Capítulo 114

Adan

— Miguel. Estou certo? — perguntei.

— No fundo, acho que sabia que eu viria, não é?

— Você tem uma figura mais apresentável do que eu esperava.

Gargalhou. Os seus homens riram junto dele.

— Sempre surpreendo as pessoas, eu sei.

— Você não veio aqui para ouvir elogios de mim.

— Não. Eu vim aqui para ouvir um muito obrigado de você.

Olhei-o confuso.

— Ora, eu limpei a sua barra e te devolvi o seu réu primário, senhor presidente. Você matou um homem.

Contraí a minha mandíbula enquanto as minhas mãos suaram frio. As minhas costas doeram. A inquietação cresceu dentro de mim.

— Eu paguei caro para que um pobre coitado ferrado assuma a sua culpa. Ele viu o que o senhor fez.

— Merda! — murmurei.

— Aquele medíocre me devia muito dinheiro. E o senhor enfiou uma bala no crânio dele.

Encostou o seu dedo na minha testa enquanto o meu corpo tremia.

— Bom, sendo assim, agora quem me deve é você. Mas eu não quero o seu dinheiro, não. Eu quero um favor que logo mais precisarei e o senhor é o únic
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