Mesmo diante de todos os problemas, ficar tão próximo ao ponto de fixar seus olhos na pessoa que domina a sua mente por tanto tempo, deixa Richard totalmente descontrolado. Apesar de não querer, seus olhos percorrem o rosto de Alice e analisam cada detalhe minucioso, até focar em seus lábios carnudos. Lábios esses em que se pegou diversas vezes pensando em beijar novamente.— Faço o que você quiser, só não tira a minha filha de mim — Alice responde.Observar o movimento dos lábios dela o faz querer jogar todo o seu orgulho fora e correr para beijá-la.Quanto tempo faz que não sente aquele desejo incontrolável? Ou a vontade de ter muito uma pessoa em seus braços? Mesmo que não confessasse, ele sabia que Alice era dona de todo o seu corpo e coração e que sua vontade naquele momento era jogá-la naquela cama e puni-la por todo o tempo em que ficaram separados.— Estou vendo que você ama mesmo a Lily — confessa, tentando não deixar que os seus impulsos falem mais alto. — Nem sabe o que ire
A noite chega e Alice continua com a cabeça apoiada no peito de Richard, enquanto ele acaricia seus cabelos. Depois do que fizeram, nenhum tem coragem de iniciar uma conversa, com medo de estragar aquele momento.O único som que existe no quarto é o som do ar-condicionado, que se mistura às suas respirações. Tudo está aparentemente calmo, até que o telefone de Richard comece a tocar. Ele pega o celular e olha para a tela, vendo o nome de Madeline. Rapidamente, rejeita a ligação.Embora não tenha visto quem estava ligando para Richard, Alice percebe que ele começa a ficar tenso, então decide se levantar, antes que ele comece a dizer alguma coisa.— Está tarde — diz ela, procurando as suas roupas no chão. — Preciso ir para casa.Richard pensa em pedir que ela fique, mas sabe que não é uma boa ideia, ainda mais quando o seu telefone volta a tocar novamente.Mais uma vez, ele rejeita a ligação, desligando o telefone dessa vez, entretanto, Alice sente-se um pouco desconfortável com aquilo.
Saber que a filha e a neta iriam embora do país deixou os pais de Alice apreensivos, contudo, estavam felizes em descobrir que Lily poderia conviver com a presença do pai e da mãe.— Você não disse que havia arrumado um emprego? — questiona George.— Sim, mas o Richard também me garantiu que me arrumaria um emprego em sua empresa. — revela.— E quando virá nos ver? — pergunta preocupado. — Estou acostumado com a presença de vocês duas nessa casa — comenta.— Eu sei, pai, mas pode ter certeza de que irei arranjar um jeito de vir vê-los em breve e quando eu me ajeitar por lá, poderão me visitar também.— Mesmo assim, ainda não me sinto seguro com essa ideia.— Pelo amor de Deus, George. Não interfira na decisão de nossa filha, a Alice sabe muito bem o que está fazendo. — Silvia declama, ao ver que o marido quer implantar dúvidas na cabeça da filha.— Só estou sendo um pai cuidadoso — protesta.— Tenho certeza de que Richard Carter não fará nada com as nossas meninas, ainda mais sabendo
Nunca uma noite foi tão longa quanto aquela, pois Richard não conseguiu pregar os olhos um minuto sequer, por pensar na presença de Alice ali. Por mais que quisesse tirá-la de sua mente, seu corpo o fazia lembrar de cada detalhe como se aquela fosse a primeira vez que haviam feito aquilo.Como estava começando a ficar agitado, levantou-se da cama e resolveu tomar um banho gelado, na intenção de tentar tirar um pouco daquela tensão. Ele a queria novamente, mais e mais, entretanto, sabia que não seria possível. Após terminar o banho, pediu que trouxessem o seu café no quarto. Ele esperaria a resposta de Alice até as dez. Por mais que não quisesse, estava tenso com aquilo. Queria muito que ela aceitasse, pois assim não precisariam brigar pela guarda de Lily.Richard sentou-se na cama e resolveu ligar o celular, sabia que receberia uma enxurrada de mensagens de Madeline, não só pedindo desculpas por toda a situação que causou na última noite que se viram, mas também por querer saber o mot
A frustração de Richard é notória.— O que a senhora está fazendo aqui? — questiona, ao ver Silvia Taylor parada em frente a sua porta.— Minha filha pediu que eu viesse no lugar dela — responde.— Por que ela não veio pessoalmente? — questiona, já se sentindo nervoso com a presença daquela mulher.— Eu não sei, me diga você — responde, demonstrando não estar nem um pouco intimidada por ele.— Do que a senhora está falando? — pergunta confuso.— Alice disse que você deu um prazo até às dez — comenta. — Vim aqui responder por ela.— Não me diga que sua filha não irá aceitar a minha proposta — comenta inquieto.— Não, pelo contrário. Ela mandou te avisar que irá com você para Nova York. — A resposta da mulher faz com que a postura de Richard mude.— Perfeito — responde. — Então acho que agora só precisamos ajeitar os documentos da Lily, não é?— Isso mesmo — afirma. — Sou advogada e irei auxiliá-los no que precisarem. Minha filha está disposta a fazer o que você deseja, mas tem algumas
A confissão de Silvia deixa Richard totalmente torturado.— O que a senhora está dizendo é um absurdo — comenta, tentando não demonstrar que ficou abalado com aquilo.— Sei que não devia estar expondo os sentimentos da minha filha, porque se ela descobrir isso irá me matar, mas como mãe, não suporto ver como as coisas estão entre vocês. — Silvia não quer ser invasiva, entretanto, quer ver um final feliz para a história dos dois, ainda mais após Richard confessar que amou Alice de verdade.— Tudo o que está acontecendo entre nós é consequência dos atos da sua filha, se a senhora não sabe — responsabiliza Alice.— Eu sei, pode acreditar em mim — revela. — Eu tentei convencer aquela menina a te falar a verdade desde o dia que soube que ela estava grávida, mas a Alice é muito imatura e acha que sabe o que está fazendo, não dando ouvidos à voz de uma pessoa mais experiente.— Imatura ou não, ela optou por não dizer e agora só estamos vivendo o resultado de toda essa bagunça — Richard queix
Enquanto penteia o seu cabelo na frente do espelho, Alice olha para a filha que está em cima da cama, entretida com um mordedor de borracha. Alice se sente tão sortuda por poder presenciar aqueles pequenos momentos com a filha, que seu coração regozija de alegria. Ela termina de pentear o cabelo e procura por uma roupa para vestir. Geralmente, naquele horário da tarde, costuma passear com Lily num parquinho que há atrás do condomínio em que mora, assim fazia a bebê se distrair um pouco por ter que ficar praticamente o dia inteiro trancada no apartamento. Mas, como esperava por notícias da mãe que havia saído cedo para resolver algumas pendências com os advogados de Richard, sentiu que não poderia sair de casa, por conta de eventuais notícias ou contratempos.Como não iria sair de casa, Alice abre o armário e pega o baby-doll que costumava usar à noite para dormir. Inconscientemente, acaba lembrando que usou aquele baby-doll na noite em que conheceu Richard. Mais uma vez, seus pensamen
Mesmo que soubesse estarem fazendo aquilo pela filha, Alice sentia-se estranha por estar passeando ao lado de Richard. Ela estava nervosa e caminhava olhando para os lados, como se estivesse com medo de que alguém os flagrasse ali, mesmo que não estivessem fazendo nada errado.— Há alguma coisa errada? — Richard pergunta, ao perceber a inquietação de Alice.— Não, não há problema algum — ela responde, tentando mantar a postura.Os dois caminham lado a lado no pequeno parque que há atrás do condomínio onde ela mora. Nesse momento o lugar é pouco movimentado, fazendo o passeio ser mais agradável para Lily, que parece bem confortável no colo do pai.— Você já começou a ajeitar as suas coisas para a viagem? — Richard pergunta, querendo saber como Alice está lidando com tudo.— Sim, meu passaporte e documentos estão em dia e não serão um problema — denota. — Quando mudarmos a documentação de Lily, farei o passaporte dela também.— Pode me avisar se precisar de ajuda com algo — Richard decl