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Fellipo estava atento a cada detalhe. No grupo da reforma, ele exigia precisão, fotos e atualizações em tempo real. Sabia que não podia haver falhas, pois em breve Cecilia começaria a questionar o desaparecimento dos médicos e os detalhes de sua alta. Ele sorriu ao imaginar a expressão dela quando visse tudo pronto—seria mais do que uma casa reformada, seria um lar feito sob medida para eles e suas filhas.Enquanto revisava as mensagens, seu celular vibrou com uma notificação inesperada:Leonardo: "Fellipo, que merda é essa? O inferno está acontecendo ao lado da minha casa! Eu tô ouvindo furadeiras até no escritório."Fellipo soltou uma risada baixa, balançando a cabeça. Ele já esperava essa reação do irmão. Leonardo odiava reformas—não importava se eram dentro da casa dele ou no vizinho.Fellipo: "Relaxa, Dom. Logo você vai agradecer."A resposta de Leonardo veio segundos depois.Leonardo: "Agradecer? A única coisa que vou fazer é esganar você se isso continuar até a noite."Fel
Fellipo pegou o celular e leu a mensagem de Fernando rapidamente, seus olhos brilhando com algo que Cecilia não conseguiu identificar. Ele sorriu de lado, guardou o aparelho no bolso e voltou sua atenção para ela, deslizando os dedos pelo braço dela em um carinho distraído.— "O que foi?" — Cecilia perguntou, percebendo a expressão satisfeita no rosto dele.— "Nada que você precise se preocupar, principessa. Apenas a chegada do seu pai."O coração de Cecilia deu um salto. Ela se ajeitou melhor na cama, ajeitando os cabelos ainda úmidos do banho. Sua ansiedade aumentou, mas Fellipo percebeu e segurou sua mão, apertando suavemente.— "Eu estou aqui. Sempre vou estar."Antes que ela pudesse responder, a porta do quarto se abriu e Fernando entrou primeiro, abrindo caminho para a enfermeira que empurrava a cadeira de rodas onde Pietro estava sentado. O idoso olhava ao redor, os olhos um pouco perdidos, mas quando seu olhar encontrou o de Cecilia, algo brilhou em sua expressão.— "Bambina mi
Cecilia arregalou os olhos e sorriu de leve, reconhecendo aquele som.— "Thor?"No mesmo instante, um grande Mastim napolitano apareceu na porta do quarto, puxando a guia da enfermeira que o segurava. Assim que viu Cecilia, ele latiu novamente e correu na direção dela, ignorando completamente qualquer comando da cuidadora.— "Ei, menino!" — Cecilia exclamou, tentando abrir os braços para recebê-lo, mas Fellipo foi mais rápido e o segurou antes que ele pulasse na cama.Thor, no entanto, se debateu nas mãos de Fellipo, tentando se aproximar de sua dona. Ele choramingou, abanando o rabo e lançando um olhar pidão para Cecilia.— "Calma, garoto…" — Fellipo resmungou, mas sua expressão suavizou ao ver o quanto aquele cachorro significava para Cecilia. Ele olhou para ela e suspirou. — "Quer que eu solte?"Cecilia sorriu, os olhos brilhando de emoção e as lagrimas caindo .— "Claro que sim! Ele sentiu minha falta!"Fellipo revirou os olhos, mas acabou soltando o cão, que imediatamente se acon
Cecilia estava radiante. O dia tinha sido incrível, repleto de momentos emocionantes e felizes ao lado de sua família e amigos. Mas, mesmo com toda a felicidade, uma pequena inquietação começou a se formar dentro dela.Fellipo estava estranho. Não que ele estivesse distante—pelo contrário, ele a enchia de carinhos, dava atenção, ria com ela—mas o maldito celular não saía de suas mãos.Ela observava cada expressão dele: sobrancelhas franzidas, sorrisos sutis, às vezes um revirar de olhos e até uns sorrisos satisfeitos enquanto digitava freneticamente.Cecilia mordiscou o lábio inferior, tentando ignorar o incômodo. Afinal, sabia que Fellipo estava sempre envolvido com os negócios e que, na máfia, nada podia ficar para depois. Mas algo estava diferente.— "Fellipo…" — Ela chamou, tentando não parecer desconfiada.Ele levantou os olhos rapidamente e sorriu, guardando o celular no bolso como se nada estivesse acontecendo.— "Sim, amore mio?"— "O que tanto você faz nesse celular?"Fellipo
Fellipo engoliu seco. Ele queria tanto aquela mulher que chegava a doer, mas estava se segurando com todas as forças. Ele tinha medo de machucá-la, medo de ser intenso demais e, acima de tudo, medo de ceder e perder completamente o controle.— "Cecilia…" — Sua voz saiu rouca, e as mãos automaticamente deslizaram para a cintura dela.Cecilia sorriu de lado, ciente do efeito que tinha sobre ele. Se ele queria fugir, azar o dele. Ela não estava disposta a deixá-lo escapar.— "O que foi, Subchefe?" — Ela sussurrou, mordendo o lábio inferior de propósito.Fellipo apertou os olhos, como se estivesse tentando reunir forças para resistir. Mas foi um erro. Aquela imagem dela, com o rosto travesso e cheio de desejo, os cabelos caindo pelos ombros e as curvas deliciosamente moldadas contra o corpo dele… foi o fim.Ela rebolou no colo dele, sentindo sua ereção rígida e pulsante sob ela, e então sussurrou em seu ouvido:— "Você tem fugido de mim, e eu sei bem o motivo…"Fellipo respirou fundo, fech
Cecilia tentou ignorar, tentou se convencer de que talvez estivesse apenas paranoica, mas quanto mais observava Fellipo, mais certeza tinha de que ele estava escondendo algo. A forma como ele saía do quarto com o celular sempre em mãos, como se estivesse prestes a lidar com algo que ela não podia saber, a deixava cada vez mais inquieta.No início, ela respirou fundo e tentou racionalizar: "Ele está resolvendo coisas importantes, deve ser algo da TRINDADE, ou talvez alguma outra surpresa para mim." Mas conforme as horas passavam e ele continuava saindo e digitando nervosamente, sua paciência foi se esgotando.Cecilia não era do tipo que aceitava ser deixada no escuro não mais , ainda mais quando se tratava de seu próprio marido. Sentindo o sangue ferver, decidiu que não ficaria esperando ele contar por conta própria.Quando ele voltou ao quarto depois de mais uma dessas saídas misteriosas, Cecilia estava sentada na cama, braços cruzados, encarando-o com um olhar afiado.— "O que você es
Fellipo soltou um suspiro pesado, ainda observando Cecilia dormir profundamente. A cada dia que passava, esconder algo dela ficava mais difícil. Ele sabia que, assim que ela acordasse, ia querer saber onde ele estava indo. E, conhecendo a mulher determinada que tinha ao seu lado, não aceitaria qualquer desculpa.Ele voltou para o grupo no W******p, checando as últimas mensagens. O arquiteto já havia finalizado toda a estrutura, o hacker da Trindade tinha instalado os sistemas de segurança de última geração e a decoradora estava nos detalhes finais. Amanhã de manhã, tudo estaria pronto para sua inspeção."Isso está indo mais rápido do que eu esperava..." — pensou, orgulhoso.Mas agora ele tinha um novo desafio: conseguir os dois filhotes de Mastim Napolitano. Não poderia trazer qualquer cachorro, queria os melhores, com pedigree impecável e criados para proteção. Pegou o celular e ligou para um contato de confiança.— "Preciso de dois filhotes de Mastim Napolitano, com histórico impecáv
Fellipo estava radiante. Hoje era o dia da grande surpresa, e ele queria que tudo fosse perfeito. Já havia organizado cada detalhe: Seu Pietro estaria impecável, bem cuidado e vestido como um verdadeiro cavalheiro, os novos filhotes teriam ternos combinando, e a casa estava transformada em um verdadeiro lar para sua família.Mas antes de qualquer coisa, ele queria começar o dia da melhor forma possível: acordando Cecilia com beijos.Ele deslizou os lábios pelo rosto dela, beijando suavemente sua testa, suas pálpebras, descendo para a bochecha e finalmente alcançando os lábios carnudos e tentadores de sua mulher.— Bom dia, amor — ele murmurou contra os lábios dela, sua voz rouca e carregada de carinho.Cecilia resmungou baixinho, se aconchegando mais nele, ainda meio adormecida.— Já é hora de acordar? — Ela abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes antes de sorrir ao ver o rosto de Fellipo tão perto do seu.— Hoje é um dia especial — ele disse, deslizando a mão para o ventre dela