Melanie Pov A campainha toca e meu coração já perde uma batida com o som. Papai vai em direção à porta e a abre.Ryan está perfeito. Ele está trajando uma roupa social elegante que realça muito os seus músculos na metida perfeita. Seus cabelos pretos medianos estão penteados para trás, mas há uma mecha rebelde que insiste em cair na sua testa. A cicatriz em seu olho esquerdo o deixa ainda mais sedutor. “Boa noite, Majestade,” papai anuncia como um bom anfitrião em direção ao Ryan.“Por favor, alfa Tyler, me chame apenas de Ryan,” ele pede com educação e papai concorda com um aceno de cabeça.Tyler dá espaço para que Ryan entre em nossa casa. Estou ao lado de mamãe, me sentindo em euforia e feliz com a presença dele aqui em casa. Tina avança e cumprimenta Ryan com um beijo suave na bochecha.“Estamos muito felizes em recebê-lo, Ryan,” mamãe declara, sua voz cheia de ânimo e felicidade.“Me sinto honrado em estar aqui, luna Tina.”Em seguida, Ryan vem na minha direção. Os seus olhos
Melanie Pov A pergunta parece perdurar na mesa de jantar. Consigo ouvir os corações de cada um batendo, em ritmos diferentes. O olhar do meu pai é firme e seu maxilar está tenso. Enquanto Ryan está com a postura rígida, seus ombros largos também estão tensos.Porém, o rei alfa faz algo que me surpreende, ele relaxa e abre um sorriso.“Nesse exato momento?” Ryan rebate a pergunta com um humor leve. “Não, senhor. Não estou pedindo Melanie em casamento agora.”Ryan olha para mim e seu sorriso fica mais suave, mais bonito.“Mas em breve, sim,” ele declara com uma voz sincera.Meu coração descompassa por um segundo longo. Ryan lança o seu olhar em direção ao meu pai, seu rosto voltando a ficar sério.“Lógico que primeiro tenho outras coisas para fazer antes de pedi-la.”Papai continua olhando para Ryan com uma expressão séria e quase de descontentamento.“Como o que, por exemplo, Majestade?” Papai diz seco e frio.“Bem, a benção de vocês, é claro.” Ryan responde de forma despojada, tranq
Melanie PovRyan me encara com seus lindos olhos azuis profundos e bebe um pouco do seu uísque antes de me responder.“Sim, eu estava sendo sincero.” Ele responde e sinto o meu coração acelerar. “Eu tinha um plano para essa noite, na realidade.”Dessa vez, eu que franzo a testa, confusa. Ryan solta uma risada nervosa e coloca o seu copo em cima da mesa que está próxima.“Os seus pais possuem um bom ponto, Melanie.” Ryan informa, pensativo e sério. “Se eu quiser a benção deles, preciso resolver a situação com Karl. Preciso deixar você segura.”Nego firmemente com a cabeça as suas palavras.“Eu amo meus pais, só que eles não podem dizer com quem eu posso ou não casar. Essa decisão é minha, não deles,” respondo com firmeza. “Não de controle ao Karl. Ele já retirou tanto de nós, por que permitir que ele retire isso também?”Ryan abre um sorriso de canto e seus olhos brilham de expectativas. É um brilho sutil, mas intenso.“O que você está querendo me dizer, senhorita Melanie?” Ryan questi
Melanie Pov Afirmo com a cabeça porque meus lábios só querem beijar ele. Ryan me segura novamente pela cintura e levanta nós dois do sofá, seus braços firmes me envolvendo com uma segurança apaixonante. Eu cruzo minhas pernas em volta da sua cintura, como se meu corpo já soubesse exatamente onde deve estar — colado ao dele. Nossos lábios voltam a se beijar com urgência, com desejo, com um anseio reprimido que explode agora.Ele me carrega para fora da sala de estar e meu coração bate com força ao perceber que já estamos dentro de um amplo quarto. . A cama está muito próxima, e o calor que emana do corpo de Ryan me deixa zonza, entregue.Ryan beija o meu pescoço e isso me causa uma onda de arrepio que percorre minha espinha como eletricidade líquida. Um gemido prazeroso escapa dos meus lábios, sem que eu consiga ou queira conter.Ryan me deita na cama com uma delicadeza impressionante. Seus olhos percorrem meu corpo com um desejo tão primal que sinto meu ventre se contrair, minha pele
Melanie Pov O café da manhã é servido na ampla e espaçosa varanda do quarto, com uma vista do jardim bem cuidado do castelo. O sol da manhã é aconchegante. Fico impressionada com tudo que há dentro do castelo.Possuímos empregados em casa, mas nada se compara ao luxo e à eficiência que é o serviço no castelo.Enquanto observo o cenário, o som de passos firmes e tranquilos ecoa pelo ambiente de forma quase hipnotizante. Quando Ryan surge na varanda, recém-saído do banho, meu fôlego se perde. Como se todo o ar do mundo fosse subitamente roubado dos meus pulmões. Ele está usando apenas uma calça moletom cinza, o tecido macio moldando perfeitamente a sua cintura definida, revelando com descaro a perfeição dos músculos esculpidos em seu abdômen. É impossível não encarar. É impossível não desejar.Seus cabelos pretos estão molhados e bagunçados, ainda pingando algumas gotas de água que escorrem por sua nuca, descem pelo pescoço e desaparecem no contorno do seu tórax. A visão é pura tentaçã
Melanie Pov “Obrigado por me acompanhar,” Ryan diz com a voz pesada, carregada de tristeza.Estamos dirigindo em direção à alcateia Greenshadow para revelar a Narumi o falecimento de seu pai. Aperto a mão de Ryan com carinho, com firmeza, tentando transmitir todo o meu apoio, minha presença, meu amor silencioso, como se através daquele toque eu pudesse dividir com ele a dor que pesa sobre seus ombros.“Estamos juntos nessa,” respondo, minha voz tentando soar firme, mas ainda assim suave, acolhedora. “Além do mais, Narumi acabou se tornando uma amiga minha. Não quero que ela fique sozinha nesse período difícil.”A imagem da Narumi, sempre determinada e forte, me invade. Ela não merece passar por essa dor. Ninguém merece. E ainda assim, aqui estamos, presos em um ciclo onde a perda parece sempre nos encontrar.Minha mente, então, me trai, me puxando para lembranças antigas, memórias de minha vida passada, de uma dor que ainda pulsa dentro de mim, mesmo que de forma discreta, como uma c
Melanie Pov“Até que foi uma conversa plausível, não acha?” pergunto para Ryan.Estamos de volta dentro do carro, o interior silencioso quebrado apenas pelo som constante do motor e o sutil ruído dos pneus contra o asfalto molhado da rua. As janelas ainda trazem gotas dispersas de uma chuva leve que caiu mais cedo, dando à paisagem um brilho úmido sob a luz suave do entardecer.Seguimos em direção à minha casa, e meu peito se aperta à medida que nos aproximamos. Há um peso emocional ali, uma expectativa ansiosa que cresce a cada metro que percorremos. Em breve, teremos que contar aos meus pais sobre o noivado. O falecimento de Phill ainda paira sobre mim como uma sombra. Sinto como se a minha felicidade recém-descoberta estivesse sendo abafada por uma nuvem escura.Instintivamente, levo a mão até o anel em meu dedo, os dedos roçando com delicadeza em volta da pedra central. O rubi reluz sob a luz do sol poente, refletindo tons de vermelho profundo que lembram um coração pulsando — viv
Melanie pov Meu impulso imediato é esconder a mão, fechá-la com força, esconder o anel como se fosse algo indevido, um segredo proibido que escapou antes da hora. Mas eu me recuso. Em vez disso, estendo ainda mais meus dedos e, com firmeza, seguro a mão de Ryan. Nosso entrelaçar de dedos é quase um juramento silencioso. Ela nota isso. Ela nota tudo. Os olhos dela se voltam para nós dois e, por um instante que parece durar uma eternidade, ela apenas nos observa, sem dizer uma palavra. Seu silêncio é mais ensurdecedor do que qualquer grito de reprovação.Eu não consigo decifrar seus pensamentos. Ela não franze o cenho, não sorri, não chora. Apenas nos olha. E isso me desarma.“É melhor eu pegar algo para nós bebermos, não acham?” diz de repente, sua voz alta demais, quase forçada, como se quisesse preencher o ambiente antes que algo mais escapasse.E sem esperar resposta, ela se vira e sai rapidamente da sala, seus passos apressados ecoando pelo corredor como batidas apressadas de um t