O campus estava tranquilo naquela tarde de outono. O vento suave balançava as folhas nas árvores, e os estudantes se dispersavam para suas casas, conversando despreocupados sobre os planos para o fim de semana. Kiara saía da universidade, seu corpo cansado após horas de aulas e estudos. Ela havia tentado esquecer os conflitos e a tensão que a cercavam, mas algo parecia pairar no ar, como se o mundo estivesse prestes a se virar contra ela. Ao sair do portão principal, Kiara percebeu uma presença familiar. Marco. Ele estava lá, encostado em uma das árvores, com aquele sorriso arrogante no rosto. Kiara o viu se aproximando, e imediatamente sentiu uma mistura de desconforto e irritação. Ele ainda não havia desistido. Não importava o quanto ela o ignorasse, Marco parecia determinado a ter sua atenção, de qualquer maneira. — Kiara, você está linda hoje. — A voz dele era doce, mas cheia de intenções ocultas. Ela revirou os olhos, tentando passar por ele sem dizer nada. Já sabia o que viri
Kiara estava paralisada, seu corpo trêmulo de medo, enquanto Marco a conduzia para dentro da casa isolada. A cada passo que dava, o terror crescia dentro dela, mas ao mesmo tempo, um sentimento de raiva começava a se formar. Ela não queria ser submissa àquele homem, a alguém que pensava poder controlar sua vida com base no desejo e na possessividade. Mas, apesar da raiva, havia uma sensação de impotência que a dominava, já que, naquele momento, estava à mercê de Marco. A casa era escura e abafada, com móveis antigos e poeira acumulada em cada canto. As sombras dançavam nas paredes, e o silêncio era perturbador. Marco a empurrou para dentro da sala principal, que tinha uma aparência decadente e negligenciada. Ela não sabia o que ele planejava fazer ali, mas sabia que não seria bom. O pavor tomava conta dela a cada instante. — Fique aqui. — Marco ordenou com um sorriso vitorioso, como se estivesse saboreando o controle que tinha sobre ela. Kiara ficou parada, respirando com dificulda
Kiara estava em silêncio, seus dedos apertando a jaqueta de Sergey com força, como se ele fosse sua âncora em um mar de turbulência. A visão de Marco caída no chão, ainda tentando recuperar o fôlego, fez com que sua respiração se tornasse ainda mais pesada. Ela sabia que aquele momento significava algo profundo: sua vida tinha mudado de forma irreversível. Não havia mais volta. A tensão estava no ar, e o silêncio entre eles era denso, carregado de uma energia quase palpável.Sergey, por outro lado, estava completamente calmo. Seu olhar penetrante estava fixo em Marco, que ainda tentava se recompor, mas sem coragem para reagir. A tranquilidade de Sergey diante da cena violenta contrastava com o desespero de Kiara. Ela sentia uma mistura de alívio e medo, uma estranha dualidade que a deixava atordoada. Ele a havia protegido, mas até que ponto ele era capaz de ir? Ela sabia que as pessoas em torno dele, especialmente aqueles que o desafiavam, desapareciam de forma... irrevogável. E isso
A estrada estava silenciosa, com o som suave dos pneus cortando o asfalto quebrando o silêncio pesado que tomava o ambiente. Kiara sentada ao lado de Sergey no carro sentia uma mistura de sensações conflitantes, como se o que acontecera mais cedo ainda reverberasse dentro dela, não permitindo que sua mente descansasse. Marco, suas palavras, o medo que ela sentira... tudo estava como um turbilhão em sua mente. Mas, por mais que tentasse se concentrar em qualquer coisa que não fosse aquilo, não conseguia evitar a necessidade de estar com Sergey. Ele havia mostrado sua força, mas também algo mais. Algo que a atraía de maneira que ela não conseguia controlar.O carro parou diante da mansão, e Kiara olhou pela janela, as luzes da imensa propriedade iluminando a noite escura. Ela não sabia o que esperar. Havia algo de imponente naquela casa, algo que a fazia sentir-se pequena, mas ao mesmo tempo segura. Ela não sabia se aquilo era bom ou ruim. O que ela sabia era que, quando Sergey a conduz
O dia seguinte começou com a tensão pairando no ar da mansão. Kiara acordou com uma sensação de inquietação, como se algo estivesse prestes a mudar de forma irreversível. Desde que Sergey a trouxera de volta, cuidando de cada detalhe de sua recuperação, ela sabia que não havia mais como voltar à sua antiga vida.Ela passou a manhã caminhando pelos corredores da mansão, observando os detalhes que antes haviam passado despercebidos. Havia algo imponente e opressor naquele lugar. As paredes altas, decoradas com obras de arte caríssimas, pareciam esmagá-la com sua grandiosidade. Era como se cada canto daquela casa fosse uma lembrança do poder de Sergey — um poder que agora a envolvia completamente.Ela entrou na sala de estar, onde Sergey estava em uma chamada de vídeo em seu laptop. Ele parecia descontraído, mas seus olhos estavam alertas, analisando cada detalhe da conversa. Quando a viu, fez um gesto com a mão para que ela esperasse. Kiara obedeceu, mas sentiu uma pontada de irritação
O crepúsculo envolvia a mansão em tons dourados e laranja enquanto Sergey atravessava os corredores, impecavelmente vestido, carregando um ar de determinação. Na sala de jantar, o ambiente estava preparado para algo especial: uma mesa longa de madeira polida, adornada com um centro de flores vermelhas e brancas. Castiçais altos lançavam uma luz suave, criando sombras que dançavam nas paredes.Kiara desceu as escadas devagar, hesitando ao se aproximar da sala. Vestia um vestido vinho que Sergey havia escolhido, o tecido abraçando suas curvas de maneira sutil, mas elegante. Ao vê-la, ele se levantou imediatamente, um sorriso satisfeito iluminando seu rosto.— Você está deslumbrante. — Ele disse, a voz grave, mas suave.— Isso tudo é para mim? — Kiara perguntou, tentando disfarçar o nervosismo com um toque de humor.— Sempre. — Sergey respondeu, puxando a cadeira para ela sentar.Ela aceitou o gesto, sentando-se à mesa enquanto ele tomava o assento à sua frente. O ambiente parecia quase
O dia seguinte começou com a tensão pairando no ar da mansão. Kiara acordou com uma sensação de inquietação, como se algo estivesse prestes a mudar de forma irreversível. Desde que Sergey a trouxera de volta, cuidando de cada detalhe de sua recuperação, ela sabia que não havia mais como voltar à sua antiga vida.Ela passou a manhã caminhando pelos corredores da mansão, observando os detalhes que antes haviam passado despercebidos. Havia algo imponente e opressor naquele lugar. As paredes altas, decoradas com obras de arte caríssimas, pareciam esmagá-la com sua grandiosidade. Era como se cada canto daquela casa fosse uma lembrança do poder de Sergey — um poder que agora a envolvia completamente.Ela entrou na sala de estar, onde Sergey estava em uma chamada de vídeo em seu laptop. Ele parecia descontraído, mas seus olhos estavam alertas, analisando cada detalhe da conversa. Quando a viu, fez um gesto com a mão para que ela esperasse. Kiara obedeceu, mas sentiu uma pontada de irritação
A manhã seguinte trouxe um ar de calmaria para a mansão, mas Kiara sabia que a sensação era ilusória. Ela acordou cedo, os raios de sol invadindo o quarto espaçoso e iluminando os móveis elegantes. Sergey ainda dormia ao seu lado, algo raro considerando seu hábito de despertar antes do amanhecer.Ela se virou lentamente, observando-o. Sergey parecia diferente quando dormia — menos rígido, mais humano. Era fácil esquecer quem ele era realmente quando o via assim, vulnerável. Mas a realidade era outra, e Kiara sabia que sua presença naquele mundo tinha um preço.Levantou-se com cuidado, tentando não despertá-lo, e caminhou até a janela. A vista para os jardins impecavelmente cuidados era bela, mas também carregava um peso. Desde que Marco a sequestrara, Sergey parecia ainda mais protetor, quase obsessivo. Dois guarda-costas permaneciam posicionados discretamente nos limites da propriedade, prontos para reagir a qualquer ameaça.Enquanto observava o horizonte, sentiu um misto de gratidão