava uma roupa social azul escuro e o cabelo liso bagunçado era de arrancar suspiros. Intensificava o charme masculi
"Essas lembranças eram minhas e só minhas, pois aprendi que é melhor manter algumas coisas em segredo." &