Mundo de ficçãoIniciar sessão
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23: O acordo
Alguns meses atrás, na Califórnia, Estados Unidos da América.Na mansão de campo da família Carter, Richard Carter está sentado na varanda com a mãe Meredite Carter e o pai, Abraham Carter.Enquanto conversam, Richard observa seus sobrinhos gêmeos, Filippe e Theodore, filho de Elis Carter, a irmã mais nova de Richard.— Esses garotos são cheios de energia — diz Richard, ao ver que os dois estão começando a dar os seus primeiros passinhos.— São mesmo. A coitada da Elis está ferrada com esses dois andando por aí — Meredite concorda.— Quando iremos ver os seus filhos, Richard? — Abraham pergunta, percebendo que aquele é o momento adequado para tocar naquele assunto.— Eu nem tenho uma namorada ainda, como quer que eu apareça com filhos? — Richard responde.— Não tem namorada porque não quer, sabe que a Madeline é louca por você desde criança — Abraham insiste.— Somos apenas amigos de infância, pai. Não confunda as coisas.— Eu não estou confundindo, sei que ela é apaixonada por você e
24: Barulho constrangedor
É manhã de domingo e Alice acaba de acordar. Olhando para o lado, vê Richard, que ainda dorme.A sensação de vê-lo ao seu lado a deixa cheia de expectativas quanto ao dia que terão pela frente.O que ele planejava? Seu pensamento só girava em torno dessa pergunta e, ao recordar da noite passada, sente o corpo estremecer.Após o jantar, os dois se sentaram na varanda do quarto e tomaram mais uma taça de vinho, enquanto Richard contava um pouco sobre a sua vida.Na curta conversa que tiveram, ela descobriu que os pais dele moravam na Califórnia, enquanto Richard optou viver sozinho em Nova York. Também descobriu que Richard tinha uma irmã mais nova, que havia lhe dado dois sobrinhos.A vida de Richard parecia tão perfeita, que Alice teve vontade de saber mais, mas não pôde fazer isso, porque enquanto conversavam, ela estava sentada em seu colo e ele aproveitava para fazer carinho em seu corpo. Não demorou muito para que esses toques carinhosos se transformassem em carícias quentes, carr
25: Vou te esperar
Por que Richard falava aquelas coisas?— O que quer dizer com isso? — pergunta confusa.— Quero dizer que, quando vim para esse país, senti que conheceria a mulher da minha vida.— Mas…, mas — gagueja. — Acabamos de nos conhecer — tenta argumentar.— O que é o tempo em comparação ao agora? A intensidade dos nossos sentimentos é mais importante do que um calendário.— Richard, não sei o que te dizer — explica. — Não posso negar que você mexe comigo e que me pego pensando em você na maioria do dia.— Então os nossos sentimentos são recíprocos — confessa. — Porque desde o dia que entrou naquele apartamento, você domina toda a minha mente de um jeito que passo todo o dia esperando a hora de chegar em casa só para te encontrar.As palavras mexem com ela, mas Alice sabe que não pode se deixar levar pelas emoções.— Não acha que estamos indo rápido demais? — pergunta.Aquela pergunta acaba quebrando um pouco o clima que estava instaurado ali, mas Richard não se deixa abater pela pergunta del
26: Minhas testemunhas
— Richard, tem certeza sobre o que acabou de dizer? — Alice pergunta, sem conter a emoção. — Não deve se precipitar.— Não estou fazendo nada por impulso, quero mesmo que você vá.— E se não der certo? — questiona.— E se der? — Nos olhos de Richard há um brilho de esperança, por estar aliviado ao poder expressar o que queria desde o primeiro dia em que a viu. — Não tenha pensamentos negativos em relação a nós, juro que as minhas intenções são as melhores, Alice.— Eu sei, mas estamos falando de outro país. Tenho medo de me precipitar e acabar me arrependendo depois.— Você não vai se arrepender. Mesmo que tenha medo do que podemos viver juntos, eu te dou a garantia de uma vaga de emprego na minha empresa, onde prometo que será tratada como uma verdadeira profissional.— Não é isso que me preocupa — diz ela.— Sei que não é, mas quero ao menos te dar uma garantia para não ter medo de deixar tudo aqui.— Preciso pensar — responde. — Não posso te responder assim, do nada.— Também não q
27: Uma vaca provocadora
Após caminharem por alguns pontos históricos e almoçarem num dos lugares que Alice indicou, Richard a levou para um parque onde se divertiram bastante.Os dois chegaram ao apartamento à noite, cansados, mas cheios de energia e vontade de estar perto. Sendo assim, passaram o resto da noite juntos.Na manhã de segunda, Alice acorda cedo e vai para o seu quarto se arrumar. Embora não gostasse do trabalho, estava cheia de vontade de encontrar Laila e contar a ela sobre o final de semana inesquecível que teve com Richard.Mesmo que estivesse empolgada com a ideia de terminar a faculdade e ir para os Estados Unidos, ainda havia uma grande questão no seu coração. O estado de saúde de Endrick.Embora soubesse que Endrick já havia tomado a sua decisão e não queria que ela se envolvesse, havia o sentimento de carinho e respeito que sentia por ele, o que lhe fazia querer lhe ajudar de alguma forma.Antes de ir para o trabalho, cogita passar pela casa de Endrick para ver se ele está bem, mas quan
28: Acredito nos sinais
A tensão se forma naquele escritório, pois ninguém acredita no que está acontecendo ali.— Como ousa usar esse tipo de palavreado aqui, senhorita Taylor? — Vitório questiona, inconformado com aquela situação.— Porque essa é a única palavra que consigo encontrar para descrever essa praga — continua.— Pare com isso mesmo, ou será advertida — ameaça Vitório.— Acha mesmo que me importo? — questiona nervosa.Já havia começado o show, sentiu que deveria dar continuidade de colocar tudo o que estava entalado em sua garganta por tanto tempo.— Você está nervosa porque sabe que é incompetente — Carmem provoca. — Você está frustrada porque percebeu que todos os seus colegas tiveram um desempenho satisfatório, enquanto você ficou para trás.— Como ousa me minimizar? Você sabia que esse projeto não era de minha responsabilidade e, ainda assim, o sugeriu, para me prejudicar e prejudicar o meu profissionalismo.— O seu profissionalismo não está em questão, já que todos aqui sabem o quanto você é
29: Quando os planos não seguem o script
Ver a empolgação de Alice deixa Laila feliz, ainda mais por saber que a amiga sairia dali com a cabeça erguida, entretanto algo a incomodava.— Quer dizer que vai me deixar sozinha?— Não fique assim, ainda nos veremos na faculdade.— E quando nos graduarmos? O que será de mim sem minha melhor amiga?— Você pode me visitar nos Estados Unidos quando me estabelecer por lá.— Isso não é justo — Laila diz se sentindo triste antes mesmo da amiga partir. — Vou sentir tanto a sua falta.— Eu também, mas não se preocupe muito agora. Proponho vivermos um dia de cada vez e deixar essa história de lado por enquanto, ou ficarei triste também.— Amiga, você vai namorar um homem podre de rico e trabalhará na empresa dele, como posso deixar isso para lá? Meu Deus, você conseguiu subir tanto na vida em apenas alguns dias.— Para com isso, Laila! — empurra a amiga com o ombro. — Desse jeito faz parecer que estou com ele por interesse.— Sei que não está, mas poderá usufruir de tudo que ele tem.— Não
30: Fica comigo só essa noite
Quando entra no hospital, Alice já anda direto para a recepção em busca de informações sobre Endrick. A recepcionista orienta esperar, pois Endrick está sendo atendido na sala de emergência. Alice ignora o pedido da mulher e vai para a sala de emergência. Ao entrar, se depara com uma cena que jamais esquecerá na vida. Endrick está com um balão de oxigênio no rosto enquanto é reanimado pelos médicos. Além da tensão, há barulhos de alguns equipamentos estranhos. — Quem é você? — Um médico pergunta. — Me chamo Alice, sou amiga dele — responde. — Seu amigo não está nada bem, a senhorita pode esperar do lado de fora? — Quero ficar — diz ao ver Endrick desacordado. — Senhorita, não pode ficar durante o atendimento, quando terminarmos iremos te chamar. Uma enfermeira acompanha Alice para o lado de fora e pede que ela o espere ali. Ver Endrick daquele modo a deixa assustada e ansiosa, sem saber o que fazer. Naquele momento, seus pensamentos são tão desesperadores que só pensam no pior.