Pedir desculpas tão rapidamente dificultava que as pessoas expressassem sua frustração.Conversar com ela sempre parecia sufocante.- Presidente Simão, vou primeiro até o local para inspecionar e depois discutirei o design com o senhor. Se estiver satisfeito, chamarei a equipe de reforma para começar. - Disse Clara.Simão grunhiu brevemente em resposta, sem olhar para ela novamente.Clara saiu da sala e se deparou com uma mulher trazendo café.Ela deu um passo para o lado intencionalmente. A mulher estava extremamente bem vestida, e com uma maquiagem delicada. Ao passar por Clara, ela fingiu tropeçar.O café acabou sendo derramado no peito de Clara.Naquele dia, Clara estava usando um traje profissional em tons claros, e a situação acabou deixando-a em uma situação desfavorável.Ela franziu o cenho e olhou para a mulher, percebendo a sua péssima atuação.A mulher arqueou as sobrancelhas e cobriu a boca com surpresa:- Oh, minhas desculpas, senhora. Posso te ajudar, tenho lenços umedeci
O tornozelo de Rafaela estava inchado. Ela se ergueu com dificuldade e estava prestes a reclamar:- Primo, veja só isso! Ela...Antes que ela pudesse concluir suas palavras, Clara apontou para as câmeras de segurança:- Você jogou café em mim de propósito primeiro. Se você fez isso só para me impedir de me aproximar do Presidente Simão, então parece que você não conhece bem o caráter dele. - Clara sorriu. - Todo mundo sabe que o Presidente Simão não se envolve em assuntos amorosos. Ele não cometeria um erro tão grosseiro.Clara sorria com gentileza, e era normal retribuir sorriso com sorrisos. Mesmo se Simão quisesse dizer algo para retrucá-la, não haveria fundamento para isso.Um toque sutil de astúcia passou pelos olhos dela.- Srta. Rafaela, como subordinada, você está ansiosa para se destacar. Não sei se é por sua suposta prima ou por você mesma.Rafaela estava tremendo de raiva. Como ela podia falar tanto assim?E na frente do cunhado dela, essa mulher estava ainda mais sem filtro
- Senhora Santos?Rafaela ficou surpresa, lembrando-se de que Simão era casado.Isso não era comum na alta sociedade, e mesmo aqueles que sabiam, tinham uma atitude de desdém em relação à esposa de fachada de Simão.Quem não sabia que a família Silva era apenas uma família humilde e não tinha méritos para se casar com a família Santos?- Você quer dizer aquela mulher que nunca aparece? - Rafaela zombou. - Você provavelmente não sabe que nos últimos anos ela nem participou das celebrações de Réveillon da família Santos. Na Mansão dos Santos, ninguém a reconhece. Ela é praticamente invisível. O quemais ela poderia ser, senão a "Senhora Santos"?Muitos até suspeitavam que ela era tão feia que não podia ser vista em público.O que disseram era a verdade. Clara era praticamente invisível na família Santos, ela mal era notada, exceto na presença do Sr. Spencer,.Ela não ficou chateada ao ouvir isso e apenas respondeu:- Independentemente de ela ter ou não participado do Réveillon, o fato de
Clara permaneceu imóvel na porta do restaurante, sentindo-se acuada.Antônio estava logo atrás dela e sussurrou suavemente:- A mulher sentada perto da janela é a minha mãe. Ela é bem decidida. Se eu sair ileso desta situação hoje, você será minha heroína.Clara esboçou um leve sorriso e instintivamente abaixou a cabeça para esconder o rosto. No entanto, Patrícia já tinha notado.Antônio ficou tenso ao perceber o olhar de Patrícia.- Estamos encrencados.Ele disse isso e segurou a cintura de Clara, conduzindo-a em direção a Patrícia.Patrícia lançou um olhar perspicaz e examinou os dois minuciosamente.Antônio, com gentileza, puxou uma cadeira para Clara, com um sorriso nos lábios.- Mãe, esta é minha namorada. Ela é designer de interiores e você pode chamá-la de Penny.A mente de Clara estava em branco, mas sua lucidez começou a retornar lentamente depois que ela se sentou.Parecia que Patrícia não tinha a reconhecido.Clara suspirou aliviada, sabendo que em breve se desvincularia co
Simão hesitou por um momento enquanto examinava os documentos e, lentamente, ergueu o olhar, com uma leve expressão de dúvida.Patrícia riu suavemente. - Toni não está escondendo nada de você, certo?Patrícia sabia que Antonio tinha um certo receio de seu primo, então ela não esperava que ele sequer mencionasse ter uma namorada.- Esse rapaz é sempre assim. Ele disse que estava muito ocupado e não tinha tempo para uma namorada. Eu pensei que, se você escolheu o design daquela garota, ela deve ser muito boa. Além disso, ela é bem atraente.- Você está falando da Penny?Simão franziu a testa. “Ela não é casada?”Patrícia riu novamente. - Sim, esta é a primeira vez que estou tão satisfeita com a namorada do Toni. Já que ela está trabalhando com você, por favor, não a pressione muito. Quem sabe, talvez ela faça parte da família no futuro.O semblante de Simão ficou mais frio.- Fique tranquila, eu vou cuidar dela.Patrícia se levantou, e Simão a acompanhou até o elevador exclusivo.No e
Clara respondeu com um simples "hmm" quando Sofia mencionou isso. Ela não estava acostumada a compartilhar essas coisas com as pessoas, então seu tom estava um pouco frio.Sofia demonstrou um leve sorriso nos olhos e disse: - Se você não gosta, tudo bem.O carro parou no pátio da Mansão Silva. Clara pretendia apenas deixar Sofia e partir imediatamente.Naquele momento, Lucas estava regando as plantas no pátio e Mário estava ao seu lado.Clara franziu o cenho por um momento, mas Sofia já havia saído do carro e estava correndo em direção a eles.- Pai, irmão.Lucas estava ocupado explicando algo a Mário quando viu o carro de Clara de longe e parou.Clara teve que sair do carro para cumprimentá-los. - Pai.Lucas entregou o regador para o empregado e suspirou suavemente. - É bom que você tenha voltado. Vamos entrar. Sua tia fez muitas comidas deliciosas hoje, e eu também tenho algo para falar com você.Clara ainda tinha que encontrar Simão e o tempo estava se esgotando.- Pai, eu tenh
Clara entrou no carro com um aperto no coração, e vinte minutos se passaram até que chegasse à Mansão Santos.O mordomo abriu a porta e, ao vê-la, uma expressão leve de descontentamento apareceu em seu rosto.- Senhorita Clara, o que faz aqui? A senhora não está em casa.Clara notou que além do mordomo que estava fazendo a limpeza, o hall de entrada estava vazio.Ela olhou ao redor, pensando em perguntar se Simão tinha estado ali, mas viu que ele já se virava impacientemente.Isabela nunca estava de bom humor quando Clara a visitava, e todos eram pessoas inteligentes, sabiam que a nora estava destinada a se divorciar cedo ou tarde. Por que se dar ao trabalho de fingir cortesia básica?- Quem está aí?A porta do jardim foi empurrada e uma jovem bonita ficou parada, rindo suavemente. - É a nova babá? Ela é realmente bonita.Seus olhos não tinham malícia, era apenas uma pergunta inocente.O mordomo riu levemente, com um traço de desdém em seus olhos.Mas Clara não se constrangeu como a
Daniela ainda mantinha a inocência de uma criança em sua personalidade. Quando falava, seus olhos brilhavam e ela expressava-se com genuinidade.Provavelmente, por lidar frequentemente com pessoas difíceis, Clara se sentiu surpreendentemente à vontade na presença dela.Clara olhou para as pinturas de Daniela e permaneceu em silêncio.Daniela suspirou enquanto segurava um lápis.Ela não tinha muita esperança de que Clara pudesse oferecer conselhos construtivos, mas ao ver Clara pegar um lápis e fazer algumas alterações no papel, sua expressão mudou.A cena que antes parecia sem vida instantaneamente ganhou vida, até mesmo os traços pareciam mais vivos.Seus olhos se arregalaram involuntariamente e ela os esfregou.- Você... Você apenas mexeu nas cores, certo? Meu Deus, parece que é uma pintura completamente diferente. Você também é artista?A habilidade de Clara em manejar o lápis de forma tão habilidosa e ajustar as cores indicava claramente que ela tinha experiência.Clara assentiu e