O que estão achando da história? Capítulos inéditos todos os dias. Se estiver gostando, não esqueça de deixar a sua avaliação. Beijos, Célia Oliveira!
— Não, eu não estou desejando nada! — responde nervosa, ao pensar que Richard pode estar achando que ela quer alguma coisa a mais.Alice se levanta rapidamente e tropeça no tapete do chão, caindo em cima da garrafa de vinho que se estraçalha no chão.— Alice, você está bem? — ele se aproxima preocupado, ajudando a levantar do chão.— Estou. Sinto muito. — Se envergonha pela bagunça que fez.— Por que está se desculpando?— Derrubei o seu vinho — diz triste. — Me desculpa mesmo por isso.— Não estou preocupada com isso e sim com você, tem certeza de que não se machucou? — A observa e percebe que o seu vestido está todo manchado de vinho.— Tenho sim.— Vem comigo. — Guiando-a pela mão, a leva pelo corredor da edícula, até chegar em um quarto. — Tire a roupa — ordena.— O quê? — pergunta confusa.— Sua roupa está suja, vou arranjar alguma coisa para você vestir enquanto a coloco na máquina de lavar.— Não é necessário, acho que é melhor me levar para casa.— Não seja teimosa, não pode f
Alice pensa num jeito de explicar para o ex-namorado a relação dela com Richard, mas naquele momento nem ela mesma sabe o que está acontecendo.— É meio estranho o que vou dizer — diz nervosa. — Mas quando cheguei lá, ele já estava — responde.— Como assim?— Meus pais alugaram o apartamento, sem eu saber — explica. — Acho que eles não imaginavam que eu sairia da sua casa.— Então você está morando lá, mesmo que o apartamento esteja ocupado? — questiona.— Sim, mas ele é uma pessoa legal, me deixou ficar.— Alice! — a adverte. — Você está morando com um estranho?— Ele não é um estranho — corrige. — Eu não tive outra escolha e é por pouco tempo, daqui a uns meses ele vai embora.— Como não teve outra escolha? Poderia ficar na nossa casa, isso evitaria muitas coisas, até mesmo a confusão que causou com a minha mãe.— Endrick, para! — pede. — Você sabe que isso não daria certo.— Vivemos por tantos anos juntos, acha mesmo que eu faria questão de deixá-la lá?— A questão não é essa, voc
O que Endrick acaba de dizer parece profundo, o que a faz questionar sobre o quanto aquilo parece importante para ele.— Não é egoísmo da sua parte, se quiser, podemos ir após a minha formatura.— Eu não sei se tenho muito tempo, Alice, mas não se preocupe com isso, jamais pediria para parar a sua vida por mim, só estou te confidenciando os meus pensamentos.— Você verá que tem mais tempo do que imagina, pode ter certeza disso — diz confiante. — Quando planeja ir?— Daqui a um mês.— Nossa, está praticamente em cima da data.— Talvez seja em cima da hora para você, mas eu já planejava isso por um bom tempo.— Quando estiver lá, deve me enviar bastante fotos e me mandar noticias todos os dias, me dizendo como se sente.— Eu não quero perturbar você.— Acha mesmo que isso será uma perturbação? Endrick, eu me preocupo com você mais do que imagina.— Isso não vai te causar nenhum problema? — questiona-a.— Por que causaria?O telefone de Alice começa a tocar e, por não reconhecer o número
Que droga de sensação de impotência é aquela que está sentindo?Ao entrar em seu carro, Alice fica parada, olhando para o volante, sem saber o que fazer. Se pergunta: Como a vida pode mudar tão drasticamente em apenas alguns dias?Ela sabia que Endrick sofria, mas não compreendia como poderia ajudá-lo, já que havia dito que não o amava antes mesmo de descobrir que ele estava doente. Queria estar ao lado dele e o apoiar, mas não sabia como fazer sem o deixar chateado.— Como posso assumir algo que nem eu mesma sei o que é? — bate no volante, na intenção de colocar as emoções para fora. — Que droga de vida!Ao notar que descontar a raiva no carro não a levaria a lugar algum, ela dá partida e dirige para seu apartamento. Pensar que quando chegasse iria encarar Richard a deixava ansiosa, pois não sabia como deveria agir.Ao chegar em casa, abre a porta discretamente, concluindo que no momento deveria fugir dele. Ela tira os sapatos e os carrega nas mãos, enquanto passa pelo corredor, só p
— Duas mil libras? — Alice engole seco, quando descobre o valor do vinho que quer comprar.— Isso mesmo — o atendente diz, a olhando de soslaio, percebendo que ela não tem dinheiro para aquilo.— Não precisa comprar o mesmo vinho, amiga — Laila intervém. — Pode comprar um mais barato. O que vale é a sua intenção.— Mas queria dar a ele o mesmo que havia quebrado na noite passada — confessa triste.— Eu sei, mas não deve esquecer que o Richard é um arquiteto renomado, montado no dinheiro, enquanto você não passa de uma estudante.Alice suspira, sabendo que Laila tem toda razão.— Me indique um bom vinho, que custe menos que isso — ela pede ao atendente.— Tudo bem — O atendente faz um bico, mas resolve providenciar o pedido dela. Ele a leva até uma prateleira de vinhos mais acessíveis para o seu bolso.Mesmo que tenha tentado economizar, Alice acabou saindo dali com uma garrafa de cento e cinquenta libras esterlinas.— Lá se vai metade das minhas economias — resmunga, enquanto sai da l
Após chegar no apartamento e não ver nenhum sinal de Richard por lá, Alice resolve incrementar mais o seu pedido de desculpas, preparando um jantar para ele. Quando termina tudo e arruma a mesa de jantar, olha para o relógio e vê que Richard está demorando mais do que o previsto para sair do quarto. Com medo de que o jantar esfrie, resolve ir até o quarto dele o chamar.Alice respira fundo antes de bater na porta, pois se acha uma idiota ao fazer aquilo.Após alguns segundos, Richard abre a porta do quarto e a encara com o olhar surpreso. Seus olhos estão inchados, demonstrando que havia acabado de acordar.— Oi — Alice o cumprimenta. — Te acordei?— Sim, você me acordou — ele responde.— Me desculpa, acho que vim na hora errada — vira-se para sair.— Espera — ele segura sua mão. — Você veio até aqui por algum motivo, não é mesmo? — questiona-a. — Eu já estou acordado, pode me dizer o que deseja.— Eu só quero saber se você quer jantar — diz ela com voz calma.— Você preparou algo? —
Alguns meses atrás, na Califórnia, Estados Unidos da América.Na mansão de campo da família Carter, Richard Carter está sentado na varanda com a mãe Meredite Carter e o pai, Abraham Carter.Enquanto conversam, Richard observa seus sobrinhos gêmeos, Filippe e Theodore, filho de Elis Carter, a irmã mais nova de Richard.— Esses garotos são cheios de energia — diz Richard, ao ver que os dois estão começando a dar os seus primeiros passinhos.— São mesmo. A coitada da Elis está ferrada com esses dois andando por aí — Meredite concorda.— Quando iremos ver os seus filhos, Richard? — Abraham pergunta, percebendo que aquele é o momento adequado para tocar naquele assunto.— Eu nem tenho uma namorada ainda, como quer que eu apareça com filhos? — Richard responde.— Não tem namorada porque não quer, sabe que a Madeline é louca por você desde criança — Abraham insiste.— Somos apenas amigos de infância, pai. Não confunda as coisas.— Eu não estou confundindo, sei que ela é apaixonada por você e
É manhã de domingo e Alice acaba de acordar. Olhando para o lado, vê Richard, que ainda dorme.A sensação de vê-lo ao seu lado a deixa cheia de expectativas quanto ao dia que terão pela frente.O que ele planejava? Seu pensamento só girava em torno dessa pergunta e, ao recordar da noite passada, sente o corpo estremecer.Após o jantar, os dois se sentaram na varanda do quarto e tomaram mais uma taça de vinho, enquanto Richard contava um pouco sobre a sua vida.Na curta conversa que tiveram, ela descobriu que os pais dele moravam na Califórnia, enquanto Richard optou viver sozinho em Nova York. Também descobriu que Richard tinha uma irmã mais nova, que havia lhe dado dois sobrinhos.A vida de Richard parecia tão perfeita, que Alice teve vontade de saber mais, mas não pôde fazer isso, porque enquanto conversavam, ela estava sentada em seu colo e ele aproveitava para fazer carinho em seu corpo. Não demorou muito para que esses toques carinhosos se transformassem em carícias quentes, carr