Minha consciência ia e voltava várias e várias vezes, mas a dor não cessava, só continuava mais forte. Entre minhas idas e vindas de consciência, Gael não sairá a nenhum momento do meu lado, assim como prometera. Nem ele nem uma mulher que se chamava Maitê , que descobri ser esposa de Gael. Ela era tão gentil quanto ele.
Uma garota de cabelos curtos e sorriso doce também vinha me ver. Jenna o nome dela. Ela falava bastante, mas isso era bom, não me distraia da dor, mas me ajudava de certa forma. Ela dizia que seríamos ótimas irmãs.
O fogo cessou em meu pescoço e ombros e se alastrou por meus braços. E mais um grito saiu de minha garganta. Eu apertei fortemente a mão de Gael que pareceu não se incomodar.
- Shh_ Ele acariciou meus cabelos_ Se eu pudesse acabaria com seu sofrimento
Gael começou a falar como seria minha vida depois que o processo de transformação acabasse. De como seria a nova eu. Nova eu. Isto era engraçado já que eu não fazia ideia de quem eu era. Exceto meu nome. Mas não havia mais nada. Era uma completa tela em braço.
E assim se foram um dia.
Era metade do segundo dia e eu havia amassado duas macas. O tal de Calebe achou isso incrível e disse que seria ótimo ter alguém a altura para brigar.
- Qual é nome dela ?_ Maitê perguntou a Jenna.
- Allegra. Bonito não ?_ Disse sorrindo_ Ela também é incrivelmente bonita, mesmo ainda sendo humana
- Sim, ela é. Imagina quando a transformação estiver completa ? Ficará incrível_ Houve um resmungo na sala, parecido com um rugido e depois uma risada._ O que foi ?
- Amélia está incomodada por vocês a acharem mais bonita_ Houve algumas risadas e em seguida mais um rugido e um bater de porta. Não escutei mais nada depois, ficou tudo embaçado, eu estava mais uma vez perdendo consciência.
Durante o terceiro dia a dor se instalou por todo o meu tórax, eu me arranhava na tentativa falha de acabar com a dor.
- POR FAVOR...ME MATA...ISSO QUEIMA_ Disse desesperada, de repente senti mãos envolta do meu pescoço, o apertando.
- Calebe_ A voz de Gael foi ouvida_ O que está fazendo ? Se afaste_ Ele tentou puxar Calebe para longe de mim, mas este era mais forte. Minha respiração já estava falha devido às mãos fortes apertando em volta do meu pescoço_ Vince , Finn _ Gael gritou e em seguida os dois entraram no local e ajudaram Gael a tirar Calebe de perto de mim. Fora um grande trabalho trazer lo de volta a normal, parecia em transe ou algo assim.
- Eu...Eu não sei o que aconteceu_ Calebe explicava_ Ela disse para mata lá e depois eu só lembro de estar lá, fazendo o que ela pediu.
- Hmn..._ Gael murmurou_ Interessante...
- O que é interessante Gael ?_ Jenna perguntou.
- Talvez...é possível que seja um dom_ Disse mais para si do que para os outros_ Quando estava a trazendo para cá, ela me pediu para mata lá, e eu me senti tentado a fazer lo.
- Um dom assim... É extremamente perigoso_ Vince disse e todos ficaram em silêncio.
No quarto e último dia minha cabeça começou a queimar, a dor estava ainda mais insuportável, eu arranhava meu rosto na tentativa de fazer a dor parar, por mais que não fosse adiantar.
- QUEIMA...QUEIMA
- Onde queima filha ?
- MINHA CABEÇA...AAHHH_ Apertei as laterais da maca a amassando.
- Já está acabando_ Ele começou a acariciar meus cabelos e ficou do meu lado, repetindo que iria ficar tudo bem, que logo tudo acabaria.
Eu já ouvia tudo. Conseguia sentir cheiros distantes, e ouvir também. Meu coração disparou, minha respiração ficou dicompasada. Eu me sentia diferente, era eu mesma, mas havia algo há mais.
Meu coração falhou uma batida.
Minha respiração cessou.
Mais quatro batidas.
Os espamos pararam.
Mais três batidas.
A dor e a queimação foram embora.
Mais uma batida.
Meu coração parou.
(...)
Quando abri meus olhos foi algo totalmente diferente. Eu podia ver cada partícula de poeira, cada detalhe nos quadros do local que eu estava. Era tudo tão novo, tão incrível.
Mas havia algo estranho. Meu coração ainda batia, eu ainda respirava. Isso estava errado, não podia ser. Eu havia morrido. Tinha certeza disso. Então, como ?
- Não sabemos também_ Uma voz suou a minha frente. Levantei meu olhar até ela. Um homem de cabelos castanhos, pele extremamente clara e olhos dourados. Era Vince, eu reconhecia a voz, mesmo estando um pouco diferente.
- Vince ?_ Ele acentiu dando um sorriso que eu retribui.
- Como se sente filha ?_ Filha ? Só Gael me chamava de forma tão amorosa. Olhei para ele. Loiro, pele branca e olhos dourados como Vince. Ele era lindo.
- Incrível, mas estranha. Era para meu coração está assim ? Batendo ? Eu senti ele parar_ Disse colocando a mão sobre meu peito só patá ter certeza de que não estava delirando.
- Como Vince disse, nos também não sabemos. É algo que nunca vi antes_ O olhei preocupada
- Isso é... oque isso significa ?
- Significa que você é diferente. Só isso_ Ele disse com a voz calma. Calma demais. Como ele poderia estár assim ? Eu era algo diferente deles. Algo que eles nunca viram antes. As coisas que eles me explicaram antes não se aplicavam a mim. Eu...Eu..
- Allegra se acalme_ Vince disse e eu olhei para ele incrédula. Como ele pode pedir isso ?
- Me acalmar ? É fácil pedir isso quando não é com você_ Me levante, e foi rápido de mais, quase perdi o equilíbrio. Todos ficaram tenso, alertas. De repente uma tranquilidade estranha se fez presente. Eu me sentia calma.
- Filha_ Gael se aproximou de mim, tocando me braço e me fazendo sentar de volta na maca. Eu suspirei, fechando brevemente os olhos_ Sei que é difícil, mas tente manter o controle.
- Eu estou calma. Não sei como mais estou_ Ele se sentou a minha frente, segurando minha mão. Sua pele fria me causava um pequeno arrepio, nada muito incômodo.
- Não se preocupe com isso_ Vince disse e todos o olharam_ Ela está preocupada com o que ela é. Porque acha que o que dizemos não se aplica a ela, já que não somos iguais_ Eu apenas concordei com ele.
- Não se preocupe com isso querida_ Maitê disse com um sorriso doce. Ela era tão linda, e sua voz me deixava calma_ Como se sente ?
- Minha garganta está queimando_ Digo passando a mão na garganta, tentando aliviar a queimação.
- Você está com sede_ Uma voz que eu ainda não tinha ouvido se fez presente. Deveria ser Finn, já que era a única voz que eu não tinha escutado quando estava em transição.
- Antes de ir caçar, gostaria de se ver ?
- Jenna, ela não mudou tanto. Esta mais bonita, mas não mudou muito_ Vince resmungou.
- Sim, eu quero_ Sorriu minimamente para a baixinha, está que bateu palmas indo pegar um espelho.
- Você não mudou muito_Olhei para quem tinha falado. Era loira, pele e olhos como os dos outros. Certamente Amélia. Ela é lindíssima.
- Talvez. Mas..._ Parei minha frase. Talvez eles achassem estranho o fato de eu não me lembrar de nada.
- Você não se lembra de nada ?_ Vince perguntou. Eu havia esquecido que ele era um leitor de mente. Muito invasor_ Desculpe
- Tudo bem. Respondendo a pergunta, sim. Eu não me lembro de nada, há não ser meu nome_ Todos me encararam surpresos. Maitê tinha um olhar de pena e isso me deixava meio desconfortável.
- Isso é estranho_ Calebe falou. Ele era grande, muito grande, parecia um urso, e parecia menos branco que os outros, os olhos também era dorado.
- Eu sou estranha se não percebeu_ Digo de uma ríspida. Ele apenas sorri levantando as mãos.
- Vem_ Jenna me puxou pela mão até a frente do espelho que tinha ido buscar.
Encarei a garota no espelho. Ela era muito linda. Pele morena, olhos azuis, lábios e bochecha rosados. Não havia mancha ou algum tipo de ruga, parecia que todos os defeitos que eu poderia ter tinham sido apagados. Era um rosto extremamente sedutor. Toquei minha pele, diferente da de Gael era quente. De certa forma, eu ainda me sentia humana. Se não fosse pela queimação em minha garganta e o fato dos meus sentidos estarem bem mais apurados, eu ainda seria uma humana comum.
-Então ?_ Pergunto animada.
- Eu...sou bonita_ Sorri para ela.
- Claro que é_ Disse ainda com sua voz animada_ Da até uma pouco de inveja_ Falou brincalhona me fazendo rir.
- Acha melhor levá lá para caçar agora_ Finn disse se levantando_ Eu faço isto Gael_ Ele apenas assentiu_ Vamos Allegra ?_ Olhei para Gael, ele sorriu doce para mim e acentiu com a cabeça. Eu e Finn saímos de casa, indo para a floresta.
- O que iremos caçar ? Quer dizer, eu tenho que beber sangue não é ?_ A simples menção da palavra já me deixava com mais sede.
- E é por isso que iremos caçar. Nossa família mantém uma alimentação diferente, só nos alimentamos de sangue animal_ Isso me deu um aliviu. Mas será que eu conseguiria manter a mesma dieta deles ? Eu já não era como os outros vampiros, talvez eu também não consiga me alimentar como eles também. Isso me deixava aflita_ Não se preocupa. Sou novo nisso também.
- Você é novo como eu também ?_ Indaguei curiosa.
- Não. Sou novo na dieta animal.
- Você já...
- Sim, já me alimentei de sangue humano, até conhecer Jenna. Ainda estou me acostumando_ Balanço a cabeça em compreensão. A ardência em minha garganta não era tão incômoda quanto Gael me disse que seria. Era, de certa forma, suportável. Finn e eu seguimos pela floresta, ele me explicava que eu estava em um estado de morto-vivo, ou algo assim. Não me sentia assim, afinal, eu ainda respirava e meu coração ainda batia.
De repente um cheiro um tanto atrativo me chamou atenção, fazendo eu parar minha corrida quase de imediato. Eu podia ouvir o coração e a respiração acelerada do humano que estava ferido. Tinha se machucado ao cair de uma árvore. O ardor em minha garganta havia se intensificado. O cheiro era atrativo e deveras apetitoso.
- Allegra mantenha o controle. Não faça isso_ Finn disse se colocando na minha frente_ Irá se arrepender se o fizer. Se concentre em mim, na minha voz_ Um rosnado saiu de minha boca e eu fecho meus olhos, prendendo a respiração.
- Me tira daqui_ Digo em um murmuro. Ele imediatamente segura minha mão e me faz correr com ele para o mais longe possível do cheiro do humano. E finalmente eu solto o ar de meus pulmões, respirando aliviada.
- Isso é incrível. Nunca vi um recém-criado ter tanto controle_ Ele diz com um sorriso mínimo, mas orgulhoso_ Certo. Vamos saciar logo sua cede.
- O que eu faço ?
- Você só precisa se concentrar nos sons a sua volta e deixar que seus instintos te guie_ Apenas confirmo com a cabeça e faço o que ele disse.
Fecho meus olhos me concentrando nos sons ao meu redor, ouço a respiração de um animal próximo a nos, seu coração ressonando em meus ouvidos. Eu apenas deixei meus instintos meu guiar. Me lancei em sua direção e é cai sobre ele, era um leão-pardo. Ele tentou lutar contra mim e até mesmo me morder, mas sua força não era nada comparada a minha. Cravei minhas presas em seu pescoço e logo senti o líquido correr por minha garganta, aliviando o ardor da mesma. Era uma sensação única, tão satisfatório.
Quando notei que já não havia mais sangue no cadáver, me levantei. Minha roupa que já não estava no melhor estado, agora estava ainda pior.
- Como se sente ?_ Finn perguntou me encarando.
- Bem, muito bem. Eu não sei descrever. É simplesmente...
- Prazeroso ?
- Isso_ Sorriu limpando o canto da minha boca_ Mas eu ainda estou com sede. Isso é normal ?
- Sim_ Ele sorriu_ Eu encontrei alguns ursos perto daqui. Alguns deles deve bastar.
- Então vamos_ Falei animada. A adrenalina que corria por mim era simplesmente incrível. Ele correu para o norte e eu segui. Sentia que poderia correr um continente inteiro e não iria me cansar. Era maravilhoso está nova vida.
(...)
- Você é realmente incrível_ Finn elogiava meu alto controle mais uma vez.
Estávamos entrando em casa, a caçada havia sido incrível. Fora o momento que eu quase atravessei a fronteira das terras de La Push. havia me explicado sobre o tratado que eles fizeram com os Quileutes, homens-lobos. O tratado permitia que nós nos alimentasse sem restrições, mas não poderíamos ferir nenhum humano e nem atravessar a fronteira das terras deles. Era simples de certa forma. Mas havia algo me atraía para lá. Resolvi apenas ignorar isso. Não queria trazer problemas para minha nova família.
- Por que ela é incrível ?_ Calebe perguntou assim que pusemos os pés dentro de casa. Estavam todos na sala.
- O auto controle dela. Se controlou perto de um humano que estava ferido. Até eu tive um pouco de problema com isso.
- Já era de se esperar. Ela é toda estranha_ Calebe comentou me fazendo rir de leve. Ele tinha certa razão.
- Bom, não quero saber como foi a caçada. Só quero te vestir em uma roupa digna da sua beleza, essa está péssima_ Jenna me puxou pela mão escadas acima, para seu quarto_ Você vai pro banho. Eu vou separar uma roupa para você_ Ela não deu tempo para que eu respondesse, me empurrou para o banheiro. Retirei minhas roupas - se é que isto pode ser chamado de roupa- e as coloquei dentro do cesto de lixo. Liguei o chuveiro deixando a água cair sobre meu corpo, tirando o sangue e terra de minha pele.
Sai do banheiro e não vi Jenna no quarto. Sobre a cama havia um vestido azul com algumas flores brancas estampadas nele. Era muito lindo e delicado. Imediatamente eu o vesti. Ficou perfeito em mim. Me olhei no espelho mais uma vez. Eu me sentia bem com a imagem que via. Passei um batom rosa que Jenna tinha deixado junto ao vestido e prendo meu cabelo em um coque alto.
Quando desci as escadas, todos ainda estavam na sala. Vince estava sentado no piano, tocando. Era uma melodia calma e muito bonita. Ele era realmente talentoso. Finn e Celebe jogavam xadrez sobre os olhares de Amélia e Jenna. Gael e Maitê estavam sentados no sofá, abraçados. Eles formavam um belo casal.
- Está lindo querida_ Maitê disse com seu sorriso amável.
- Obrigada_ Sorriu para ela terminando de descer as escadas_ Obrigada a todos vocês na verdade, por cuidarem de mim. E obrigada Gael por não ter me deixado na floresta. Não sei o que eu faria se ficasse lá, sozinha.
- Eu seria incapaz de fazer isso_ Disse calmo_ Quando tive eu senti de imediato um carinho por você. Como se realmente fosse minha filha_ Disse com um carinho que me deixou emocionada_ Então não me agradeça. Pois eu que sou grato por ter uma filha como você, se você me aceitar como um pai, é cl_ Não dei tempo dele terminar a frase. Já estava o abraçando, sentia meu rosto molhado. Eu estava chorando.
- Claro que eu te aceito_ Ele me apertou em seus braços e logo senti mais alguém me abraçando também. Levantei a cabeça e vi que era Maitê.
- Espero que me aceite como mãe também_ Eu apenas a abracei de volta, e isso foi o suficiente para ela entender.
- Parece que temos uma caçula agora. Vou ter a quem ensinar a jogar_ Calebe disse. Eu me virei para ele sorrindo e o mesmo me abraçou, me tirando do chão. Um verdadeiro abraço de urso. Assim que ele me pôs no chão, Jenna me puxou para um abraço.
- Terei alguém a quem vestir_ Ela disse animada, me apertando
- Ela quer dizer que terá uma boneca_ Finn brincou e a morena deu língua a ele, fazendo todos rirem_ Bem vinda a família Alle_ Ele me abraçou e todos pareciam um pouco surpresos com isso, mas ninguém disse nada. Eu me sentia bem perto dele. Me sentia calma e de certa forma protegida.
- Vai ser bom ter uma irmã mais nova_ Vince saiu do piano e veio até mim, e eu o abracei. Assim que me afastei do abraço ele limpou minhas lágrimas_ Você ainda chora. Que estranho_ Disse com uma careta, eu apenas ri baixo.
- Ela é estranha_ Amélia disse. Eu me virei para ela, não sabia se podia ou não a abraçar. Ela parecia não gostar de mim_ Quero pedir desculpas por minha atitude infantil. Saiba que ficarei feliz em ter uma irmãzinha tão bonita_ Ela de um sorriso, um sorriso muito lindo. Eu praticamente me joguei nela, abraçando apertado e ela fez o mesmo_ Pirralha.
- Obrigada_ Disse em um sussurro. Era uma sensação otima, de completa felicidade. Não sabia se já tinha me sentindo assim antes, e não me importava saber. O que me importava agora era que eu tinha uma família. Uma família que mesmo em tão pouco tempo, eu já amava e sentia que era recíproco.
Já haviam se passado seis meses desde que fui transformada, desde que fui acolhida pelos Roux. Eu me sentia muito bem com eles, cada um tinha um jeito carinhoso de me tratar. Até Amélia, ela era a que eu tinha mais certeza que iria me tratar com indiferença ou frieza, mas não, ela é um amor comigo, um pouco mandona, mas um amor.Jenna havia comprado um monte de coisas para mim, roupas, sapatos e bolsas de marca. O quarto de hóspedes virou meu quarto, e eu simplesmente amei ele, Gael me deu carta barca para fazer o que eu quisesse com ele, e com a ajuda de Maitê, que é design, ele ficou incrível. Amélia insistiu com Gael para que ela me ensinasse a dirigir e depois disto feito, ela me deu um carro de presente, um que eu amei.Eu já estava bastante habituada a minha nova vida. Não me refiro só ao fato de eu ser uma vampira e sim a minha vida como uma Roux. Mas havia algo que estava me incomodando, me deixando nervosa na verdade. Hoje s
"Querido diário,Não sei exatamente o que devo escrever. Ou pelo menos como deve começar. Maitê lhe deu a mim para que eu escrevesse tudo o que acontecer comigo, meus pensamentos, minhas lembranças.Principalmente minhas lembranças. Acho que ela tem medo de que eu tenha outra perda de memória. Confesso que eu também tenho.Também estou fazendo um álbum de fotos, Jenna me deu uma câmera linda de presentes. Eu sou boa nisso, em registrar momentos, em encaixa-los em pequenos quadrados.Enfim, espero que você aguente minhas frustrações, porque no momento são tudo que eu estou tendo. E o motivo delas é um simples nome: Vince."Fecho o diário, o colocando na mesa de cabeceira. Me joga na cama, suspirando fundo. Cansada, era assim que eu vinha me sentindo nos últimos dias, desde de que Vince foi embora.Já haviam se passado três dias, e ele nem ao menos ligou para dizer se estava bem. Eu não deveria
Vince havia voltado do Alasca, e todos nós estávamos contentes, principalmente eu. Porém eu estava preocupada com ele, toda a família estava. Por um simples motivo - ou não tão simples assim -, Vince havia achado a humana interessante e não era só pelo sangue, que era muito atraente para ele, e muito mais cheiroso do que todos os humanos que havia conhecido.Tinha algo a mais. Talvez pelo fato dele não conseguir ler a mente dela, ou eu não conseguir manipula lá, sim, eu já havia tentado manipula lá. Eu poderia dizer que Brien é estranha, e de fato ela é, mas devido ao fato de eu ser uma vampira totalmente incomum, eu não tenho esse direito.Nossa família ainda não havia decidido o que fazer sobre o caso da humana, mas já era possível ver que alguns já tinha suas opiniões formada
Vince acabou acompanhando Brien até o hospital, e Jenna teve que levar seu carro. Nos estávamos voltando para casa, precisávamos avaliar a situação. Amélia e Calebe estavam na sala, Jenna e Finn resolveram ficar juntos a eles.Eu conseguia entender a raiva de Amélia. A atitude de Vince foi impensada e irresponsável. Eu entendia que Brien era importante para ele, mas que isso, a garota agora era sua vida. Mas ele acabou colocando nossa família em uma situação delicada.Quando finalmente entrei em casa, pude sentir o quão tenso estava o clima.- O que foi ?_ Perguntei a Amélia que me encarava.- O que foi ?_ Ela disse um pouco alta_ Por que não o impediu ? Poderia ter feito isso.- Como se eu fosse capaz de prever o que ele iria fazer. A vidente aqui é a Jenna_
Vince não iria voltar tão cedo para casa, ele precisava deste tempo. Há única coisa que nos restava fazer era esperar. Todos pareciam entretidos com algo. Menos eu. Eu não conseguia me concentrar em nada.No momento estava em meu quarto, havia acabado de passar tudo oque aconteceu nas últimas horas para o meu diário. De certa forma eu me senti mais leve com isso. Agora eu estava fazendo alguns rascunhos aleatórios em um caderno. Eu descobri que eu era boa nisso, em desenhar. Escutei passos no corredor, Gael estava vindo para o meu quarto. Logo escutei batidas na porta.- Entra_ Disse sem me virar para porta, ainda rabiscando o caderno. Ele passou pela porta e a fechou novamente. Ele se sentou ao meu lado, me olhando com um sorriso.- Não faz ideia do quanto eu estou orgulhoso_ O encarei confusa.- Porquê ?- As coisas que você disse hoje, o modo como defendeu Brien. Escolheu pr
Quando as aulas acabaram eu me demorei para sair da sala, e consequentemente eu fui a última a chegar no carro. O carro de Vince não estava ali, e eu fiquei totalmente agradecida por isso, não iria ser nada agradável aturar ele agora. Jenna iria voltar comigo e Finn com Amélia e Calebe. A morena obviamente já sabia dos meus planos com Brien hoje.- Não, eu não quero saber o que você viu_ Disse quando nos duas já estávamos no carro, a caminho de casa.- Esse é o problema. Eu não vi nada além de uma névoa estranha_ Olhei de canto para ela, com uma sobrancelha arquiada_ Eu vejo você indo para casa de Brien, mas depois disso, nada, apenas a maldita névoa.- Isso é estranho. Suas visões não costumam falhar desta forma. Você acha que seria melhor eu não ir ?- Não, vai e se divirta_ Ela sorri para mim_ Não se esqueça que você é só uma adolecente, tem que fazer coisas de adolescentes_ Sorriu pra ela, balançando min
Na sexta, meus irmãos e eu não iríamos comparecer a escola, o motivo era simples; o sol resolveu dar as caras em Forks, e meus irmãos, bem, não podiam andar ao sol. Já eu só iria ficar em casa para não levantar suspeitas, já que todos achavam que nossos pais nos colocavam para fazer trilha em tempos assim.Pensei que eu dormiria a manhã inteira, exato, pensei. Amélia me acordou cedo, por volta de umas sete e meia, teríamos visitas inesperadas, nossas primas do Alasca, as LeBlank, viriam nos ver. Eu estava empolgada para conhecer novos vampiros que levavam uma vida parecida com a nossa, mas ainda estava com sono.- Eles chegaram logo_ Jenna disse_ Não se preocupe Alle, vão gostar de você.- Não tô precupada se vão ou não gostar de mim_ Digo arrancando uma risada dos meus irmãos. Na verdade eu estava um pouco precupada.- Tem certeza ?_ Vince pergunta após ler meus pensamentos.
Havia se passado um bom tempo desde a visão de Jenna. Todos estavam preocupados ou ansiosos, ou apenas curioso em relação a qual decisão iria ser tomada.- Vince chegará em dois minutos_ Jenna anunciou e depois seguiu para fora para recebe-lo, enquanto o resto de nos seguiu para sala de jantar e sentamos cada um em um lugar. Eu fiquei ao lado de Gael, com Maitê atrás de mim, Calebe encostou na parede junto a Finn.Vince parouo carro em frente a casa. Jenna e ele passaram um bom tempo conversando, que dizer, a conversa foi mais da parte de Vince, obviamente ele estava lendo os pensamentos de Jenna e a respondendo, então ficava difícil saber exatamente do que eles estavam falando.Vince não entrou em casa, pelo contrario, ele seguiu para dentro da floresta, onde não poderíamos o ouvir, mas antes ele chamou Gael para conversar.Não demorou muito e eles retornaram, Jenna parecia muito conte