O rosto do diretor se endureceu e ele se virou para olhar. Simão estava exatamente a alguns metros de distância, com uma expressão indescritível no rosto.Assim que Simão entrou, todos os olhares na sala se voltaram para ele instantaneamente.Ao seu lado estava Daniela, que piscou para Clara.Quando viu Clara sendo provocada, Daniela ficou muito preocupada. Felizmente, seu primo estava lá hoje, caso contrário, não saberia como resolver a situação.Paulina era da família Oliveira e uma figura proeminente na escola. Contra alguém como Clara, uma simples designer, ela certamente não teria dificuldades. Então, Daniela tinha que chamar reforços.A atmosfera ficou um pouco tensa e o diretor não sabia como explicar a situação. Infelizmente, Clara continuou questionando:- Se todos devem se registrar, então todos que estão visitando a exposição agora também devem ser tratados da mesma forma, certo? Não é possível que essa regra tenha sido feita apenas para mim, não sou tão privilegiada.Simão
Karina sentia as pontas dos seus dedos tremendo de nervosismo. Pouco antes, Paulina a levou ao banheiro, onde ela estava em um estado desgrenhado, depois a levou até a sala dos funcionários para trocar de roupa.Paulina gostava de Nico. Enquanto Karina trocava de roupa, ela mencionou ter visto Nico e também mencionou Otávio da Leão Eletrônico. Além disso, ela mencionou Clara e naturalmente falou sobre o incidente em que elas haviam se trombado.Karina odiava Clara com todas as suas forças e, ao ver que Paulina ainda usava a pulseira, tinha uma ideia ardilosa.Pouco tempo depois de Karina esconder a pulseira, Paulina percebeu que a sua tinha desaparecido. Karina aproveitou a situação e sugeriu: - Será que quando você foi atingida, alguém a roubou?Com essa insinuação, Paulina naturalmente pensou em Clara e decidiu procurá-la.Nesse momento, Paulina não achava que estava fazendo algo errado. Ela também passou a odiar ainda mais Clara, pois se Clara não era a ladra, então ela seria a qu
A suposta submissão de Paulina era apenas uma maneira de se dar uma saída.Após falar, ela lançou um olhar feroz para Clara:- Já que é assim, deixe pra lá. Não quero mais me importar com ela falando mal da família Oliveira.Mal as palavras foram ditas, Clara começou a rir.Paulina imediatamente ficou irritada e seus dedos se fecharam:- Do que você está rindo?Clara se levantou olhando para ela:- Srta. Paulina, você me difamou na frente de tantas pessoas e agora que a verdade veio à tona, você não apenas se recusa a se desculpar, mas também acha que está sendo generosa por não se importar comigo. Mesmo que você seja da família Oliveira, isso não significa que todas as vantagens do mundo pertençam à sua família, certo?Paulina estava tão furiosa que não conseguia pronunciar uma palavra sequer.Ela até sentia o ar entre suas respirações como fogo. Ela olhou para Karina, esperando que ela dissesse algo, afinal, não era possível deixá-la enfrentar tantos olhares sozinha.Mas Karina abaix
Daniela estava um pouco desapontada. Pensou que tinha encontrado alguém que realmente entendia de arte, mas aquela pessoa...Ela suspirou interiormente e uma sombra de desilusão passou por seus olhos.Ela observou discretamente Simão, queria saber o que ele pensava sobre ser amante de sua designer.Mas Simão estava muito calmo, até pegou uma xícara de café que o garçom já tinha preparado e deu um gole, como se nada da agitação ao redor tivesse a ver com ele.As pessoas ao redor cochichavam vagamente.- Tão bonita e é amante. Não é de admirar que ela tenha tanta confiança.- Você acha que ela destruiu a família de quem? Parece que ela é amante desde os tempos de estudante?- Ela é uma criminosa, que desperdício de aparência bonita.- Vocês não acham que ela não tem vergonha? Agora que foi exposta, ela ainda está tão calma.Os olhos de todos se voltaram involuntariamente para Clara, que estava em pé, com uma expressão levemente franzida.- A Diretora Karina e a Srta. Paulina não sabem q
Clara manteve sua expressão inalterada, sem perceber que estava bebendo a água de outra pessoa.O diretor e a diretora da universidade tiveram um problema, então o vice-diretor rapidamente se levantou para assumir o controle da situação e cumprimentar os convidados.A comédia terminou ali, e o vice-diretor se aproximou pessoalmente de Simão para se desculpar.- Presidente Simão, peço desculpas por tê-lo feito rir. A escola dará explicações aos investidores e cooperará ativamente com a investigação policial.A testa de Simão se franziu, mas a atitude daquela pessoa parecia melhor do que a do diretor.O vice-diretor olhou para Clara com nostalgia e disse: - Quanto tempo, Penny.Quando Clara mudou para o campo do design, o vice-diretor desempenhou um papel importante. Caso contrário, sob a pressão dupla do diretor e de Karina, ela não teria conseguido seu diploma.- Sim, professor, faz um tempo.O vice-diretor sorriu: - Naquela época, fui eu quem escolheu o nome de designer para você.
Clara caminhou sob o guarda-chuva por um curto trecho e suas calças logo ficaram encharcadas.Um carro parou lentamente ao lado dela e buzinou duas vezes.Ela pensou que fosse Nico novamente e uma pitada de impaciência surgiu em seus olhos.A janela do carro se abriu um pouco, revelando a voz de Daniela de dentro.- Entre rapidamente. Se você sair agora, vai ficar presa no trânsito, e lá fora tem uma multidão.Clara olhou para onde tinha estacionado o carro e viu que estava realmente lotado de pessoas. Com a chuva caindo cada vez mais forte, ela não hesitou mais, agradeceu e abriu a porta do carro, entrando.A chuva e a umidade foram mantidas do lado de fora, o interior do carro estava surpreendentemente silencioso.Clara pensou que era o carro da família Santos que estava levando Daniela, mas surpreendentemente, o motorista estava ao volante era outro.Ela viu Simão sentado ao lado da janela, segurando alguns documentos, olhando para baixo com uma expressão pensativa, parecendo absor
Lá fora, a chuva continuava a cair torrencialmente, e a voz de Clara ressoava nitidamnente no silêncio da cabine do carro.Os dedos de Simão de repente pararam e um olhar estranho passou por seus olhos.Clara não deu importância à reação dele, afinal, o elogio foi apenas uma observação casual.Ela fechou os olhos, tentando descansar um pouco, quando o carro deu um solavanco.Inconscientemente, sua cabeça se inclinou na direção dele, aproximando os dois.Com o tempo chuvoso e a estrada escorregadia, o trânsito piorou ainda mais.Ficaram presos por meia hora antes de começarem a se mover lentamente.Para evitar o desconforto de estarem sozinhos por tanto tempo, Clara optou por fechar os olhos e cochilar durante o trajeto.Sua qualidade de sono estava ruim ultimamente, e o som da chuva lá fora a fez adormecer sem perceber.Na frente, Rodrigo não percebeu a atmosfera na parte de trás do carro até que viu outro carro infringindo as regras de trânsito e colidindo com eles.O impacto fez com
Assim que Clara entrou, ela ouviu latidos distantes e viu uma figura branca correndo em sua direção, girando animadamente ao seu redor.Clara abaixou-se e acariciou a cabeça dele.- Luke, você se comportou bem enquanto estive fora?Vilma saiu de dentro da casa. Ela estava usando um avental e parecia ter cerca de cinquenta anos, com uma expressão gentil e afável.- Srta. Clara, na sua ausência, ele aprontou algumas travessuras. Ontem, foi pescar no lago e trouxe todos os peixes de volta. No final, tive que retirar os espinhos e cozinhar a carne do peixe.Clara achou engraçado e esfregou a cabeça de Luke com mais força. - Você é tão guloso.Luke era um pastor alemão com cerca de seis anos de idade e sempre estava ao lado de Clara.O apartamento de Clara não permitia a presença de cães, então, quando o Sr. Spencer lhe deu aquela mansão, ela resolveu deixar Luke lá. Como ela raramente ia ao local, Vilma que cuidava do cãozinho.Ela brincou mais um pouco com Luke antes de arrastar a mala