A tensão na mansão de Sergey parecia mais palpável do que nunca. Kiara, que sempre tentava manter a calma diante das circunstâncias, agora se via lidando com um dilema maior do que imaginava. O incidente na universidade com Marco ainda ressoava em sua mente. A lembrança do toque invasivo dele, de seu olhar predatório, não a deixava em paz. E o pior: a sensação de que ele não ficaria quieto. Marco havia deixado claro que não estava disposto a desistir dela tão facilmente, e isso a preocupava mais do que queria admitir. Ela se sentava na sala de estar, os dedos nervosos brincando com a aliança que Sergey lhe dera há algumas semanas. Não era apenas um símbolo de compromisso, mas uma espécie de âncora em meio ao caos crescente. Ela ainda se perguntava se estava fazendo a escolha certa, se estava realmente pronta para se entregar a um relacionamento como o de Sergey. Não era uma relação normal, nada que ela tivesse vivenciado antes. Sergey era forte, implacável, e, muitas vezes, a proteg
A noite parecia mais densa, e a mansão de Sergey, com suas paredes imponentes e sombras que dançavam suavemente à luz das lâmpadas, refletia o turbilhão interno de Kiara. Ela estava sentada na beirada da cama, o vestido de seda escuro caindo com suavidade ao redor de suas pernas, mas seus pensamentos estavam longe daquele momento de aparente calma. Havia algo em sua mente que não conseguia afastar – algo que ameaçava quebrar o equilíbrio frágil que ela tentava construir entre ela e Sergey. O clima entre os dois estava carregado, não apenas pela situação com Marco, mas também pelas tensões que se acumulavam no relacionamento. Sergey, com sua possessividade e sua forma de agir implacável, começava a afetar a maneira como Kiara se via. Ela queria estar com ele, ela queria estar perto dele, mas ao mesmo tempo sentia que estava se afundando mais e mais em um mundo onde ela não poderia mais se libertar. As palavras de Sergey ecoavam em sua mente, pesadas como pedras: — Eu não sou esse
O sol desaparecia completamente, deixando a sala envolta em penumbras, enquanto a tensão entre Kiara e Sergey parecia preencher cada canto do ambiente. A mansão, com seus corredores extensos e paredes decoradas com quadros de cenas bucólicas, parecia agora um palco para um duelo silencioso entre desejo e medo, entre controle e rendição.Kiara respirava fundo, tentando manter a compostura. O ar ao seu redor parecia pesado, quase sufocante. Ela se levantou novamente, mas seus movimentos estavam carregados de hesitação. Sergey estava a poucos passos dela, sua postura imponente contrastando com o leve tremor em seus próprios dedos. Havia algo no jeito como ele a olhava que fazia sua pele se arrepiar, uma mistura perigosa de adoração e posse.Ela recordava os momentos que os levaram até ali. Quando se conheceram, Sergey era um homem misterioso, envolvente. Havia algo em sua presença que a atraía como um ímã. Ele era charmoso, inteligente, e, acima de tudo, parecia entendê-la como ninguém j
A mansão estava em silêncio naquela manhã, o tipo de silêncio que só poderia ser quebrado por passos firmes e decididos. Sergey havia saído para resolver alguns assuntos de negócios, mas Kiara sentia o peso de sua ausência de uma maneira que não conseguia explicar. Ele sempre a deixava em um estado de inquietação, como se ela estivesse à espera de algo — e não era o tipo de algo que ela queria admitir.Ela estava na sala de estar, olhando pela janela em direção aos jardins bem cuidados, mas sua mente não estava ali. Pensava em tudo o que acontecera entre ela e Sergey, os toques, as palavras, o modo como ele a dominava com sua presença. Havia algo nele que a atraía com uma força que ela não podia controlar, mas também havia uma parte dela que queria quebrar os grilhões, queria sentir sua liberdade novamente. Porém, quanto mais tentava se afastar, mais ele parecia se aproximar. E quanto mais ele se aproximava, mais ela se entregava.O barulho da porta principal sendo aberta a fez se vir
O campus estava tranquilo naquela tarde de outono. O vento suave balançava as folhas nas árvores, e os estudantes se dispersavam para suas casas, conversando despreocupados sobre os planos para o fim de semana. Kiara saía da universidade, seu corpo cansado após horas de aulas e estudos. Ela havia tentado esquecer os conflitos e a tensão que a cercavam, mas algo parecia pairar no ar, como se o mundo estivesse prestes a se virar contra ela. Ao sair do portão principal, Kiara percebeu uma presença familiar. Marco. Ele estava lá, encostado em uma das árvores, com aquele sorriso arrogante no rosto. Kiara o viu se aproximando, e imediatamente sentiu uma mistura de desconforto e irritação. Ele ainda não havia desistido. Não importava o quanto ela o ignorasse, Marco parecia determinado a ter sua atenção, de qualquer maneira. — Kiara, você está linda hoje. — A voz dele era doce, mas cheia de intenções ocultas. Ela revirou os olhos, tentando passar por ele sem dizer nada. Já sabia o que viri
Kiara estava paralisada, seu corpo trêmulo de medo, enquanto Marco a conduzia para dentro da casa isolada. A cada passo que dava, o terror crescia dentro dela, mas ao mesmo tempo, um sentimento de raiva começava a se formar. Ela não queria ser submissa àquele homem, a alguém que pensava poder controlar sua vida com base no desejo e na possessividade. Mas, apesar da raiva, havia uma sensação de impotência que a dominava, já que, naquele momento, estava à mercê de Marco. A casa era escura e abafada, com móveis antigos e poeira acumulada em cada canto. As sombras dançavam nas paredes, e o silêncio era perturbador. Marco a empurrou para dentro da sala principal, que tinha uma aparência decadente e negligenciada. Ela não sabia o que ele planejava fazer ali, mas sabia que não seria bom. O pavor tomava conta dela a cada instante. — Fique aqui. — Marco ordenou com um sorriso vitorioso, como se estivesse saboreando o controle que tinha sobre ela. Kiara ficou parada, respirando com dificulda
Kiara estava em silêncio, seus dedos apertando a jaqueta de Sergey com força, como se ele fosse sua âncora em um mar de turbulência. A visão de Marco caída no chão, ainda tentando recuperar o fôlego, fez com que sua respiração se tornasse ainda mais pesada. Ela sabia que aquele momento significava algo profundo: sua vida tinha mudado de forma irreversível. Não havia mais volta. A tensão estava no ar, e o silêncio entre eles era denso, carregado de uma energia quase palpável.Sergey, por outro lado, estava completamente calmo. Seu olhar penetrante estava fixo em Marco, que ainda tentava se recompor, mas sem coragem para reagir. A tranquilidade de Sergey diante da cena violenta contrastava com o desespero de Kiara. Ela sentia uma mistura de alívio e medo, uma estranha dualidade que a deixava atordoada. Ele a havia protegido, mas até que ponto ele era capaz de ir? Ela sabia que as pessoas em torno dele, especialmente aqueles que o desafiavam, desapareciam de forma... irrevogável. E isso
A estrada estava silenciosa, com o som suave dos pneus cortando o asfalto quebrando o silêncio pesado que tomava o ambiente. Kiara sentada ao lado de Sergey no carro sentia uma mistura de sensações conflitantes, como se o que acontecera mais cedo ainda reverberasse dentro dela, não permitindo que sua mente descansasse. Marco, suas palavras, o medo que ela sentira... tudo estava como um turbilhão em sua mente. Mas, por mais que tentasse se concentrar em qualquer coisa que não fosse aquilo, não conseguia evitar a necessidade de estar com Sergey. Ele havia mostrado sua força, mas também algo mais. Algo que a atraía de maneira que ela não conseguia controlar.O carro parou diante da mansão, e Kiara olhou pela janela, as luzes da imensa propriedade iluminando a noite escura. Ela não sabia o que esperar. Havia algo de imponente naquela casa, algo que a fazia sentir-se pequena, mas ao mesmo tempo segura. Ela não sabia se aquilo era bom ou ruim. O que ela sabia era que, quando Sergey a conduz