- O motivo, eu não posso te falar, apenas queremos coisas diferentes. - Respondi. Mas ele não ficou satisfeito. - E o que você ia mostrar? - Eu... - Ia falar a verdade, mas mudei de ideia. - Eu apenas ia te mostrar o que sei fazer de diferente dos outros lobos, era apenas um truque, mas sem a Beck não posso mostrar. - Menti. Ele me olhou sério, então desceu o olhar para os meus lábios por um instante. E criou um clima estranho entre nós. Então ele apenas se levantou e se despediu, indo embora. Fiquei olhando para a mata, queria muito ir correr mas sem a Beck seria impossível. Então voltei para casa. No dia seguinte na escola, foi minha vez de ficar olhando Luan que parecia evitar até mesmo meu olhar. No final do intervalo, quando todos voltavam para as salas de aula, me escondi atrás de um dos pilares do corredor e quando Luan passou, puxei ele pela camiseta. Ele bateu em meu peito com o puxão e ficamos com os rostos bem próximos. Eu só queria pedir para que ele não contas
Na noite da festa do pijama, Camille passou em minha casa e fomos para casa de Raíssa. Ela usava uma Camisola branca de cetim, até meia coxa com um robe combinando por cima e nos pés um tamanco com pelinhos também brancos em cima. Eu decidi ir com um baby Doll preto de cetim e o robe por cima e tamanco de pelinhos pretos nos pés. Chegamos na casa de Raíssa, as duas estavam em frente de casa esperando por nós. Raíssa nos recebeu com um beijinho no rosto e nos convidou para entrar, ao abrir a porta nos deparamos com a sala repleta de convidados, música pulsante e muitas bebidas. Olhares curiosos e sorrisos maldosos nos cercaram. Eu troquei um olhar de vergonha e constrangimento com Camille, ficando corada. Sem acreditar que havia caído nessa. Raíssa e Kênia explodiram em risadas e a sala toda as acompanhou. Camille virou as costas para sair, mas segurei em seu braço a puxando para dentro. Fui até o meio da sala, tirei meu robe, peguei uma das garrafas de cerveja de bandeja e c
Quando acordei já estava quase na hora do almoço, sentei na cama observando meu braço, que se curava lentamente, sem a ajuda de Beck. Comecei a lembrar do olhar de Luan para mim no carro, eu nunca havia pensado nele dessa forma, sempre o vi apenas como amigo. Somente essa semana comecei a notar o quanto ele era bonito, com seus sorriso encantador, seu cabelo loiro escuro, seus olhos incrivelmente azuis e a tensão que crescia quando estávamos muito próximos. Porque eu o beijei, afinal? Beck deve me odiar ainda mais agora. Respirei fundo, e me levantei. À noite, me arrumei para o aniversário de Matteo, e me vesti exatamente da mesma maneira que na minha visão. Cheguei na festa um pouco mais tarde, pois queria que todos já estivessem lá. Quando entrei todos ficaram olhando para mim, então me dirigi lentamente até Matteo para o parabenizar, apertei a sua mão e dei-lhe um beijo no rosto, mas ele não soltou a minha mão. Ao invés disso, ele me puxou por ela para um canto e perguntou: -
Luan Eu sempre fui apaixonado por Rebecca, seu sorriso doce, seu temperamento forte e suas atitudes. Sempre fazendo de tudo para proteger as pessoas que ela ama, como se ela fosse responsável pelos outros, como uma verdadeira luna. Desde a sua transformação, não conseguia tirar ela da minha cabeça. Sei que tem algo que ela está me escondendo, não sei o que é, mas é algo que a está fazendo sofrer muito. Depois daquele beijo no carro, estou disposto a escolher ela como minha companheira, rejeitaria quem quer que fosse minha companheira destinada, por ela. Meu coração se partiu ao vê-la chorar na clareira, então depois de levar Camille para casa decidi voltar para conversar com Rebecca, mas ela não estava mais lá, então voltei para casa. Quando acordei, meu pai me chamou para conversar no escritório. Apenas o segui, ainda sonolento. - Nossos guardas tem visto lobos negros rondando nossas fronteiras, e estou preocupado, pois não sei o que eles procuram em nosso território! - E
Rebecca Depois de me deixar voltar para casa em forma lupina, Beck se recolheu novamente e não falou mais comigo. Ela sabia que eu não tinha intenção de sair da minha alcatéia para ir atrás de Marlon. E não adiantava discutir com ela de que estava fazendo isso para protegê-lo, ela parecia não entender. Decidi falar para Luan sobre o pai dele, espero que ele consiga evitar um desastre. No dia seguinte na escola, Camille chegou sozinha e estranhei. - O Luan não veio com você? - Ele saiu com meu pai, precisa aprender sobre os negócios da alcatéia. - Ela falou tranquila, ajeitando os materiais na carteira. Fiquei nervosa com essa resposta, pois sabia que além de não conseguir impedir o Alfa Zeus de sair, ele ainda havia ido junto. Tentei respirar fundo e não pensar no pior, precisava me concentrar na aula. A tarde teve ensaio dos líderes de torcida e precisei comparecer, não é que eu não gostasse, eu até gostava, mas o problema era ter que suportar a Raíssa e a turminha
O dia das semifinais do futebol masculino finalmente chegou. A Lua Crescente enfrentaria a alcatéia Sombras da Noite em um jogo histórico. Com a permissão do Alfa Zeus, nossa matilha sairia do território para disputar o título. Infelizmente, Luan não pôde participar, ainda se recuperando da cirurgia. Após a desavença com Raíssa, eu reconsiderei minha participação, graças à insistência de Camille. Sua carinha do gato de botas, foi o suficiente para me convencer. Ao chegarmos ao ginásio de esportes, um território neutro, senti uma mistura de emoções. O ônibus parou, e vimos jovens de diversas alcatéias. Eu estava ansiosa e empolgada. No vestiário, encontramos as meninas da Sombras da Noite, que nos lançaram olhares de deboche. O jogo começou, e tudo estava normal até o segundo tempo. Nossa vitória parecia certa, mas os jogadores adversários se recusavam a aceitar a derrota. Uma falta grave contra Matteo desencadeou uma briga generalizada. O juiz perdeu o controle, Matteo trocou
A semana passou rápido e chegou a sexta feira, coloquei algumas roupas e comida na mochila, tomei um café reforçado e me despedi de meus pais, dizendo para não se preocuparem comigo pois iria dormir na casa de Camille. Com isso ganharia pelo menos um dia até que começassem a me procurar. Mandei mensagem para Camille dizendo que não iria para escola pois estava indisposta. E me dirigi à clareira. Lá me transformei, segurei a mochila com a boca e comecei a minha jornada ao encontro do meu companheiro destinado. Já sabia o caminho, mas ainda assim era um bom tempo correndo mata adentro para chegar na cabana. Cinco dias depois consegui avistar a cabana. Então parei e fiquei observando, Marlon mantinha sua rotina como eu imaginava. Caçando, pescando, cuidando da horta e treinando. No dia seguinte pela manhã vi ele descer para pescar e o segui, voltei a minha forma humana, coloquei uma roupa da mochila e fui me aproximando dele devagar, sentindo seu cheiro amadeirado, másculo, que me enl
Marlon Eu estava pescando quando fui surpreendido por uma garota linda, a princípio pensei ser alguém enviado pelos Guerreiros da noite, mas ela simplesmente disse que veio pois era minha companheira. Desde meus dezoito anos, Dom sofre por ainda não ter encontrado sua companheira, nas noites de lua cheia a dor da solidão se intensifica e ele uiva em direção a lua. Será que isso fez com que minha companheira realmente aparecesse aqui? Não, isso é impossível, essa cabana fica a alguns dias de distância de qualquer alcatéia. Essa loba atrevida só pode estar enganada! Ela parecia muito cansada e com fome, mas dava para ver o quanto ela é linda e seu cheiro natural me inebria. Quando ela saiu do banho, não resisti e a beijei, e meu lobo Dom a reconheceu com minha. Todo o sentimento de solidão saiu como mágica do meu peito, a sensação de felicidade me invadiu, cada toque dela no meu corpo fazia minha pele queimar de desejo e excitação. Parecia que toda minha vida tinha valido a pen