Sem se deixar ser intimidada, Felícia se levantou e, com ar de superioridade e provocação, afirmou com ousadia: “Escuta aqui Catarina, sou casada legitimamente com o seu irmão, então esta fazenda também me pertence. Você mora aqui por caridade. A herança foi deixada pelo Barão Gregório, pai de Raul e não seu pai. Faça-me o favor de casar logo e sumir da minha propriedade. Para mim, você é um parasita. Ah! E leve sua amiga junto, pois vocês não são bem-vindas aqui.” Catarina deu uma risada sarcástica e falou com o tom de voz carregado de raiva, sentindo-se constrangida na frente da amiga com a afronta da cunhada: “Me poupe, sua baranga, meu irmão não te dá um cruzeiro. Você não passa de uma caipira com esses vestidos bregas, essas tangas de algodão e esse perfume barato.” A mandíbula de Felícia se apertou. Ela respondeu civilizadamente, mas com o olhar carregado indignação: “Me considero uma dama mesmo com minha simplicidade. Sou uma mulher refinada, requisitada e requintada,
“Vai embora, você está bêbado.” Ela esbravejou, relutante e incomodada com o cheiro forte de álcool que exalava de seu hálito. Ele também se alterou, ordenando autoritário: “Exijo que volte para nosso quarto.” “Já falei, não me deitarei com você enquanto aquela mulherzinha estiver em nossa casa.” Raul agarrou a mulher, que resistiu a todo custo lhe dando uma bofetada no meio do rosto. Sem se importar com o tapa, ele a jogou no colchão e foi tirando o pijama e a encurralado no canto da cama com um olhar carregado de luxuria. Felícia se arrastou até onde pôde enquanto Raul a perseguia como uma fera selvagem. “Raul, eu estou naqueles dias!” Ela exclamou assustada. Ele recuou decepcionado, vestiu seu pijama novamente e deixou o aposento dela sem dizer nada. No outro dia, já cansado da atitude da mulher, ele tomou uma decisão. Enquanto ela fazia seu coquetel capilar no tanque da lavanderia, ele chamou um peão e pediu para tirar a tranca da porta do quarto dela. Nos arr
“O que você está fazendo? Estamos na estrada.” “Se quiser, podemos desviar e entrar naquela mata.” “Não. Quero ir para a cidade.” “Isso é o que dá me deixar tanto tempo sem sexo.” Ele foi encostando na mulher e beijando o seu pescoço já excitado. “Raul, vai passar alguém, é feio o que você está fazendo”, disse Felícia empurrando o marido. “Tudo bem, hoje à noite a gente termina essa conversa.” Ele ligou o carro e partiu, tentando relaxar o corpo. Quase chegando na cidade, ele perguntou: “Já são quase oito horas, onde você quer ir primeiro?” “Queria deixar o salão por último.” “Então vamos procurar uma loja para comprar um vestido, depois vamos almoçar e por último iremos ao salão.” Eles chegaram e visitaram algumas lojas. Felícia escolheu um vestido cinza para o casamento, lindo! Escolheu também uma sandália. Após o almoço, ele deixou a esposa no salão enquanto resolvia algumas pendências. Em meio à correria, ele encontrou com o sogro. “Boa tarde, meu genr
“O que você está fazendo? Estamos na estrada.” “Se quiser, podemos desviar e entrar naquela mata.” “Não. Quero ir para a cidade.” “Isso é o que dá me deixar tanto tempo sem sexo.” Ele foi encostando na mulher e beijando o seu pescoço já excitado. “Raul, vai passar alguém, é feio o que você está fazendo”, disse Felícia empurrando o marido. “Tudo bem, hoje à noite a gente termina essa conversa.” Ele ligou o carro e partiu, tentando relaxar o corpo. Quase chegando na cidade, ele perguntou: “Já são quase oito horas, onde você quer ir primeiro?” “Queria deixar o salão por último.” “Então vamos procurar uma loja para comprar um vestido, depois vamos almoçar e por último iremos ao salão.” Eles chegaram e visitaram algumas lojas. Felícia escolheu um vestido cinza para o casamento, lindo! Escolheu também uma sandália. Após o almoço, ele deixou a esposa no salão enquanto resolvia algumas pendências. Em meio à correria, ele se encontrou com o sogro. “Boa tarde,
Naquele instante, Felícia acordou assustada com a presença robusta do marido em pé a sua frente. Ele fechou o diário e a encarou com um olhar tenebroso. “Raul! O que você está fazendo aqui?” “Vim te buscar.” Felícia percebeu que seu diário estava na mão do marido. Ela arregalou os olhos e, em uma reação ligeira, levantou-se da cama e avançou em cima dele para tomar seu diário. Ele levantou a mão para cima, segurando firme o caderno. “Raul, devolve, isso é meu.” “Agora me pertence.” “Você não tem esse direito, isso é um diário, é sigiloso e privativo.” Raul segurou a mulher pelo pescoço e a empurrou até o canto do armário. Ele a intimidou de uma forma possessiva, com sua boca encostada no ouvido dela: “Escuta aqui, Felícia, essa fazenda é minha, essa casa é minha, você é minha e esse maldito diário agora me pertence.” Felícia estava paralisada, apreensiva e preocupada de o marido ler o conteúdo do seu diário. Naquele momento, ela só queria tacar fogo no diário mald
Felícia travou, engoliu em seco e perguntou após um breve suspense: “O que você leu?” “Porque está tão abalada? Tem algum segredo no seu diário que eu não deveria saber?” “Sim, tenho segredos que não te dizem respeito.” “Depois conversamos sobre seus segredos, agora faça as malas.” Felícia o ignorou, pegando sua mala no armário. Raul a deixou e foi para o seu quarto também fazer suas malas. Ela desceu e encontrou o marido conversando com a mãe tomando um café na cozinha. “Estou pronta!” “Então vamos.” Eles se despediram de Dona Quitéria e dos empregados. Raul ligou seu Monza preto e partiu enigmático, sem dizer nada até metade do caminho. Ela o interrompeu perguntando: “Onde está o meu diário?” “Está muito bem guardado, não se preocupe.” “Você leu tudo?” “Sim.” Ela sentiu calafrios, soltou um profundo suspiro e fez silêncio. Ele, sem resistir, interrogou-a: “Quer dizer que você gostava daquele imbecil?” Ela respondeu, sem hesitar e com sinceridade: “Sim e ainda
Ele saiu com sua pasta, deixando a mulher pensativa. Ela avaliava a postura e o comportamento do homem após descobrir o segredo em seu diário. Felícia permaneceu no quarto assistindo tv até adormecer. Ela acordou três horas depois e procurou o marido, ele não tinha voltado. Ela colocou um vestido e um cardigan vermelho de tricô, penteou o cabelo e desceu para procurá-lo. Criou coragem e arriscou entrar no elevador. Acertou o botão do térreo e procurou o espaço de reuniões do hotel que Raul havia comentado. Porém aquele espaço estava fechado. Já era quase meia-noite. Felícia vagou por aquele imenso hotel com paredes de mármore e colunas espalhadas. Ela também observava o visual estiloso dos outros hóspedes, tudo era fascinante. Admirava as vestimentas modernas e saltos enormes das mulheres que entravam e saiam do local. Aproximou-se de um restaurante que estava fechado, andou por um corredor extenso e entrou no espaço barulhento. Virou à esquerda e desceu alguns degraus. Era o
Raul estremeceu de susto, seus olhos escureceram, levantou-se enfurecido e jogou violentamente a mesa de café para longe. Como uma fera, dirigiu-se até a mulher. Ele a puxou pelos braços e a sacudiu, vociferando: “Está louca?! Não me faça perder a paciência com você, sua rabugenta selvagem.” Ela inclinou a cabeça e chorou quando escutou a palavra selvagem, pois era exatamente assim que se sentia naquele lugar. Ele a prendia com truculência à parede enquanto sibilava, enfatizando cada palavra: “Nunca mais te trago comigo.” “Me solta!” Ele continuou a segurá-la, exprimindo com a voz carregada de furor: “O que você quer? Que tenhamos um casamento feliz depois de tudo que aconteceu?” Ela respondeu enfezada: “Eu quero o desquite! Não quero continuar casada com você.” Raul a soltou surpreso. “É isso mesmo que quer?” “Sim!” “E acha que vai conseguir se livrar de mim fácil assim?” “Eu não sou sua escrava, não sou obrigada a viver com você.” Ela pegou sua mala e caminhou