O soldado que trouxe o recado do Robin chegou ao palácio e foi direto falar com o rei. Este, vendo que o soldado tinha vindo à presença dele, pois ele não dava ordens e nem falava com os soldados, o rei dava ordens a César, que era o comandante chefe de todo o exército do rei, e ele as repassava aos soldados, ficou irritado com a presença do soldado e disse aos berros:
— Será que você não conhece as minhas leis e uma delas é que um soldado não pode chegar à presença do rei sem ser chamado? Você foi chamado para comparecer aqui?
— Não, majestade!
— Então, o que está fazendo aqui se não foi chamado por ninguém? Ou você não sabe que sou eu que dou ordens ao comandante César? Qualquer soldado deve se dirigir a ele quando quiser alguma coisa! Você sabia que lei minha n&atild
Passaram-se alguns dias desde que o rei mandou suas tropas de soldados ao povoado Esperança para destruí-lo. O rei estava sentado à mesa, em companhia da rainha, tomavam café da manhã, quando uma das criadas entrou na sala e disse:— Com licença, majestade. Tem um soldado na sala, ele quer falar com Vossa Majestade.O rei tomou um gole de café, levantou e foi falar com o soldado. Chegou a sala, o soldado estava de pé. O rei perguntou:— Como é que anda a batalha lá no povoado?— Muito mal, majestade.— Como assim? Eu pensei que já estava tudo destruído!— Era para estar tudo destruído, majestade, mas nós fomos surpreendidos pelos camponeses.— Como assim surpreendidos?... - Perguntou o rei, muito irritado.— Quando nós nos aproximamos do povoado nos nós dividimos para atacar d
Robin olhava em direção ao caminho de saída do povoado, satisfeito com o resultado do plano em relação às armadilhas, pois havia soldados derrotados e mortos por todos os lados.Ao ver aqueles corpos todos, Robin pensou:— Só com a mão de Deus mesmo para tudo dar tão certo, que conseguimos matar tantos soldados que serviam ao mal, sem luta e sem usarmos as nossas espadas.Ele ouviu um barulho que parecia alguém cavalgando, ficou escutando e logo percebeu que não era só um cavalo e sim, vários. O barulho parecia cada vez mais perto, então pensou:— Deve ser alguém lá do povoado ou as tropas lá do rei que voltaram para nos atacar.Sem pensar duas vezes, subiu no seu cavalo e pensou:— Vou voltar o mais rápido possível ao povoado.Quando ele ia chicotear seu cavalo para voltar ao povoado,
Quando Robin chegou em casa, encontrou Eurico saindo. Robin disse: — Eurico, reúna alguns homens e mande-os buscarem os que estão lá na gruta, no outro lado da colina. Traga-os de volta ao povoado. E manda outros desarmar as armadilhas que nós armamos em volta do povoado para ninguém mais se ferir— Não é cedo ainda para trazê-los de volta? E se o rei se arrepender e voltar a nos atacar? -Perguntou Eurico meio preocupado;Robin desceu do cavalo e respondeu:— Pode ficar tranquilo porque o rei não vai voltar para nos atacar, dessa vez ele foi derrotado!— Tomara!Robin amarrou seu cavalo e antes de entrar em casa ele disse;— Eu só vou comer alguma coisa e vou na frente buscar a Marisol.Eurico, meio preocupado disse:— Está bem, eu vou reunir
Já começava a escurecer quando o rei chegou ao palácio, depois de voltar do povoado Esperança.Ao entrar, o rei deu a seguinte ordem ao soldado que estava ali em frente ao palácio:— Prepare a carruagem de viagem e alguns homens para acompanhar a rainha. Ela viajará amanhã bem cedo.— Sim, majestade, estará tudo pronto amanhã, bem cedo.O rei entrou no palácio. Encontrou uma criada e ordenou:— Diga à rainha que venha falar comigo, sem demora. Estarei na sala, escrevendo uma carta.— Sim, majestade... - Disse a criada.O rei foi até a sala, sentou-se à mesa e escreveu uma carta. Quando o rei terminou de escrevê-la ele a colocou num envelope e a selou com o selo real, a rainha entrou e perguntou:— Queria falar comigo?O rei olhou para a rainha e disse:— Sim, entre... -
Nem tinha amanhecido o dia ainda, quando as coisas da rainha foram carregadas na carruagem. Quando terminaram, a rainha chegou e perguntou:— Já carregaram tudo? Não falta mais nada?— As coisas que a rainha deixou pronto no quarto e na sala, nós carregamos tudo... - Disse um dos homens.— Muito bem... - Disse a rainha.A rainha se virou de frente para o palácio e deu uma olhada nele, como despedida.Um dos homens perguntou:— Falta mais alguma coisa?A rainha virou-se de frente para o homem que fez a pergunta e depois ela olhou para sua dama de companhia e perguntou:— Nós não esquecemos de nada?Sua dama de companhia respondeu:— Que eu me lembre não.— Não devemos ter esquecido nada, podemos partir... -Disse a rainha.Um dos homens abriu a porta da carruagem. Depois que as duas entraram, ele a fechou
Robin acordou, o galo nem tinha cantado ainda. Levantou, vestiu-se e saiu do quarto. Chegou a cozinha, sua mãe já preparava o café da manhã. Ele chegou, deu um beijo no rosto dela e disse:— Bom dia, mãe!— Bom dia, filho... -Ela se virou de frente para ele e perguntou:— Não é arriscado a gente aceitar um convite do rei, agora depois de tudo o que aconteceu? Será que ele não quer que vocês vão até lá para pegá-los numa cilada?— Não, mãe, não há perigo algum, o rei reconheceu que ele perdeu.Joaquim e Davi entraram. Joaquim falou:— Os cavalos estão prontos, quando você quiser, podemos ir.Robin olhou para Joaquim e perguntou:— Você vai mesmo
Depois do almoço, Robin foi até a sacada para falar com o povo, conforme o anjo lhe havia falado. A mesma sacada, onde o rei Artur havia lhe entregado a coroa real e o trono. O povo estava reunido na praça.A praça estava tomada pelo povo que gritava:— Queremos o Robin como nosso rei.Quando Robin chegou, fez um sinal e todo povo ficou em silêncio.Ele respirou fundo e disse:— Em primeiro lugar, eu quero lhes fazer uma pergunta: Quem acredita em Deus? Levante o braço!Todos ergueram os braços. Então Robin voltou a perguntar:— E quem acredita no deus do rei Artur?Ninguém levantou o braço. Robin sorriu e disse:— A partir de agora, cada um de vocês é livre para prestar culto ao nosso Senhor Deus, o criador do céu e da terra.Todo o povo que estava ali na praça aplaudiu o que ele falou.D
Estava escuro ainda quando os camponeses saíram do palácio.Chegaram a saída da cidade, Teodoro e mais alguns homens esperavam por eles. Chegaram e Joaquim disse:— Bom dia!— Bom dia!... - Disse Teodoro e os homens que estavam com ele também disseram.Joaquim olhou para os homens que estavam com Teodoro e perguntou:— Esses homens também vão com você?— Sim, eu não vou correr o risco de ir buscar César sozinho. Vou levar esses homens para me garantir.— Você faz bem porque César é um homem imprevisível, é bom que você não vá sozinho... - Disse Francisco.— Então, vamos!... - Disse Joaquim.E todos saíram cavalgando em direção ao local onde César estava preso.