Não foi nada fácil deixar Ravi de volta no aeroporto. Depois de duas semanas grudados, quase que em lua de mel, é como se parte de mim estivesse indo embora junto com ele.
Quando ele me disse que estava vindo para o Brasil eu fiquei em choque, pois nunca tinha imaginado a mínima possibilidade de nos conhecermos pessoalmente. Tudo começou com uma pesquisa para a minha matéria de estreia na revista e acabei encontrando um novo amor. É estranho, pois meu coração ainda está se curando do relacionamento tóxico que tinha com Victor, mas a cada minuto ao lado de Ravi era como se ele cuidasse das minhas feridas com carinho e paciência.
Passamos os primeiros dias em uma pousada do tipo chalé com uma praia reservada e um pouco afastada do centro de Arraial do Cabo, mas ainda assim era perto da casa dos meus pais. No começo, nem queríamos saber da prai
Blog da MorgPílula diária de verdades difíceis de engolir: O seu sonho não vai se realizar sozinho.Falando em sonhos, essa noite eu tive um sonho estranho. Muito estranho. Eu estava dentro de um tuk tuk, aqueles veículos usados na Índia que são uma espécie de carroça, mas conduzidos por pessoas. O trânsito era totalmente caótico e eu não fazia ideia de onde estávamos indo. Sim, eu não estava sozinha. Ao meu lado tinha uma mulher mais velha coberta por um tecido verde com bordado branco em relevo e acabamentos em dourado, a cara da riquez
Clico em publicar e fecho o notebook bem quando meu pai bate na porta e coloca a cabeça para dentro do quarto. – Filha, tá pronta? – Quase! – Eu digo, enfiando o notebook na mochila. – Vou colocando as suas malas no carro. – Ele me dá um sorriso fraco enquanto arrasta o conjunto de malas roxas para fora. Fecho a mochila pesada e jogo-a por sobre os meus ombros. Antes de sair, paro na porta e observo o interior do meu quarto. Praticamente todos os meus itens pessoais foram embalados e encaixados nas malas junto com a maioria das minhas roupas e sapatos. Ainda bem que eu nunca fui uma pessoa acumuladora ou então essa mudança seria bem mais difícil, logisticamente falando. Vejo o meu reflexo no espelho acima da cômoda e encontro olhos assustados e, ao mesmo tempo, cheios de expectativa. Uma lágrima desce por meu rosto. Nunca fiquei mais de quinze dias fora de casa, longe dos meus
– A última caixa! – Anuncio no meio da sala.– Até que enfim. Achei que essa mudança não fosse acabar nunca. – Diz Zula, pulando do banco da cozinha e vindo espiar o que tem dentro da caixa. – Mais livros? Eu achei que já tinham acabado a umas três caixas.– Não são só livros. Tem alguns cadernos de receita, blocos de nota e material de escritório também. Ainda vou ter que comprar algumas coisas, mas meu cantinho de trabalho vai ficar perfeito.– Ainda bem que o meu escritório é a rua. Falando nisso, vou sair para dar uns cliques por aí.Ela me dá um beijo no topo da cabeça, pega a câmera em cima da mesa e sai. Eu me levanto do chão, batendo a poeira do corpo, e arrasto a caixa para o meu quarto para arrumar depois. Vou em direção a cozinha para preparar o jantar, mas antes paro
Blog da Morg Pílula diária de verdades difíceis de engolir: Quem cedo madruga fica com sono o dia inteiro. Hoje foi o meu primeiro dia no emprego dos meus sonhos! A partir da semana que vem vocês poderão me acompanhar na coluna Quem Manda no Amor, na Revista Bela, Descarada & Singular. Eu, escrevendo para uma revista linda dessas? Nem estou acreditando ainda. Me belisca, porque deve ser sonho. Lá eu vou falar principalmente sobre relacionamentos, mas não como nas revistas convencionais. A BDS é uma revista feminista e, além de enaltecer a mulher moderna, também presta um serviço a comunidade expondo situações de desigualdade e violência contra mulher. A minha coluna vai falar sobr
Ângulo. Tudo na vida é uma questão de ângulo, perspectiva. Há um mês eu estava chorando na minha cama, me perguntando como fui me envolver com um cara possessivo e acabar em um relacionamento tóxico. Logo eu, que sempre achei que isso nunca aconteceria comigo! Tive medo, fiquei ansiosa e estressada, mas o enfrentei e deu tudo certo no final. Consegui terminar com Victor, mesmo que não tenha sido lá muito fácil, mas a sensação de estar livre dele foi revigorante. Há um mês eu não imaginava o quanto a minha vida iria mudar em tão pouco tempo. Tive apoio da minha família e dos meus amigos, fui acolhida quando estava sofrendo por uma ausência que meu coração não compreendia. Mas me refiz, recebi uma oportunidade e a agarrei com
O Parque Ibirapuera é ainda mais bonito do que vi pelas fotos, e maior. Depois de dar algumas voltas de bike e apreciar a natureza, volto pra casa toda suada e ofegante, mas com a energia renovada para mergulhar nas pesquisas para a minha coluna na revista. Lorie está tão animada por minha primeira contribuição para a revista que fica me mandando uma mensagem atrás da outra. Eu já devia estar quase terminando o meu texto, mas bloqueie no meio. Acho que é a ansiedade a apreensão pelo feedback falando mais alto. Deixo a bicicleta estacionada na garagem e pego o elevador até o meu andar.— Oi, cheguei! – Anuncio, abrindo a porta do apartamento.— Ai, graças a Deus, Morg! Me salva? – Zula me olha com cara de desespero.— O que aconteceu aqui? – Eu pergunto, me aproximando da c
[Newlover123: Oi] Eu respondo, tentando me concentrar em não surtar. O que eu vou dizer pra ele agora? Eu tinha que ter pensado nisso antes, eu sei. No mínimo ele pensa que eu estou em busca de um relacionamento e isso é tudo do que eu estou fugindo nesse momento. Será que devo agir como se estivesse interessada ou ser honesta e dizer de cara que só quero informações? [Rav028: Você já disse isso. =)] Verdade, eu já tinha dito antes. Mas eu ainda não sei o que dizer!!! [Rav028: De onde você é?]&
[Ravi: Bom dia, Sereia. O sol está brilhando aqui hoje. Me fez lembrar de você.] Sorrio ao ler sua mensagem. Me viro na cama, me espreguiçando e criando coragem para levantar. [Morg: Boa tarde. Aqui o tempo hoje está chuvoso. Estou lutando para sair da cama.] Segundas-feiras já são dias naturalmente mais preguiçosos, mas com essa chuvinha e esse céu cinzento... Definitivamente São Paulo me deixa um pouco deprimida. Saudades de abrir minha janela e ver o brilho do sol refletindo no mar na minha querida praia do Forte. Saudades de casa. [Ravi: Mesmo assim tenho certeza de que um belo dia te e