Quando Leonel ligou novamente, ele percebeu que estava sendo ignorado.“Como essa pessoa ousa! Isso é péssimo!”Ele pensou que Clara fosse fácil de manipular, mas ela causou uma confusão tão grande que até a polícia tinha provas contra ele. Se ele não conseguisse um acordo privado com Clara e a polícia seguisse o protocolo, ele seria exposto e a reputação de sua empresa seria arruinada.Leonel estava perplexo. Como uma mulher frágil como Clara conseguiu levar os sequestradores à delegacia?Ele ainda não sabia quem tinha ajudado Clara e ele se arrependeu de subestimá-la. Soltando um palavrão, ele percebeu que precisava de Clara para fazer as pazes com ele. Caso contrário, as coisas ficariam realmente complicadas.Ele saiu às pressas para encontrar Clara.Clara não queria mais se envolver e deixou a polícia cuidar de tudo. Ela não estava disposta a resolver isso de forma privada. Quando saiu do hospital, ela inesperadamente encontrou Patrícia.Clara instintivamente escondeu o rosto
Quando Clara conheceu Patrícia pela primeira vez, percebeu que ela era uma mulher muito educada e sempre falava com gentileza.Antônio costumava dizer que sua mãe era muito rigorosa, mas Clara realmente a invejava. Além de sua mãe, Patrícia era a mulher mais elegante que já conhecera.Depois de passar por tudo aquilo e de ter estado no hospital sozinha por tanto tempo, sua resistência emocional estava enfraquecida.Na noite úmida de ontem, sua bochecha doía, e seu corpo se sentia desconfortável devido aos efeitos dos medicamentos.Ela sonhou com sua mãe.Mas o sonho foi curto. Afinal, sua mãe havia falecido há muitos anos e ela havia esquecido como era sentir o calor materno.A gentileza de Patrícia aqueceu o coração de Clara.- Penny?Vendo que Clara estava distraída, Patrícia pensou que ela estava triste.- Cada família é diferente, se você não quer que eu vá falar com seus pais, então não irei. Lembra do que eu disse da última vez? Quando enfrentar problemas, lembre-se de pedir aj
Clara desceu as escadas e a sala de estar estava vazia. Ela tinha agendado uma chamada com a equipe da outra empresa para as sete da noite e pegou sua bolsa na entrada, sem perceber os presentes na mesa.Vilma ainda estava na cozinha, preparando um jantar saudável para Clara, mas não notou que Clara havia saído.A Mansão de Edemar tinha poucos funcionários, e Clara raramente via outros além de Vilma. Ela havia expressado sua preferência por tranquilidade quando conversou com o Sr. Spencer no início, então ele instruiu que não enviassem muitos empregados.Quando Simão chegou, imediatamente recebeu uma ligação do Sr. Spencer. Ele, preocupado com a saúde de seu avô, não contestou a imposição.- Avô, já cheguei à Mansão de Edemar.O Sr. Spencer finalmente relaxou um pouco. Afinal, nos últimos dias, o pai de Clarinha estava doente e era normal que ela estivesse deprimida. Como marido, era sua responsabilidade confortá-la.Simão desligou o telefone, desabotoou dois botões da camisa e en
Aquela mulher já o deixou na mão várias vezes, e agora, vendo que o jantar já estava pronto, teimosamente estava lá em cima, dormindo, fazendo todos esperarem por ela.Uma mulher que vive à custa da família Santos.- Vamos comer, não espere mais.Ele disse com um tom suave e se dirigiu à mesa de jantar.A atitude de Vilma ficou ainda mais cautelosa, ela sentiu que o Sr. Simão estava chateado.Agora, a relação entre os dois provavelmente ficaria ainda mais distante, ela suspirou.Mas antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Simão a interrompeu.- Não quero ouvir falar dela.Seus olhos estavam cheios de calma e contenção, com um tom quase cruel, o que fez Vilma calar a boca.Durante toda a refeição, Vilma tentou ao máximo diminuir sua presença.Até os outros empregados andavam com muito cuidado.Simão jantou com muita elegância, não comeu muito, terminou em silêncio e subiu para seu quarto.Vilma instruiu os empregados a recolher os pratos e deixar um para Clara.Naquele momento, C
Clara ficou paralisada quando tentava pegar o celular para iluminar o chão e recolher os cacos de porcelana.Ao ouvir a voz de Simão, ela ficou momentaneamente atordoada.Simão estava segurando uma xícara em sua mão, aparentemente trabalhando no interior da casa e desceu para tomar um café.A luz dentro da casa havia se apagado, então ele só conseguia ver uma sombra, pensando que era uma empregada da Mansão.- Onde está a máquina de café? - Ele perguntou suavemente, já sentindo o aroma do café.Antes de subir, Vilma mencionou que havia café pronto na casa o tempo todo, 24 horas por dia.Era algo que ele precisava para se manter acordado durante suas noites de trabalho.A cozinha era espaçosa, e a máquina de café não estava muito longe de Clara, mas ela não ousava dizer uma palavra.Simão já podia sentir o aroma do café e entrou na cozinha.Ele não olhou para a empregada de costas para ele e colocou a xícara sob a máquina.A máquina de café tinha uma função de aquecimento breve, o que s
O celular estava no bolso do vestido de Clara e ela não sabia quem estava ligando. Mesmo que o tenha colocado no modo silencioso, as chamadas continuavam a chegar, uma após a outra.Provavelmente, ela não havia rezado com seriedade antes de sair de casa hoje.O toque do celular persistia, como se fosse continuar tocando indefinidamente se ela não atendesse.Clara sentiu que não tinha para onde fugir. Em sua mente, ela já estava pensando em como explicar para Simão quando ele visse seu rosto e como fazer para que ele não a colocasse imediatamente em sua lista negra.Naquela noite chuvosa, lá fora ouvia-se o barulho da chuva, e dentro, apenas o toque do celular.Clara baixou a cabeça e tentou pegar o celular.- Sr. Simão, na verdade eu...Antes que ela pudesse terminar a frase, houve um trovão lá fora, embora sem relâmpagos, o quarto continuou na escuridão.Devido ao trovão repentino, Simão não conseguiu ouvir claramente a mudança no tom de voz que era exclusivamente dela.Caso contrár
Aquela expressão facial denunciava imediatamente que ela tinha más intenções. Rafaela, sem especificar se estava se referindo a Clara, deixou a jovem à vontade e passou ao lado dela.Rafaela pensou: “Eu achei que estava sendo bastante óbvia, e ainda assim fui completamente ignorada por ela? Essa mulher maldosa!”Rafaela deu passos largos em direção a Clara, mas viu que esta já havia batido na porta do escritório de Simão.A voz dele veio de dentro.- Entre.Clara entrou, bloqueando Rafaela do lado de fora, pronta para causar problemas.Rafaela se aproximou muito rapidamente, quase batendo o nariz na porta fechada. Ela deu alguns passos para trás, tentando manter a compostura.Os dentes quase se quebraram enquanto ela olhava fixamente para a porta do escritório. Ela deu um sorriso frio e percebeu que teria que ligar para a prima de novo.Ela se dirigiu a um canto e ligou para o telefone de Gabriela.Gabriela atendeu rapidamente, com uma voz suave.- Rafaela, o que aconteceu agora? Si
Ele baixou os olhos, sem encará-la.Com um olhar de relance, ela pegou os documentos na mesa e organizou-os cuidadosamente.Um som de batida na porta ecoou, seguido pela voz de Rafaela:- Presidente Simão.- Entre.Ele afastou o olhar, concentrando-se completamente no computador à sua frente.Rafaela lançou um olhar a Clara e sorriu ao se aproximar rapidamente.- Minha prima acabou de me ligar, dizendo que comprou um presente para você e que ele foi entregue com urgência. Presidente Simão, aqui está.Para provocar Clara, Rafaela abriu o estojo de abotoaduras.- Minha prima quer saber se você gosta. Se não gostar, o entregador está esperando lá embaixo, e você pode escolher um estilo diferente.Clara notou imediatamente que aquelas abotoaduras eram idênticas às que ela havia dado a Simão.Na época, quando comprou as abotoaduras, estava cheia de remorso e as escolheu com cuidado. Agora, entendia a intenção de Gabriela.No entanto, isso parecia um exagero e demonstrava que Gabriela estav