****Lembranças****
Um sonho…
Só podia ser um sonho!
Eu podia ver meu avô, minha avó e minha mãe sentados em uma varanda velha de uma casa pequena e humilde. Eles conversaram entre si desconfiados, como se tivesse falando algo errado, tentei abrir minha boca pra falar, mas nada saía e me conformei que era apenas um sonho e me sentei.
Onde estão meus pequeninos? Mamãe perguntou se levantando.
Seus cabelos loiros cobriam parte de sua costas, a sua jovialidade era evidente enquanto sorria para meus avós, senti minha cabeça latejar e um borrão colorido passou pela minha visão, como uma televisão sem sinal.
A imagem se redirecionou para um campo florido, ventos de verão balançavam os cabelos loiros de uma criança, um garotinho loiro de aparentemente 2 anos brincavam com as flores, minha mente clareou e um sorriso brotou em meu rosto… era meu irmão….
Ele quer você, Matilda… seja boazinha como eu fui e você
Matidla?Um som reconfortante adentrava meus ouvidos e meu nome soava como um clamor apaixonado de um amante para sua amada e meus lábios involuntariamente brotaram um pequeno sorriso mesmo ainda estando em transe.Que bom que está bem...Mas esse é um péssimo lugar pra tirar um cochilo... um sorriso irônico pairou no ar.Meus olhos não conseguiam abrir e meu corpo estava pesado e tudo que eu queria era ficar deitada ali pela ironia sabia que era Maurício, mas a voz era tão leve e sedutora que era difícil imaginá-lo assim.Meu corpo estremeceu ao lembrar de onde eu estava e tudo estava tão confuso que eu não sabia organizar meus próprios pensamentos.Não vai levantar? Ou isso é apenas um protesto pra não andar?Forcei minha boca pra abrir, mas nada aconteceu e eu estava tão
Entre todos os dias que vocês já viveram qual deles você arriscaria escolher pra ser seu último dia de vida?Sua opção seria aquele dia horrível onde tudo deu errado, mas o último deles seria o seu próprio aniversário.Mas até agora que seria mais fácil pra lembrar que dia você morreu...Olhei pela janela e as árvores batiam umas nas outras e os últimos raios solares sumiam entre elas podia ouvir as cigarras cantarem recebendo a noite.Fiz um esforço pra levantar da cama e conseguia ouvir meus ossos estalando ao me levantar eu estava totalmente esgotada tanto fisicamente como psicologicamente.Meu pensamento se concentrava naquilo que me perseguia na floresta.Uma sensação estranha percorreu minha espinha e minha família estava ali junto com aquele estranho e eu não podia fazer nada e ninguém acredit
Caminhar para a morte é uma metáfora usada para presos que caminham no corredor até a sala de sua execução.Lá estava eu parada a frente de um corredor úmido e frio, minhas mãos se contraíam contra meu corpo até meus pés caminharem pelo piso. Lamentos e risos vinham do outro lado, mas será que haveria outro lado se eu chegasse até ele?Cheguei na sala de jantar e uma bela mesa se estendia por todo cômodo e todos sentados a mesa de forma inconveniente de discussões idiotas até dramas familiares com o divórcio dos meus pais.Minha mãe lamentava a escolha do meu irmão em ficar com meu pai na cidade ele decidirá em alguns meses que ia morar com ele.Ele nunca se conformou com isso, porém tudo que eu queria era ser meu irmão naquele exato momento.Sentei na cadeira de frente pra as janelas os galhos arr
Meu coração parecia ter vida própria e eu estava em transe, mas ele continuava a bater freneticamente e todos estavam paralisados e uma floresta me esperava.Caminhei até o buraco da janela e fechei os olhos e adentrei a floresta.Meus pés pareciam ter medo do solo era hesitante pisar em cada canto e eu podia escutar o som da escuridão porque nada fazia barulho.Quem é você? Perguntei pra o vazio com esperança de resposta...Parei por um minuto esperando uma resposta enquanto eu freneticamente virava ao redor em busca de um sinal.Você é muito corajosa, Matilda... um som abafado surgiu atrás de mim era uma voz grossa e estridente.Não pude conter de fechar os olhos o pavor me consumia de um jeito que nem eu mesma sabia explicar, mas eu precisava saber o que estava acontecendo.O que você quer e quem é você? Tent
Eu caminhei de volta pra a cabana e o tempo do nada mudou de repente fazia muito frio de estalar os dentes.Assustada e ferida eu andava perdida naquele homem que estava prestes a nos matar e minha ideia era apenas de ir embora o mais rápido possível. Desejava que todos estivessem bem quando eu chegasse na cabana.Vi o clarão feito pela janela quebrada e minha família arrumando toda bagunça. Não pude conter meu sorriso de felicidade era um alívio que eles estivessem de fato bem.Então eu corri o mais rápido que pude queria logo que todos estivessem no carro pronto pra partir dali.Quando cheguei e minha mãe notou minha presença ela correu até mim e me deu um abraço agoniado.Filha! Onde você estava? Eu estava morrendo de preocupação esse acidente... ela apontou pra a janela... acho que vem uma tempestade a vovó já disse
Você ficaria comigo mesmo se eu ficasse doente? Olhei no fundo dos seus olhos azuis...Ele estava brincando com meu cabelo antes de eu perguntar ele adorava o cheiro do meu cabelo dizia que tinha cheiro de baunilha.Claro, quantas vezes já cuidei de você doente? Ele sorriu...Ah, aquele sorriso que me tremia as pernas...Sabia que você tem o sorriso mais lindo do mundo? Peguei meu polegar e cutuquei o dente dele fazendo ele se afastar.Com um bom claramente quem não tem né... ele abriu um sorriso falso e soltou uma gargalhada.Era tão leve estar com ele mesmo com todas as pressões do mundo ele era o meu alívio. Autran era meu namorado de escola e nos conhecemos no corredor quando ele caiu em cima de mim enquanto corria da ex furiosa. Ele pediu desculpa com aquele sorriso e não pude deixar de me apaixonar de cara.Me desculpa, linda... com o rosto a cen
O chão frio consumia meus pés.Por que é tão difícil me manter sã?Estava a beira da minha cama, com medo de dormir e não acordar mais... pior, dormir e acordar com todos os mortos.Melhor olhos agora fitava a janela a frente e a floresta agora parecia normal, escura e misteriosa. Será que ele está me observando agora?Sinto calafrios pelo corpo... crio coragem para dormir, mas algo me chama atenção.Viro para lado e uma foto se encontra em cima do criado-mudo.Meu coração dispara, tenho medo de ver o que é e eu não consigo ignorar.Seguro o papel rígido e vejo a mesma foto que estava no banheiro...Agora com um machado descrito.Sinto meu corpo fervilhar... um barulho horrível surge pela janela e um machado atravessar o quarto e crava na parede a frente. Meu grito é involuntário.
Hoje é meu aniversário...Parabéns pra você, nessa data querida...Todos estavam a beira do colchão com um bolo e uma vela acesa cantarolando meio desconfiados como se eu fosse fazer mais uma cena como a de ontem.Dei meio sorriso era gostoso me sentir acolhida, mas nada me faria ficar melhor enquanto não saísse dali.A música parou, assopra a velinha era melhor parte na minha infância era o momento em que todos os meus sonhos podiam se realizar. Mas nunca se realizaram... tirando a boneca veterinária.Obrigada gente... sorri e peguei o bolo nas mãos.Se arrume meu bem tem uma surpresa lá fora... minha avó tirou uma mecha de cabelo do meu rosto e sorriu.Surpresa? O que será?Saíram do quarto inclusive Rosana que parece não ter perdoado o incidente de ontem.Lá estava eu sentada c