Regra número 3

As semanas passaram rapidamente desde que eu combinei com o professor de artes musicais os melhores dias para treinar algumas músicas fortes. Foram dias corridos e agitados que ocuparam mais do meu tempo do que deveria.

Eu havia começado a trabalhar na biblioteca da escola depois de fazer inscrição em um site de estágio para alunos da instituição. Devido à isso eu acabei passando mais tempo dentro da escola de música do que em minha própria casa, mesmo que eu tivesse os finais de semana e feriados para descansar.

Meus dias se resumiram à levantar cedo para participar das aulas das manhã, trabalhar meio período depois dos horários dos cursos e correr para as aulas da noite duas vezes por semana, com meus professores de música.

Havia dias em que ambos estavam juntos aguardando minha chegada e dias que um ou outro haviam comparecido. Outros alunos também pediram aulas particulares para se preparem para o grande evento e os dois se desdobravam para atender a todos os seus aprendizes desesperados.

Eu adorava vê-los juntos. Achava divertido quando eles resolviam acompanhar à aula um do outro, pois eles acabavam brigando sempre que precisavam escolher o tempo ou a música. Eu ria bastante com as discussões.

Contudo, após algumas semanas de revezamento e brigas, o professor Harry machucou o tornozelo durante uma corrida matinal e Dylan disse que assumiria minha aula até seu retorno. O professor me pediu que fosse até sua casa, pois estávamos perto e não precisávamos ocupar as salas e corredores da universidade. Estavam preparando o prédio para um baile e as salas estavam ocupadas. Então concordei em ir para à aula na casa de Dylan.

Ouvi a campainha e me levantei do sofá caminhando na direção da porta. Já tinha ciente de quem era, por isso não apertei o interfone para perguntar. Desci as escadas de quatro degraus para destrancar o mini portão de ferro coberto pela placa de metal, deixando o objeto se mover ao abrir.

Dei um sorriso fraco para o homem de olhos verdes e pele clara, que vestia calça jeans preta com detalhes dourados por toda a perna e uma camisa de algum jogo de vídeo game do qual não soube identificar. Seus cabelos longos estavam jogados para frente e soltos como sempre. Dylan retribuiu meu sorriso, ergueu os diversos papéis em suas mãos para me mostrar que era hora de trabalhar e lhe dei passagem.

O professor adentrou e subiu enquanto eu trancava o portão para depois lhe acompanhar rumo à dentro. Fechei a porta da casa sem trancá-la, ele poderia sair assim que quisesse. Então me dirigi até à sala próxima de onde estávamos.

Nossas aulas duravam pouco tempo e passávamos todo instante concentrados, sem termos assuntos alheios. Não tocamos em mais nada sobre o assunto que presenciei anteriormente e deixei fluir como se ele não tivesse ocorrido. Depois ele se retirava e eu arrumava as coisas seja lá onde fosse à aula.

Ainda assim, meus pensamentos sobre aquele dia me diziam que o deixei constrangido por dizer aquilo, mesmo que não tivesse muito para ser dito após flagrar seu professor quase engolindo uma das alunas em um banheiro de festa. Ainda assim eu deixava aquilo dentro da minha cabeça para não parecer intrometida.

Fiz um pouco de exercício vocal e Dylan me guiou a cada segundo para se certificar que eu não machucaria minhas cordas vocais. No final ele me sugeriu uma música para praticar, tentando me dar coragem.

— Muito bem. Peguei uma música forte o bastante para você e boa o bastante para surpreender o público. — Ele puxou a folha de dentro de sua pasta e me passou. Haviam as linhas escritas em texto e outras em cifras para que eu entendesse os tons e notas. Li o nome no alto escrito em verdana dando um longo suspiro ao ver o nível musical que ela tinha.

Respirei fundo e comecei a imaginar o começo da música para tentar acompanhar. Ela cantava e os instrumentos a seguiam, isso me fez lembrar da facilidade com que a cantora alcançava as notas daquela música enquanto minha mente dizia que eu conseguiria fazer o mesmo.

Olhei para Dylan ao Finalmente terminar à letra e seus verdes olhos estavam me analisando com uma certa admiração que me deixou sem graça.

Me perguntei como eu havia conseguido chegar tão longe em tão pouco tempo de estudo e isso me levou à conclusão de que meus professores eram os melhores do mundo para ensinar ou eu realmente tinha o talento que eles tanto falavam. Poderia ser um misto de tudo isso também e aquilo me deixava radiante.

— Eu disse que conseguiria.

— Meu Deus, eu consegui mesmo.

— Sim querida. Você fez o principal, sentiu a nota. Amanhã mostraremos a Harry como melhoramos em… quanto tempo faz?

— 27 dias. — Falei, ainda sem acreditar em mim mesma. O telefone tocou durante à aula e logo fui atendê-lo, deixando Dykan arrumar seus papéis para partir. — Sim?

— Filha? — Ouvi a voz doce de minha mãe e abri um largo sorriso.

— Mamãe? Ah, finalmente! Liguei centenas de vezes e sempre Sofi dizia que estava com a babá, estou morrendo de saudades!

— Oh! Também estamos, meu bem. Desculpe não ter falado antes com você. Eu e seu pai tivemos alguns assuntos a resolver e precisamos viajar. Bom, não importa agora, como estão indo às aulas? — senti uma pontada de mentira na voz dela, mas pensei que se estava escondendo algo era para que eu não me preocupasse e mesmo assim eu já estava em estado de alerta.

— Bem mãe, estou aprendendo muito! Você precisava ver como são maravilhosas as aulas. Eu adoro aquele lugar. — Eu mesma me surpreendi com minhas palavras de entusiasmo e deixei um pigarro escapar para tentar conter tudo aquilo.

— Fico feliz querida, estamos torcendo para que dê tudo certo.

— E papai? Como está? — Ouvi a voz dele gritando de algum lugar da casa, o que me fez rir enquanto minha mãe ironicamente pedia em voz alta para ele não "gritar". — Não vejo a hora de ver todos vocês.

— Bom meu amor, precisa estudar e se empenhar para voltar para casa, estamos à sua espera.

Demorei alguns segundos, mas logo lembrei que eu teria que abrir o portão para o professor, pois havia deixado apenas à porta de cima aberta. Logo tratei de me despedir e desligar. Voltei correndo para a sala e vi Dylan lendo um livro de capa verde musgo distraidamente, me aproximei e dei um meio sorriso para ele constrangida.

— Me desculpa, eu esqueci que tranquei o portão.

— Não tem problema. Você estava animada para falar com sua família e isso é bonito. — Ele sorriu de volta. — Bom, mas acho que já vou indo.

— Ah! Não quero ocupar mais do seu tempo. — Dylan apenas assentiu e eu pensei por um instante, pois estava muito animada com minha conquista daquele dia. — Você quer jantar comigo, professor?

Dylan me olhou confuso, pois ele não sabia que eu era o tipo de pessoa que adorava cozinhar e sempre que via uma oportunidade convidava minha visita, eu fazia. Apertei os lábios esperando uma resposta enquanto ele parecia pensar cuidadosamente.

— Não quero incomodar, eu geralmente não janto. Ando tão ocupado que fico sem fome durante à noite.

— Mas que crime, pois agora precisa ficar para jantar comigo. Eu tenho que te agradecer de alguma forma por ter me salvo daqueles garotos e me ajudado todo esse tempo, então não é incomodo algum. — Ele me deu outro meio sorriso.

— Você não precisa fazer isso. Eu ajudei apenas por ver que era uma situação perigosa, não gosto que tomem vantagens de ninguém.

— Vou agradecer e ponto final.

Dylan riu quando tranquei a porta e coloquei as chaves no bolso prendendo-o ali dentro. Me dirigi à cozinha indicando o sofá para ele, mas o homem me lançou uma careta e sentou-se na cadeira do balcão em frente à cozinha.

Peguei as panelas da prateleira superior que ficava acima da mini janela e da pia. Dirigi-me ao fogão próximo do corredor e comecei à trabalhar no nosso jantar.

— Você é brasileira, certo? — Ele perguntou quebrando o silêncio e eu assenti. — Tem saudades de lá?

— Às vezes.

— E como está sendo viver aqui? Está gostando?

— Sim, não que eu tenha saído muito, mas me parece um lugar divertido. Cheio de surfistas e pessoas alegres. Tirando alguns rapazes nada agradáveis. — Ele soltou um sorriso desanimado lembrando-se assim como eu daqueles que me perseguiram. - Você mora aqui há muito tempo?

— Desde pequeno, eu morava próxima a praia, mas depois de passar nas audições do instituto eu me mudei para esta rua. Moro aqui desde então.

— Nunca saiu de Miami? — Ela negou. — Quantos anos tem professor?

— Vinte e seis anos. — Me surpreendi com a resposta. O melhor professor da escola era quase uma adolescente. Porque ela havia sido escolhida para dar aula sendo tão nova. — Não se assuste, eu gosto de parecer velho.

Ele brincou, pois era óbvio que ele não aparentava ser mais velho. Ainda assim era assustador ter um professor que poderia ser meu colega de classe

— Sério? Mas você ensina tão bem, claro que tem uma aparência jovem, mas pela forma que ensina eu diria que é bem maduro para sua idade.

— Isso porque eu tinha duas opções: voltar para casa e tentar uma carreira ou ficar, dar aulas e ganhar um dinheiro bom o suficiente para me dar o que preciso. Não gosto de luxos, tenho uma boa vida e não me estresso muito. Então está ótimo para mim.

Me parecia uma boa. Nada de esforço nem sofrimento, apenas o bom salário.

Terminei o preparo do macarrão com molho branco e fiz uma carne desfiada. Perguntei ao professor durante todo o preparo se ele gostava dos ingredientes e se tinha alergia à algo que eu iria colocar na receita. Dylan foi sempre solícito e não reclamou de nada, o que me deixou ainda mais contente. Eu gostava de cozinhar para pessoas que comiam de tudo.

Quando estava tudo pronto, me dirigi à mesa para organizá-la e o professor logo tratou de me ajudar mesmo eu dizendo que poderia fazer tudo sozinha. Depois de tudo pronto, despejei o macarrão em uma travessa transparente e levei-a à mesa junto ao molho que coloquei em um pote de vidro florido. Estava tudo aparentemente bom e pronto para ser decorado.

— Hora de come. — Falei por fim e Dylan riu abertamente sentando-se em minha frente na pequena mesa redonda próxima ao balcão. Ele enrolou os fios longos da massa com o garfo e o levou à boca para provar o prato. Vi um brilho nos olhos verdes do homem que me deixou contente com o resultado do jantar feito as pressas e me animei para o acompanhar.

Levantei-me segundos depois ao me lembrar do refresco e caminhei até a geladeira pegando o jarra de vidro com suco de laranja, junto aos dois copos que deixei no escorredor de louça em cima da pia. Depositei-os perto dos pratos e os enchi com o líquido laranja gelado que esfriou os recipientes rapidamente. Dylan bebericou o suco sorrindo para mim.

— Descobri algo importante sobre você — eu o olhei confusa esperando que terminasse de falar. — Tem uma mão maravilhosa para cozinhar.

— Você não cozinha?

— Sim, mas não assim, está muito bom. Eu poderia comer essa massa para sempre. — Dei um leve sorriso enquanto o via dar garfadas cobiçosas na comida.

— Bom, qualquer dia quero provar algo feito por você para poder dizer quem cozinha melhor. — Vi a pele clara de suas bochechas tomarem uma cor rosada e isso me fez rir de maneira sem graça também. — Não entenda mal, estou brincando. Óbvio que não estou me convidando para você cozinhar para mim.

— Eu cozinho, não vejo problema nenhum. — Disse ele por fim.

Terminamos de jantar e retirei a mesa, sempre com um professor teimoso vindo me ajudar. Lavamos a louça e arrumamos a mesa até ele checar seu relógio de pulso como se fosse algo natural.

— Bom, agora eu posso ir ou você pretende me manter em cativeiro por mais tempo? — Ele brincou novamente e eu ri uma vez mais assentindo. Levei Dylan até a porta e o acompanhei escada a baixo, destrancando por fim o portão.

— Pronto, está liberado. Viu não foi um sequestro

— Eu não me importaria de ser sequestrado por você.

Corei e Dylan seguiu para sua casa depois de me lançar uma piscadela. Senti minhas bochechas quentes demais e logo corri para dentro tentando não olhá-lo partir.

Eu havia esquecido completamente que Dylan era meu professor por algumas horas e me senti péssima ao ver que ele poderia pensar que eu estava me insinuando. Tentei rever nosso tempo juntos para identificar qualquer vestígio disso e não obtive sucesso.

“Droga. Eu preciso prestar mais atenção nos ocorridos à minha volta”.

Pensei, pois por mais que eu achasse Dylan bonito, eu não poderia me envolver com ele, bom eu acho que não poderia. Afinal ele era meu professor. Só de pensar que meus pais quase infartaram com Amanda ao saberem do seu casamento com nosso antigo educador, já me fez estremecer. Meu pai me fez jurar que nunca mais eu falaria com ela, pois tinham medo de que isso me levasse para o caminho errado.

Eu não poderia deixar que algo tão decepcionante ocorresse, mesmo que o professor Dylan fosse quase da minha idade e uma graça de homem.

(...)

Acordei com o som do despertador perto dos meus ouvidos. Não abri os olhos, apalpei o criado mudo em busca do relógio e senti o livro que eu lia a dois dias ainda me aguardando pegá-lo novamente. Meu celular e o objeto arredondado ainda vibravam loucamente no móvel me avisando que estava na hora de levantar. Pressionei o pequeno botão na lateral esquerda do despertador fazendo o som sumir do ambiente, então cliquei no “parar” escrito em vermelho na tela do telefone.

O silêncio pairou pelo quarto e eu me envolvi ainda mais no edredom passando-o por minha cabeça, pois a luz do sol me incomodava.

— só mais cinco minutos, mãe — resmunguei mesmo sabendo que ninguém me responderia ou brigaria para que eu me levantasse.

O cansaço estava por todo meu corpo, pois ainda que meu professor tivesse ido embora depois do nosso jantar, eu ainda continuei a ensaiar até que eu pegasse no sono. O que acabou sendo duas e pouco da manhã.

Levantar daquela cama depois de tantas horas cantarolando pela casa seria uma tortura.

No entanto, minha preguiça foi obrigada a me deixar partir, pois tocou campainha ao longe arrancando-me um longo gemido de desânimo.

Eu deveria estar em um dos meus cochilos quando isso ocorreu, pois a campainha parecia estar mais longe do que realmente deveria.

Ergui meu corpo me sentindo mole, ainda assim lutei contra a preguiça e caminhei até a porta para olhar pelo vidro pequeno com formato oval no meio. Não obtive sucesso, precisei abrir a porta para ver o rapaz sorridente do lado de fora com seu braço por cima do banco de seu Porsche vermelho que brilhava com o sol misturando-se à claridade de seus dentes perolados.

Primeiramente pensei no que ele estava fazendo ali, mas essa pergunta me deixou para que eu pudesse recordar do despertador disparando minutos atrás.

Eu estava atrasada!

Corri para o meu quarto apressando-me para me trocar. Peguei uma saia azul-escura rodada de cintura alta com drapeados, uma blusa cropped fina, meus tênis rosas e calcei-os rapidamente. Em seguida corri rumo ao banheiro para escovar os dentes olhando-me no espelho. O estado dos meus cabelos me assustaram um pouco quando os vi, logo tratei de penteá-los e prender uma mecha da franja com uma presilha da cor de minha saia. Escovei os dentes e finalmente passei o brilho labial finalizando minha arrumação.

Peguei meu material da universidade arrumando-o nas mãos nervosas enquanto andava para a porta.

Sai de casa olhando para Josua que parecia abobado, analisando-me de cima a baixo.

— Princesa! Assim eu me apaixono — revirei os olhos com sua observação. Tranquei a porta da casa e desci as escadas fazendo careta ao rapaz que sorriu. — Qual é gatinha, você quer me beijar que eu sei, olha esse bocão aqui.

Josh me jogou um beijo no ar enquanto eu fechava o mini portão e ri loucamente de suas gracinhas.

— Ensaiando para conquistar aquela bailarina? — Perguntei e ele assentiu sorrindo. Logo me recordei de todo o percurso do rapaz até minha casa e isso me intrigou. — Ei, porque veio me buscar? Você mora do outro lado da cidade.

— Um amigo não pode buscar a colega para ir a escola? — Obviamente que ele estava mentindo. Ele bufou quando o olhei desconfiada. — Tudo bem. Tudo bem. Eu tenho uma fofoca para contar e não consegui me segurar.

A curiosidade me consumiu também e logo entrei no carro. Não demoraria muito para chegar até o campus, no entanto os dois minutos que Josh parou de falar para manobrar e seguir nossa viagem pareceram uma hora.

Joshua adorava deixar todos curiosos, eu principalmente, pois minha ansiedade consumia toda minha sanidade quase me enlouquecendo e isso o levou a enrolar até que seu carro parasse no primeiro farol virando à esquerda.

— Fala logo, homem ou eu vou ter um treco.

— Eu amo te deixar curiosa — ele fez um pequeno suspense e eu o olhei com meus olhos suplicantes como um gatinho pedindo leite. — Mas não resisto a sua carinha.

Sorri e Joahua olhou para todos os lados se certificando se alguém se aproximava. Após isso ele se aproximou ligeiramente me levando a copiá-lo.

Nesse instante senti seu hálito roçar em meu pescoço, pois seus lábios se aproximaram de minhas orelhas.

— Nathally foi dispensada pelo professor na noite passada e mandou mensagem para algumas amigas aos prantos. Ela estava revoltada, pois disse que Dylan a pediu para não visitá-la mais, pois acredita que eles não tem muita conexão para seguirem um relacionamento.

— Você foi me buscar em casa para me contar isso? — Ergui as mãos em frustração e meu amigo riu.

— Parece que isso aconteceu por sua causa. — Ele falou por fim me fazendo olhá-lo surpresa.

– O que? E por que eu estaria na história dos dois?

Josh me olhou como se disse com seus olhos algo que eu não entendia. Parecia que para ele era algo óbvio e para mim um grande enigma. Isso me fez pensar se eu havia dito ou feito algo para prejudicar o relacionamento alheio e bom, Nathally era um nojo de pessoa, mesmo nunca tendo falado comigo dava para notar como ela incomodava os outros alunos e o homem deve ter reparado isso em algum momento ou o professor poderia estar se envolvendo com outra pessoa, por isso descartou à garota. Ainda assim, nada me colocava no meio da sua situação e isso me intrigou.

Olhei para Josh que mantinha os olhos focados em mim, ele desistiu de esperar meu raciocínio quando se irritou com à demora. Então falou;

— Nathally disse que Dylan mudou repentinamente quando começou a te dar aulas particulares. Não para de falar no seu talento, na sua maturidade e beleza. Disse que isso à estava incomodando demais e que eles chegaram à brigar feio até ele se irritar e pedir que dessem esse tempo. Agora todos estão apostando em quando ele vai tentar ficar com você.

Paralisei naquele instante, pensando se realmente meu professor estava querendo algo comigo além de apenas me ajudar com as aulas. Pensar que ele havia terminado por minha causa, fez cada parte do meu corpo estrmecer e eu não soube como reagir depois de receber aquela informação.

Dylan era uma ótima pessoa e eu não queria me meter tão profundamente em sua vida. Aquilo acabou com meu dia me fazendo pensar no que dizer quando ele viesse a falar comigo.

Os amigos de Josh já nos cercavam quando estacionavamos na entrada do campus. Eu desci do carro ainda pensando na fofoca vendo que ela havia se espalhado rapidamente por toda parte, pois os alunos tinham seus olhos em mim e seus cochichos ecoando por todo local.

Aquilo não era nada bom.

Tentei respirar fundo, no entanto me recordar da aula que viria no início daquele dia me fez querer correr de volta para casa, pois o primeiro horário seria dele. Eu estaria de cara com Dylan.

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