Lembranças...
Me conte mais sobre sua infância...
A Dra. Evelyn se ajeitou na sua poltrona e pegou sua caderneta.
Era 4hrs da tarde...
Minhas mãos suavam e estava fazendo calor, mas eu sabia que não era por isso que elas estavam suando.
O que isso tem relação com meus surtos? Perguntei tentando fugir da resposta que vinha a minha mente.
Observei a prateleira atrás da psicóloga, havia uma coruja de olhos graúdos que me observava como se tivesse me julgando por tudo que vinha a minha cabeça.
Você está bem, querida? Perguntou ela, não mostrando preocupação...
Olhei pra ela e decidi que se ela se formou para ajudar as pessoas a entenderem elas mesmas eu precisava a creditar que podia falar.
Ela afirmou com a cabeça...
Minha mente se inundou com lembranças, minha cabeça doía, meu coração pulsava mais forte enquanto lembranças invadiam minha cabeça.
Há uma lembrança apagada em minha mente e eu sei que dessa
Meu Deus...Não pude conter minha admiração em frente daquela cena, era maravilhosamente linda e gloriosa.Os feixes de luzes refletiam nas águas cristalinas, o som da água caindo ecoava por toda floresta era tudo tão bom que meu coração dizia que algo estava errado.Tirei minha blusa e fiquei de short e a parte de cima do biquini, não pensei duas vezes e pulei no lago a minha frente.Meus pulmões incharam enquanto a água tentava entrar em meu corpo, meus olhos abriram e algo cintilante brilhava e rodopiava cm o balanço das águas meu instinto foi ir até o brilho, estendi minha mão para pegar, mas algo grande caiu na água me puxando para baixo. Bolhas saiam de todas os lugares e meu ouvido estalada com um som constante e agudo até que eu pude ouvir meu nome repetidas vezes.Matilda! Matilda!Para de brincadeira sobe garota...Algo pegou me braço e me puxou até que meus pulmões encontraram o ar novamente, eu estava ofegante e t
Meus olhos adentraram a floresta e tudo parecia diferente a partir daquele momento, eu sabia que tinha algo errado. Em todos os anos que fui aquele lugar eu nunc atinha sentido medo de estar na floresta, mas um medo ensurdecedor consumia meus pensamentos só de estar ali.Sinto que há alguém na floresta e na verdade acho que eu o vi, na estrada, no meu das alfazemas...Havia esquecido que Autran estava do meu lado e pisquei meus olhos tentando recuperar o raciocínio e tentar entender as palavras dele...Percebi que havíamos visto a mesma coisa nos jardins havia algo entre arvores, mas pensei que fosse efeito do meu remédio. As vezes meu remédio me ilusionava sem precedentes, era difícil diferenciar ilusão de realidade.Então você viu também? Achei que era coisas da minha cabeça... me afastei para a margem do lago e me sentei em uma pedra grande.Minha cabeça não conseguia processar tanto de informação se havia alguém por que se esconder
Que porra é essa?!A sua boca se afastou da minha bruscamente ao ouvir a voz estridente que vinha até nós, me deparei com Rosana nos fuzilando com o olhar a nossa frente. A mão de Mauricio que estava em meu pescoço já não estava mais lá, aquele olhar não existia mais, o seu doce gosto já não me pertencia mais, só nos restava lembranças... e uma namorada com raiva.Rosana só foi um beijo e você sabe que não estamos namorando de verdade, né? Disse ele calmamente...Meus ombros relaxaram eu olhava pra ele intrigada enquanto ele tentava amenizar a situação, mas nós dois sabíamos que não foi apenas um beijo e isso nos assustava.Rosana, me desculpa... foi tudo culpa minha eu que beijei ele, eu só estou me sentindo carente depois do que aconteceu com o <
****Lembranças****Um sonho…Só podia ser um sonho!Eu podia ver meu avô, minha avó e minha mãe sentados em uma varanda velha de uma casa pequena e humilde. Eles conversaram entre si desconfiados, como se tivesse falando algo errado, tentei abrir minha boca pra falar, mas nada saía e me conformei que era apenas um sonho e me sentei.Onde estão meus pequeninos? Mamãe perguntou se levantando.Seus cabelos loiros cobriam parte de sua costas, a sua jovialidade era evidente enquanto sorria para meus avós, senti minha cabeça latejar e um borrão colorido passou pela minha visão, como uma televisão sem sinal.A imagem se redirecionou para um campo florido, ventos de verão balançavam os cabelos loiros de uma criança, um garotinho loiro de aparentemente 2 anos brincavam com as flores, minha mente clareou e um sorriso brotou em meu rosto… era meu irmão….Ele quer você, Matilda… seja boazinha como eu fui e você
Matidla?Um som reconfortante adentrava meus ouvidos e meu nome soava como um clamor apaixonado de um amante para sua amada e meus lábios involuntariamente brotaram um pequeno sorriso mesmo ainda estando em transe.Que bom que está bem...Mas esse é um péssimo lugar pra tirar um cochilo... um sorriso irônico pairou no ar.Meus olhos não conseguiam abrir e meu corpo estava pesado e tudo que eu queria era ficar deitada ali pela ironia sabia que era Maurício, mas a voz era tão leve e sedutora que era difícil imaginá-lo assim.Meu corpo estremeceu ao lembrar de onde eu estava e tudo estava tão confuso que eu não sabia organizar meus próprios pensamentos.Não vai levantar? Ou isso é apenas um protesto pra não andar?Forcei minha boca pra abrir, mas nada aconteceu e eu estava tão
Entre todos os dias que vocês já viveram qual deles você arriscaria escolher pra ser seu último dia de vida?Sua opção seria aquele dia horrível onde tudo deu errado, mas o último deles seria o seu próprio aniversário.Mas até agora que seria mais fácil pra lembrar que dia você morreu...Olhei pela janela e as árvores batiam umas nas outras e os últimos raios solares sumiam entre elas podia ouvir as cigarras cantarem recebendo a noite.Fiz um esforço pra levantar da cama e conseguia ouvir meus ossos estalando ao me levantar eu estava totalmente esgotada tanto fisicamente como psicologicamente.Meu pensamento se concentrava naquilo que me perseguia na floresta.Uma sensação estranha percorreu minha espinha e minha família estava ali junto com aquele estranho e eu não podia fazer nada e ninguém acredit
Caminhar para a morte é uma metáfora usada para presos que caminham no corredor até a sala de sua execução.Lá estava eu parada a frente de um corredor úmido e frio, minhas mãos se contraíam contra meu corpo até meus pés caminharem pelo piso. Lamentos e risos vinham do outro lado, mas será que haveria outro lado se eu chegasse até ele?Cheguei na sala de jantar e uma bela mesa se estendia por todo cômodo e todos sentados a mesa de forma inconveniente de discussões idiotas até dramas familiares com o divórcio dos meus pais.Minha mãe lamentava a escolha do meu irmão em ficar com meu pai na cidade ele decidirá em alguns meses que ia morar com ele.Ele nunca se conformou com isso, porém tudo que eu queria era ser meu irmão naquele exato momento.Sentei na cadeira de frente pra as janelas os galhos arr
Meu coração parecia ter vida própria e eu estava em transe, mas ele continuava a bater freneticamente e todos estavam paralisados e uma floresta me esperava.Caminhei até o buraco da janela e fechei os olhos e adentrei a floresta.Meus pés pareciam ter medo do solo era hesitante pisar em cada canto e eu podia escutar o som da escuridão porque nada fazia barulho.Quem é você? Perguntei pra o vazio com esperança de resposta...Parei por um minuto esperando uma resposta enquanto eu freneticamente virava ao redor em busca de um sinal.Você é muito corajosa, Matilda... um som abafado surgiu atrás de mim era uma voz grossa e estridente.Não pude conter de fechar os olhos o pavor me consumia de um jeito que nem eu mesma sabia explicar, mas eu precisava saber o que estava acontecendo.O que você quer e quem é você? Tent