Saber que a filha e a neta iriam embora do país deixou os pais de Alice apreensivos, contudo, estavam felizes em descobrir que Lily poderia conviver com a presença do pai e da mãe.— Você não disse que havia arrumado um emprego? — questiona George.— Sim, mas o Richard também me garantiu que me arrumaria um emprego em sua empresa. — revela.— E quando virá nos ver? — pergunta preocupado. — Estou acostumado com a presença de vocês duas nessa casa — comenta.— Eu sei, pai, mas pode ter certeza de que irei arranjar um jeito de vir vê-los em breve e quando eu me ajeitar por lá, poderão me visitar também.— Mesmo assim, ainda não me sinto seguro com essa ideia.— Pelo amor de Deus, George. Não interfira na decisão de nossa filha, a Alice sabe muito bem o que está fazendo. — Silvia declama, ao ver que o marido quer implantar dúvidas na cabeça da filha.— Só estou sendo um pai cuidadoso — protesta.— Tenho certeza de que Richard Carter não fará nada com as nossas meninas, ainda mais sabendo
Nunca uma noite foi tão longa quanto aquela, pois Richard não conseguiu pregar os olhos um minuto sequer, por pensar na presença de Alice ali. Por mais que quisesse tirá-la de sua mente, seu corpo o fazia lembrar de cada detalhe como se aquela fosse a primeira vez que haviam feito aquilo.Como estava começando a ficar agitado, levantou-se da cama e resolveu tomar um banho gelado, na intenção de tentar tirar um pouco daquela tensão. Ele a queria novamente, mais e mais, entretanto, sabia que não seria possível. Após terminar o banho, pediu que trouxessem o seu café no quarto. Ele esperaria a resposta de Alice até as dez. Por mais que não quisesse, estava tenso com aquilo. Queria muito que ela aceitasse, pois assim não precisariam brigar pela guarda de Lily.Richard sentou-se na cama e resolveu ligar o celular, sabia que receberia uma enxurrada de mensagens de Madeline, não só pedindo desculpas por toda a situação que causou na última noite que se viram, mas também por querer saber o mot
A frustração de Richard é notória.— O que a senhora está fazendo aqui? — questiona, ao ver Silvia Taylor parada em frente a sua porta.— Minha filha pediu que eu viesse no lugar dela — responde.— Por que ela não veio pessoalmente? — questiona, já se sentindo nervoso com a presença daquela mulher.— Eu não sei, me diga você — responde, demonstrando não estar nem um pouco intimidada por ele.— Do que a senhora está falando? — pergunta confuso.— Alice disse que você deu um prazo até às dez — comenta. — Vim aqui responder por ela.— Não me diga que sua filha não irá aceitar a minha proposta — comenta inquieto.— Não, pelo contrário. Ela mandou te avisar que irá com você para Nova York. — A resposta da mulher faz com que a postura de Richard mude.— Perfeito — responde. — Então acho que agora só precisamos ajeitar os documentos da Lily, não é?— Isso mesmo — afirma. — Sou advogada e irei auxiliá-los no que precisarem. Minha filha está disposta a fazer o que você deseja, mas tem algumas
A confissão de Silvia deixa Richard totalmente torturado.— O que a senhora está dizendo é um absurdo — comenta, tentando não demonstrar que ficou abalado com aquilo.— Sei que não devia estar expondo os sentimentos da minha filha, porque se ela descobrir isso irá me matar, mas como mãe, não suporto ver como as coisas estão entre vocês. — Silvia não quer ser invasiva, entretanto, quer ver um final feliz para a história dos dois, ainda mais após Richard confessar que amou Alice de verdade.— Tudo o que está acontecendo entre nós é consequência dos atos da sua filha, se a senhora não sabe — responsabiliza Alice.— Eu sei, pode acreditar em mim — revela. — Eu tentei convencer aquela menina a te falar a verdade desde o dia que soube que ela estava grávida, mas a Alice é muito imatura e acha que sabe o que está fazendo, não dando ouvidos à voz de uma pessoa mais experiente.— Imatura ou não, ela optou por não dizer e agora só estamos vivendo o resultado de toda essa bagunça — Richard queix
Enquanto penteia o seu cabelo na frente do espelho, Alice olha para a filha que está em cima da cama, entretida com um mordedor de borracha. Alice se sente tão sortuda por poder presenciar aqueles pequenos momentos com a filha, que seu coração regozija de alegria. Ela termina de pentear o cabelo e procura por uma roupa para vestir. Geralmente, naquele horário da tarde, costuma passear com Lily num parquinho que há atrás do condomínio em que mora, assim fazia a bebê se distrair um pouco por ter que ficar praticamente o dia inteiro trancada no apartamento. Mas, como esperava por notícias da mãe que havia saído cedo para resolver algumas pendências com os advogados de Richard, sentiu que não poderia sair de casa, por conta de eventuais notícias ou contratempos.Como não iria sair de casa, Alice abre o armário e pega o baby-doll que costumava usar à noite para dormir. Inconscientemente, acaba lembrando que usou aquele baby-doll na noite em que conheceu Richard. Mais uma vez, seus pensamen
Mesmo que soubesse estarem fazendo aquilo pela filha, Alice sentia-se estranha por estar passeando ao lado de Richard. Ela estava nervosa e caminhava olhando para os lados, como se estivesse com medo de que alguém os flagrasse ali, mesmo que não estivessem fazendo nada errado.— Há alguma coisa errada? — Richard pergunta, ao perceber a inquietação de Alice.— Não, não há problema algum — ela responde, tentando mantar a postura.Os dois caminham lado a lado no pequeno parque que há atrás do condomínio onde ela mora. Nesse momento o lugar é pouco movimentado, fazendo o passeio ser mais agradável para Lily, que parece bem confortável no colo do pai.— Você já começou a ajeitar as suas coisas para a viagem? — Richard pergunta, querendo saber como Alice está lidando com tudo.— Sim, meu passaporte e documentos estão em dia e não serão um problema — denota. — Quando mudarmos a documentação de Lily, farei o passaporte dela também.— Pode me avisar se precisar de ajuda com algo — Richard decl
— Aí estão vocês! — A voz de Silvia faz com que Richard solte a mão de Alice bruscamente e se afaste dela.Silvia se aproxima e encontra a filha com a cara de frustrada e se pergunta se havia atrapalhado alguma coisa ali.— Boa tarde, mamãe — Alice cumprimenta a mãe, sem deixar transparecer que se sentiu incomodada com a aparição dela naquele exato momento.— Boa tarde, querida — responde Silvia. — Fui até o seu apartamento e notei que não estava, então me lembrei de que esse é o horário que você passeia com a Lily — explica. — Só não esperava encontrá-la com o senhor Carter — insinua.— Boa tarde, senhora — Richard a saúda. — Vim ver a minha filha — se explica.— Que bom que encontrei vocês juntos, assim posso dar uma notícia em primeira mão — revela. — Conseguimos mudar a certidão da Lily e amanhã vocês dois só precisarão cuidar das outras documentações.— Que bom — Richard comenta, aliviado por saber que as coisas iriam andar mais rápido do que imaginava.— De certa forma, é bom qu
A frase da mãe causa certo desconforto em Alice, que resolve sair dali, antes que as duas comecem a discutir.— Já estou indo para casa, preciso arrumar algumas coisas — anuncia, guardando novamente a garrafa de água na geladeira.— Vai fugir desse assunto? — Silvia a confronta, vendo que a filha quer se esquivar daquela conversa.— A senhora não acha que já se meteu demais na minha vida? — contesta, sem se importar com o que a mãe poderia pensar sobre aquilo.— Você acha que é errado querer o melhor para minha filha?— Graças ao seu melhor estou indo embora do país, espero que esteja muito satisfeita — revela, pegando a filha no colo.— Achei que estivesse feliz pela Lily — Silvia intermediou.— E sobre a minha felicidade? Por acaso, pensou um pouco antes de enviar uma mensagem para o Richard? — confronta, sentindo um grande nó na garganta. — Estou feliz pela minha filha e estou feliz pelo Richard saber a verdade também, mas agora a minha vida toda vai mudar, para o bem deles dois. N