Fazer qualquer coisa por ele?Estar disponível a qualquer momento?Entregar três refeições por dia no Grupo Santos?Nenhuma dessas condições realmente interessava a Simão.Mas ao perceber a ligeira aflição em seu rosto, ele sabia que era movida pela culpa.Vendo Clara tão humilde, Rufino, parado à porta, não suportou mais.Clara era uma pessoa talentosa, uma graduada de destaque da Universidade da Cidade C. Mesmo que aquele homem fosse rico, ele não tinha o direito de humilhá-la assim, não é?- Clara, o que você está fazendo? Você, uma graduada de uma universidade renomada, vai se tornar empregada doméstica para ele? Isso é uma humilhação. – Disse Rufino.Ao ouvir as palavras sem sentido de Rufino, Clara apertou os lábios.Simão não sabia exatamente o que Rufino estava furioso dizendo, mas ouviu claramente a palavra "humilhação".Inicialmente, ele não estava interessado nas condições propostas por Clara, mas ao ouvir a forma como Rufino falou, ele calmamente girou o pulso ferido:- Voc
- Eu te vi naquela estrada uma vez e imaginei que você também tivesse uma casa lá. – Disse Clara.Ela ficou feliz por ter encontrado Simão enquanto passeava com o cachorro, Luke.Ao ouvir isso, Simão lembrou que a perna de Clara parecia estar ferida, mas durante o tempo no hospital, parecia que ninguém havia cuidado do ferimento dela.Durante toda a viagem, ela não mostrou nenhum sinal de desconforto. Seria que ela estava se forçando?Clara estava realmente se esforçando, pois cada pisada no acelerador era uma dor torturante.Mas ela tinha que fazer algo por ele, já que ele havia se machucado gravemente e havia perdido a festa. Ela não se sentia bem consigo mesma se não fizesse nada.Ela não queria dever nada a Simão de qualquer forma.- Presidente Simão, eu só sei que você tem uma casa lá, mas não sei exatamente qual, pode me mostrar quando chegarmos? - Disse ela.Continuando a atuação até o fim.Simão se recostou no banco, com o olhar calmo fixado nela.Clara tinha uma sensação de d
Simão franziu a testa novamente, pensando que ela era realmente teimosa.- Ok. – Respondeu ele.Clara suspirou aliviada com a falta de resistência dele e sentiu-se tocada.- Ótimo, estarei lá pontualmente. – Disse Clara.Ela aplicou o spray analgésico, aliviando um pouco a dor no tornozelo. Em seguida, abaixou a cabeça e organizou a caixa de remédios, colocando-a de volta no armário do hall de entrada.Ao fechar a porta, ela disse uma última coisa:- Descanse bem, então.A expressão de Simão ficou ainda mais fria, uma sensação difícil de descrever.Abafado, desconfortável.Ele desfez a gravata, como se esse gesto dissipasse parte daquela emoção inexplicável.Porém, ao desfazer a gravata, o movimento envolveu a mão ferida, fazendo-o franzir ligeiramente a testa devido à dor.Era apenas uma mulher com quem ele não tinha muita intimidade, não havia necessidade de se importar com ela.Clara nem sequer se importou com o que Simão poderia estar pensando, pois estava com pressa para resolver
Clara não disse uma palavra, mas Sarah sentiu uma humilhação como nunca antes.Foi somente quando Leonel, ainda a acariciando, percebeu a estranheza dela e olhou para cima, encontrando Clara, que ambos ficaram paralisados por um momento.Após reagir, uma raiva momentânea passou pelos olhos de Leonel.- Clara! - Ele soltou bruscamente Sarah e avançou em direção a ela.Clara franziu a testa, sem entender de onde vinha essa raiva sem motivo aparente de Leonel.- Chefe Leonel. - Ela o cumprimentou de forma educada, embora as ações anteriores de Leonel fossem claramente contrárias ao espírito de cooperação. No entanto, ela não queria criar problemas para si mesma.- Clara, você é realmente ardilosa. Não faço ideia de que truque você usou, mas o Nico retirou o contrato comigo por sua causa! Trabalhamos juntos por três anos, eu achava que você era diferente das outras mulheres, mas aparentemente você também é uma prostituta que se deita com as pessoas! – Xingou Leonel.A expressão de Clara fi
Clara estava extremamente cansada naquele momento, e se Simão tivesse chegado um minuto depois, ela provavelmente teria adormecido encostada na parede. Então, quando ouviu o som das portas do elevador se abrindo, seus olhos brilharam e ela olhou para cima, assumindo imediatamente uma postura respeitosa.- Oi, Presidente Simão. – Disse ela.A expressão de Simão suavizou um pouco ao notar o leve brilho em seus olhos, e ele entrou no quarto passando o cartão. Clara o seguiu e colocou a marmita térmica na mesa de centro.- Presidente Simão, aqui está a sopa para esta noite.A marmita térmica era rosa e parecia bastante requintada. Simão nunca imaginou que Clara usaria uma marmita térmica dessa cor. Ela sempre transmitia uma imagem profissional e só falava sobre assuntos relacionados ao trabalho.Um lampejo de surpresa passou pelos olhos de Simão, mas ele apenas desabotoou dois botões do terno.Após entregar a sopa, Clara estava prestes a sair, afinal, ficar sozinha com um homem naquele
Carlos era um roteirista que era especializado em captar pequenos detalhes para começar a criar.Naquela noite ele acertou em cheio, Simão e Clara realmente estavam juntos no mesmo quarto. Embora não estivessem na cama, para Simão isso já era uma exceção. Além disso, ao entrar no quarto, ele viu Clara com grande parte do pescoço exposto. Qualquer mulher que colocasse as roupas de um homem sobre si mesma teria um certo charme. A escuridão da noite era especialmente propícia para o surgimento de sentimentos intensos. Simão franziu o cenho e entrou diretamente no quarto principal. Ele sentiu que o banho que tinha acabado de tomar não estava certo e deveria tomar um banho frio. Ao mesmo tempo, ele ficou cada vez mais irritado, quem dormiria tão desarmada no quarto de um cliente masculino? Será que ele estava pensando demais ou Clara estava com outras intenções desde o início? O olhar de Simão caiu sobre um cobertor na cama e ele se lembrou de que ela ainda estava com o paletó. Ele
Clara suspirou aliviada, sentindo-se exausta.Mas ela não queria ficar lá até o amanhecer, então ela silenciosamente limpou os cacos do chão, certificando-se de que não havia resíduos, pegou o lixo do quarto, esquecendo até mesmo a sua marmita térmica, e saiu diretamente pela porta.Para sua surpresa, ao descer as escadas, ela acabou cruzando com Sarah.Sarah mancava ao andar, resultado das relações violentas que tinha com Leonel na cama.Enquanto Clara também caminhava de forma estranha devido ao tornozelo machucado.Sarah a viu e deu uma risadinha. As posições das duas eram surpreendentemente semelhantes, saindo do hotel no meio da noite. Era fácil adivinhar o que Clara estava fazendo.Ela pensava que Clara era tão virtuosa, mas na verdade era igual a ela, envolvida secretamente com homens na cama.Sarah riu friamente, cruzou os braços e, dentro do elevador, olhou para Clara de cima a baixo, em um olhar de desprezo:- Com quem você dormiu esta noite? Parece que você está bastante can
Simão estava com as mãos enfaixadas, tinha acabado de chegar ao Grupo Santos quando encontrou Rafaela.Rafaela não se atreveu a ser tão insolente como antes e apenas olhou preocupada para suas mãos.- Presidente Simão, o que aconteceu com suas mãos? - Perguntou ela.Simão franziu a testa e respondeu: - Me machuquei.Ele não disse mais nada e entrou no escritório.Quando a recepcionista se aproximou e bateu na porta, tentando entrar no escritório, Rafaela ficou com uma expressão desagradável.Rafaela rapidamente a impediu:- Você tem algum agendamento? Você não é da alta administração, então não entre quando quiser.A recepcionista era bastante bonita, afinal, só uma pessoa atraente poderia trabalhar na recepção do Grupo Santos.- Srta. Rafaela, alguém enviou um presente para o presidente e me pediu para trazer. - Disse a recepcionista.O rosto de Rafaela ficou ainda mais descontente e ela pegou o presente de forma brusca.- Eu mesma vou entregar, você volte para a recepção.Rafaela fo