Rebecca Não consegui acreditar que estava chegando exatamente ao mesmo ponto do novamente. Justamente onde eu não queria chegar, Marlon parece estar decidido a voltar para Guerreiros da noite e pior para lutar contra Caleb. Precisei me sentar na cadeira quando ouvi falar isso, lembranças do seu olhar vazio e seu corpo sem vida passaram pela minha mente. Tudo que eu queria era evitar que isso acontecesse e agora tudo estava caminhando novamente para isso. Marlon notou que eu não estava bem e se aproximou tocando em meu ombro. O toque dele fez minha pele se arrepiar, e não conseguia pensar em perdê-lo novamente. - O que foi? - Ele disse. Me levantei ficando de frente para ele e olhei bem em seus olhos: - Marlon. - Falei em tom suplicante. - Promete para mim que não vai voltar para Guerreiros da noite e que nunca vai lutar contra Caleb. - Eu preciso lutar, sou primogênito, aquele é o meu lugar por direito! Eu não tinha motivos para lutar, até você aparecer, mas agora eu tenho. E
Quando chegamos, várias pessoas nos rodearam, algumas preocupadas outras curiosas e comecei a ficar nervosa. Mas então vi Luan e me dirigi a ele, sentindo alívio. Ele pediu para todos se afastarem e me levou para casa. Assim que entrei em casa, meus pais começaram a fazer uma série de perguntas nas quais eu não queria responder. Apenas subi e me tranquei no quarto dizendo que conversaria com eles depois. Tomei um banho e me deitei, pegando no sono assim que coloquei a cabeça no travesseiro. Já estava escurecendo quando acordei, desci para jantar e meu pai parecia muito chateado. - Então você mente para nós, some por duas semanas e simplesmente volta como se nada tivesse acontecido, e ainda não quer dar explicações para nós! É isso mesmo? - Meu pai disse alterando a voz enquanto falava. - Eu apenas quis explorar a floresta mais a fundo, ninguém nunca me contou o que tem lá. - Dei uma desculpa esfarrapada mas que não deixava de ter um fundo de verdade. - Mas você não tem su
Chegou o dia da grande festa de aniversário de dezoito anos dos gêmeos Camille e Luan. A festa luxuosa vai ser no maior salão de festas da nossa alcatéia que fica ao lado da prefeitura no centro da cidade. Todos os membros mais importantes da nossa cidade estão convidados, incluindo alguns alfas de alcatéias vizinhas. Meu vestido é preto longo, deixando boa parte de minhas costas à mostra. Nos pés escolhi uma sandália prata, deixei meus cabelos soltos, apliquei a maquiagem e coloquei jóias como acessórios. Ao entrar no salão vi que muitos olhares foram dirigidos a mim. Muitos ainda comentavam baixinho, inventando os mais mirabolantes motivos para minha fuga. Ao dar uma volta pelo salão, vi Caleb acompanhado de seu pai Colin e sua esposa. Meu sangue gelou, e meu coração disparou, mesmo sabendo que eles não tem ideia de quem eu sou. Preciso ter cuidado e me manter longe dos olhos deles. Encontrei Camille e Luan e os parabenizei, Camille estava radiante e Luan lindo como sempre. Me ma
Luan Minha primeira corrida com Lucas, meu lobo, aconteceu exatamente como havia sonhado durante toda minha infância e adolescência. Corri sob a luz da lua sentindo a liberdade e a força que fluíam pelo meu corpo. O vento acariciava meus pêlos, a floresta parecia um cenário de sonho. Tudo era tão mágico e incrível, eu fiquei tão feliz. Após a corrida voltamos à nossa forma humana na clareira e vestimos nossas roupas que já havíamos deixado previamente lá. Todos se despediram, agradecendo pela festa, ficando apenas Raíssa. Eu esperava que ela também fizesse o mesmo. Pois de onde eu conseguia ver as luzes da casa de Rebecca estavam acesas e eu queria muito falar com ela. Pois a festa inteira não tinha conseguido lhe dar atenção, mas consegui observar ela, enquanto dançava com o filho do Colin. E isso me deixou um pouco enciumado. Mas ali estava Raíssa. Loba atirada, dava em cima de todos os lobos mais ricos da nossa escola. E sim, eu também já tinha ficado com ela há algum temp
Rebecca Luan me pegou totalmente de surpresa com essa pergunta, me deixando um pouco constrangida por estar na frente de várias pessoas, que apesar de não terem escutado o que ele disse em meu ouvido, dava a entender ser algo íntimo. - Eu preciso pensar... - Disse gaguejando. - Por favor, Rebecca, eu preciso que você aceite! Vou até a sua casa hoje a noite para ouvir a sua resposta. - Seus olhos brilhando com esperança. Ele se afastou e fiquei pensando sobre aquilo, porque assim do nada? Luan está me escondendo alguma coisa. Já em casa, depois de jantar e tomar banho, andava de um lado para outro, pesando meus prós e contras em aceitar o pedido de Luan. Minha loba não concordava: - Já temos um parceiro! - Ela disse. - Meu parceiro não se lembra de mim! E você sabe que foi pelo bem dele que o deixei! - Gritei com ela, me lembrando da dor que senti ao vê-lo se distanciar de mim depois que o hipnotizei. Todos os dias eu luto para esquecer essa imagem e seguir com a minha
Marlon Senti uma leve dor passar pela marca no meu pescoço, me fazendo novamente tentar lembrar de qualquer coisa que tivesse acontecido naquele dia. Estava pescando na primeira vez que me dei conta de ter uma marca de acasalamento em meu pescoço. Mas não lembrava de quem ou quando a deixou. Voltando para casa descobri que um dia inteiro havia sido completamente apagado da minha mente. Um dia seria o suficiente para conhecer minha companheira e ter sido rejeitado? E porque não me lembrava de nada? Nada disso fazia o menor sentido para mim. Decidido em encontrar alguma resposta, corri para casa de Maria. Foram dias correndo na mata, e tudo isso só por uma resposta. Chegando na casa de Maria, ela me recebeu muito bem. - Entre meu filho! Você deve estar exausto, vou preparar algo para você. - Obrigado, Maria. Entrei indo para o quarto de hóspedes. Já havia ficado várias vezes na casa dela. Ela quem havia acolhido minha mãe, quando eu era criança. Então a conheço há muitos
Rebecca No dia seguinte ao início do nosso namoro, cheguei na escola feliz e fui sentar junto com Camille. Mas ao contrário do que eu esperava, ela foi sentar-se em outra carteira longe de mim. Fiquei surpresa com a atitude dela que sempre foi passiva. E também fiquei constrangida, pois vários colegas nossos notaram. No intervalo para o almoço tentei falar com ela, mas apenas me lançou um olhar cheio de raiva e me deixou falando sozinha. Então Luan veio na minha direção, pegando em minha mão e puxando para o refeitório. - Apenas deixe ela, está furiosa porque começamos a namorar. - Ele disse. - Daqui a pouco ela vai se acostumar com a ideia. Vamos almoçar. Continuei o caminho para o refeitório com ele, e enquanto servia meu almoço pensava em todo tempo que fui amiga dela. E agora ela não aceitava que eu fosse namorada do seu irmão. Será que ela pensa que não sou boa o suficiente para entrar para família dela? Sentei na mesa batendo com a bandeja mais forte do que deveria, fa
Camille Eu e Luan sempre contamos tudo um para o outro, mas apesar de gêmeos somos opostos em tudo. Eu sigo fielmente as tradições, como meu pai, já Luan tem a mente mais aberta como a minha mãe. No dia da nossa transformação ele chegou em casa tarde, mas quando ouvi o som dos seus passos, fui ao seu quarto para conversar, sobre as coisas que tinham acontecido naquela noite. Eu estava tão feliz e empolgada que não consegui dormir sem antes compartilhar com ele. - Luan, você não vai acreditar! No dia da minha primeira transformação, já encontrei meu parceiro destinado! - Falei super empolgada. Mas minha felicidade diminuiu consideravelmente ao ver o estado de Luan, ele estava irritado, seu rosto vermelho e pelo estado de sua mão ele havia dado um soco na parede. - O que aconteceu? - Perguntei sem entender. - Eu também encontrei minha companheira. - Ele disse desanimado. Se sentando na cama, agora mais calmo, deixando a curiosidade o invadir. - Quem é esse, que te deixou tão